Depois de dois séculos de estabilidade, o início do século III assistiu a crise nascer no Império Romano. Basicamente, os romanos atingiram seu limite máximo de expansão, o que fez com que eles tivessem dificuldades para conquistar novas riquezas, sobretudo escravos, que eram estrangeiros capturados em guerras.

Por conta disso se estabelecia uma crise económica em Roma, a qual chamamos de Crise do Escravismo. Com a crise económica instalada, Roma passava por outras dificuldades, como as revoltas nas províncias, a expansão do cristianismo e, por fim, as invasões “bárbaras”. Tudo contribuiria para a ruína daquele que foi o maior império da antiguidade.

Os principais problemas enfrentados pelo  Baixo-império foram:

  • Fim do processo expansionista;
  • Crise económica: Crise do Escravismo (aumento do preço dos escravos)
  • Processo inflacionário;
  • Altos gastos com a estrutura administrativa e militar;
  • Aumento de impostos e Revoltas dos Povos dominados;
  • Expansão do Cristianismo, que negava a autoridade do imperador e criticava o politeísmo romano;
  • Falta de mão-de-obra;
  • Ruralização (dando origem à vila e ao colonato);
  • Penetração dos “bárbaros” [ao lado: Vândalos saqueiam Roma em 455 d.].

As raízes do Feudalismo

As raízes do feudalismo, conforme foram acontecendo as invasões dos povos germânicos, chamados de bárbaros pelos romanos e ao mesmo tempo a crise económica, ocorria um processo de deslocamento das populações para o meio rural, que era mais seguro e onde se pagavam menos impostos.

Nas áreas rurais era mais difícil ficar sem ocupação, pois grandes senhores de terra criaram o regime do colonato, regime de servidão em troca do uso da terra e da protecção pessoal. Tal regime era comum nas vilas (ou vila e), grandes propriedades rurais. Na prática, Vila e Colonato são as raízes do Feudo e da servidão medieval