Etnologia ou Filosofia africana

Paulin Hountondji, Marcien Towa, Oruka, Weredu defendem que Filosofia africana é uma etnologia com pretensão filosófica. Para falar da etnologia eles recorrem a dois parâmetros: a escrita e a não escrita. Eles defendem que a história se conta através da escrita, e por isso mesmo, os povos sem escrita são considerados primitivos, selvagens, sem história.

Ao contrário dos povos com escrita, são nobres, têm história. Portanto, em Houtondji as sociedades sem escrita são negadas. A história se interessa pelo passado das sociedades europeias e a etnologia fala dos povos selvagens. A capacidade abstrativa dos africanos não se põe em causa.

Este pensamento será rejeitado por um grupo de filósofos como, Placide Tempels, Anyaw, Alex Kagame, John Mbiti. Para eles, os africanos têm os seus acontecimentos nas crenças, mitologias e tradições dos seus antepassados. A Filosofia africana é um pensamento especulativo que se encontra nos provérbios, nas máximas, nos costumes que os africanos herdaram dos seus antepassados através da tradição oral. Para isso, a função do Filósofo africano é de coleccionar, revelar, interpretar e difundir os provérbios, os contos folclóricos. Assim estaríamos em pé de igualdade com o europeu.

Estes pensadores são da opinião de que os nossos contos morais, as nossas lendas didácticas não exprimem uma investigação, mas o resultado de uma investigação, não é uma Filosofia, mas uma sabedoria. Portanto, podem servir para uma reflexão crítica e marcar o início do problema filosófico. 

Responda às questões que se seguem:
1. Mencione o nome de um pensador defensor da Filosofia africana.
2. Justifique porque é que a Filosofia africana é negada por alguns
filósofos. 

Sobre o debate da existência da Filosofia africana Mencione os
defensores da:
a) Filosofia africana.
b) Etnologia.
2. Justifique porque África foi considerada selvagem, sem civilização.
3. E porque é que O ocidente foi considerado um povo civilizado, e
portanto com cultura?