O comércio de escravos foi causado pelo desenvolvimento do mercantilismo o que viria transformar o escravo em objecto. Dele se exigia uma intensa produção para exportação, a fim de satisfazer as necessidades capitalistas de acumular lucro. Ou seja foi causado pelo crescimento da procura de mão-de-obra, motivada pela instalação de colónias agrícolas na América, para alimentar as indústrias na metrópole.

O comércio de escravo foi motivado pelo desenvolvimento económico que pudesse ter utilizado mão-de-obra escrava nas minas e plantações das caraibas, ihas francesas e do continente americano.

Até meados do século XVIII, as relações de produção éramos aquelas relacionadas com o comércio característico da região centro-africana. Com a revolução industrial ocorrida na Europa provocou mudanças mais profundas na economia mundial que qualquer outro desenvolvimento ocorrido desde o neolítico, o autor frisa que, a revolução industrial acabou por se fazer sentir como uma série de ondas de choque por ela causada, sendo um momento oportuno por parte dos europeus na procura da mão-de-obra escrava.

Métodos e meios de acção na captura dos escravos

Para capturar um escravo era preciso métodos e acção, para tanto, antes de capturá-los era necessário em primeiro lugar fazer as campanhas que eram incumbidos aos comerciantes europeus e aos chefes locais ou guerra e ataques noturnos às aldeias, em seguida iam para os locais de venda onde eram vendidos aos comerciantes portugueses e depois encaminhados para além mar.

Características do tráfico do escravo na África

  • As mulheres constituíam 1/3 dos escravos na África Ocidental levados para Américas;
  • Os homens africanos que tinham posses poderiam ser polígamos;
  • Eles procuravam escravos saudáveis e a forca da juventude, que se pensava estar compreendida entre os 12 a 35 anos de idade para os homens e de 12 e 25 anos para as mulheres;
  • Nos primeiros tempos do tráfico de exportação de escravos da África ocidental os europeus capturavam por vezes eles próprios também alguns escravos;
  • No século XVIII foi muitíssimo raros os escravos serem obtidos a não ser por compra aos governantes africanos ou aos mercados que frequentemente actuavam ao abrigado de uma espécie de aos mercadores que frequentemente actuavam ao abrigo de uma espécie de licença ou controlo régios;
  • Na África ocidental, alguns escravos eram utilizados apenas trabalhadores agrícolas e por vezes em condições de enorme opressão nas propriedades dos reis ou de outros homens importantes.
  • A exportação de escravo não deve ter sido uniformemente praticada em toda extensão de costa.

Consequências do tráfico de escravos na África ocidental

A perda directa de população devido ao tráfico negreiro durante o período da escravatura na África Ocidental, isto é, (a mortalidade entre o momento da captura e o da chegada ao término da viajem, os falecimentos devidos a combates e a fome durante as capturas);

A procura do escravo conduziu ao aumento das acções armadas e assaltos, e à destruição progressiva da vida, da propriedade, da produção e segurança geral necessária à manutenção da vida e do crescimento;

Directa ou indirectamente, esse comércio favoreceu guerras frequentes, desorganizando assim as estruturas políticas e sociais das sociedades africanas.