O que é?

A arteriosclerose é uma doença crónica, de desenvolvimento lento e progressivo. Caracteriza-se pela falta de flexibilidade das artérias (veias de grande calibre que levam o sangue do coração aos órgãos) devido ao espessamento e endurecimento das paredes em determinadas zonas do corpo.

Pela diminuição da elasticidade arterial, costuma provocar aumento da pressão arterial sistólica e diminuição da pressão arterial diatónica. É mais frequente nos homens e idosos e é a principal causa de morte no mundo ocidental.

Aterosclerose é uma doença inflamatória crónica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Arteriosclerose não é sinónima de aterosclerose, embora esta seja uma das maneiras pelas quais há endurecimento da parede arterial.

Causas da Arteriosclerose

  1. Idade (a placa vai-se formando com o avançar da idade);
  2. Alimentação rica em Colesterol (o excesso acumula-se nas paredes das artérias);
  3. Intoxicações (alteram a estrutura da parede das artérias);
  4. Diabetes (dificulta a cicatrização das lesões e se não for tratada pode causar insuficiência cardíaca ou insuficiência renal);
  5. Sífilis (a bactéria que provoca sífilis destrói a mucosa a provocando cortes muito pequenos na mucosa);
  6. Sedentarismo.

Fatores de risco da Arteriosclerose

  1. Surge em pessoas com a idade compreendida nos 50 a 70 anos;
  2. Sexo masculino até +/- 50 anos. As mulheres após a menopausa igualam;
  3. A hipertensão arterial altera a superfície interna das artérias, favorecendo a formação de trombos (Trombose);
  4. O tabaco aumenta de uma forma bastante considerável o risco. Se o doente deixar de fumar melhora a evolução da doença;
  5. O colesterol elevado no sangue aumenta o risco de depositar o excesso nas paredes das artérias obstruindo-as;
  6. A atividade física reduz o colesterol e melhora a circulação;
  7. Não é genético, mas há uma alteração metabólica em algumas famílias tornando-as mais propensas.

Diagnóstico do Arteriosclerose

O cirurgião vascular é o médico especialista para esta doença. Quando o doente chega deve-se tentar saber o máximo de informações possíveis sobre o que sente, hábitos de vida e medicamentos que toma, para se poder fazer a história clínica dele.

No exame físico, o médico tenta, com dois dedos, sentir os pulsos nas artérias da zona afetada, para tentar saber a gravidade da doença. Também pede análises ao sangue, eletrocardiograma ao coração, exame eco Doppler e arteriografia.

Esta doença evolui por várias fases (estágios), tendo cada uma o seu tratamento diferente.

Sinais e sintomas da Arteriosclerose

  • Inicialmente não há dor, apesar de haver coágulos (estagio I da doença);
  • Dores nas pernas depois de caminhadas curtas;
  • Pequenas feridas (estagio II);
  • Úlcera difícil de curar;
  • Dor nas pernas mesmo à noite (estagio III);
  • Trombose;
  • Gangrena (estagio IV).

Tratamento da Arteriosclerose

No estágio I o doente deve tomar medicamentos para atrasar o avanço da doença.

No estágio II o doente toma medicamentos vasodilatadores (alargam o calibre da artéria). Se com este medicamento o doente caminhar distâncias maiores sem dor, o cirurgião vascular mantém o tratamento. Se o tratamento não resultar existem várias cirurgias a que pode recorrer.

A evolução da doença para o estágio III e IV torna necessário amputar a perna (retirar por cirurgia a perna) acima do joelho ou fazer cirurgia de Bypass (retirar vasos lesados e colocar novos).

Após a amputação os doentes fazem fisioterapia para aprenderem a utilizar a prótese. Alguns não podem usar porque a pressão da superfície de contacto da perna do doente com a prótese forma nova gangrena. Nos idosos há maior probabilidade de a amputação ser das duas pernas. Para eles a adaptação às próteses é reduzida ou impossível, ficando a maior parte do tempo na cama favorecendo o avanço da doença. É fundamental o controlo das gorduras do sangue, hipertensão, diabetes, tabaco e obesidade.