A origem e evolução dos vírus tem sido objecto de muito debate na literatura atual1. Em recente artigo de opinião, Koonin e Dolja, reconhecidos pesquisadores da área de evolução genômica, fizeram uma extensa revisão e mostraram vários indícios de que há um entrelaçamento entre a evolução dos vírus com os elementos genéticos egoístas sem cápside, tais como os plasmídeos e vários tipos de transposons.

Conceito

Vírus

Os autores relembraram duas definições já conhecidas de vírus: a primeira baseada em tamanho, caracterizando-os como agentes infecciosos suficientemente pequenos para passar por filtros que retêm bactérias, daí apontados como “agentes filtráveis” causadores de doença;

já a segunda, mais recentemente publicada, definiu vírus como organismos codificadores de cápside, em oposição aos organismos celulares, que codificam ribossomas.

A primeira definição citada está em desuso devido à recente descoberta de vírus gigantes que infectam protistas e bactérias, e seriam retidos pelos filtros de porcelana tradicionais.

Tipos de Vírus

Os vírus podem ser:

Adenovírus, retrovírus, arbovírus e citomegalovírus.

Características Gerais dos Vírus

São considerados seres vivos por apresentarem três características essenciais:

  • Formam-se de ácidos nucleicos e proteínas;
  • Possuem capacidade de auto-reprodução;
  • São susceptíveis a mutações.

Os vírus são visíveis apenas ao microscópio electrónico, e medem entre 10 a 300 nanómetros.

O vírus só apresenta actividade vital quando estão no interior de células vivas, nas quais podem se reproduzir, utilizando-se do material genético das mesmas, uma vez que não possui equipamento necessário para metabolizar.

Alguns vírus possuem um envelope lipoprotéico oriundo da membrana plasmática da célula hospedeira, são designados envelopados.

Os bacteriófagos são vírus que acometem bactérias, reproduzindo-se em seu interior. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecidos como fagos T.

Os ciclos reprodutivos são basicamente dois: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. O ciclo lítico é o ciclo em que a célula é destruída, os vírus que o provocam, líticos ou virulentos. Quando a célula é preservada, o ciclo é lisogênico e os vírus são chamados temperados ou não-virulentos. A alteração do ciclo lisogênico em lítico recebe o nome de indução.

Os viróides são agentes infecciosos mais simples que o vírus, são constituídos por uma única molécula de RNA e não possuem cápsula proteica