A África oriental foi dominada pelos alemães e britânicos que partilharam entre si os territórios do Quénia, Uganda, Tanzânia e os territórios dos grandes lagos, hoje ocupados pelo Burundi e pelo Ruanda.

Quénia

Os povos do Quénia opuseram resistência a colonização de várias formas:

Confronto militar ou estreitamento de relações diplomáticas.

De entre os povos que optaram pelo confronto militar destacam-se os Nandi e os Mazrui (que tiveram como líder Mbaruk Bin Rashid), que entre 1890 e 1905 desencadearam acções militares contra os ingleses. Os Nandi também seguiram o caminho de confronto devido a organização militar em que era baseada a sua sociedade.

Os povos Gikuyu preferiu, uma primeira fase, aliar-se os ingleses como forma de salvaguardar a sua independência. Quando o seu líder, Waiyaki, descobriu que os ingleses, contrariamente que ele julgava, pretendiam retirar-lhe a independência revoltou-se militarmente mas foi neutralizado.

Tanzânia

Em Tanganica, o confronto militar foi travado essencialmente pelos líderes afro-islâmicos da zona costeira. O lucrativo comercio entre o interior e os mercadores do indico constituía uma razão de forca maior para a manutenção da independência. Os alemães pretendiam usurpar este comércio.

Um desses líderes foi Abushiri que vendo os seus interesses comerciais ameaçados pelos alemães enviou, em 1888, um ultimato para que estes abandonassem a costa.

Não tendo tido resposta positiva, atacou o exército alemão, incendiando-lhe uma embarcação junto a costa de Quiloa, em Setembro de 1888. Em Abril de 1889, os alemães contra-atacaram e destruíram a fortaleza de Abushiri, perto de Bagamoyo. O líder afro-islâmico refugiou-se no Norte, em Uzigui. Traído pelos seus inimigos internos, Abushiri foi preso e entregue aos alemães que o enforcaram a 15 de Dezembro de 1889.

Outros episódios da oposição militar foram levados a cabo por Hassan Bin Omar, em 1893, Mbunga, em 1891, e pelos Macondes do sul de Tanganica, que se bateram contra os alemães em 1899. Para melhor controlar a resistência, os alemães aproveitaram-se das contradições que existiam entre os chefes locais para os dividir e dai tirar proveito.

Marealle e Kibanga, povos que viviam na região do monte Kilimanjaro e dos montes Usambara, aliaram-se aos alemães julgando que com isso poderiam manter a sua independência. No entanto, depois de conseguirem os seus intentos, as forças alemães submeteram esses povos.