O desenvolvimento da vida urbana, na Itália, levou certas cidades, favorecidas pela situação geográfica e pelas qualidades dos seus habitantes, a conquistarem a liberdade e a formarem prosperas repúblicas municipais. As mais célebres foram Florença, Génova e Veneza.

As cidades Italianas eram famosas na Europa pelo seu artesanato. Procuravam-se as armas e os fustões de Milão, as sedas de lucca, os cristais de Veneza. Génova e Veneza possuíam importantes estaleiros navais. O progresso das cidades do litoral foi seguido naturalmente pelo das cidades do interior, Norte e Centro da Península. Algumas, como Milão, converteram-se em importantes centros de comércio internacional.

As grandes cidades tiveram um desejo de aumentar ainda mais o seu poderio, e empreenderam a conquista de território mais vastos onde as cidades de menor importância não estavam em condições de salvaguardar a sua independência. Nasceram Cidades Estado que eram governadas pela cidade principal; esta usufruía da supremacia política e económica. A divisão do país não foi agravada, em comparação com o período de anarquia feudal que houvera antes.

Florença

A prosperidade de Florença começou com o negócio de produtos do Oriente e a fabricação de couros, tecidos de lã, veludos e sedas, que se tornaram conhecido em toda Europa. Florença formava uma república corporativa, na qual dominavam os burgueses e os artistas mecânicos, únicos que participavam no governo, do qual eram excluídos os nobres. A burguesia procurou instaurar uma oligarquia e conquistar o poder, o que fez que os artistas e os nobres se tivessem coligado as suas ambições políticas e dai resultou uma luta sem tréguas entre os dois partidos, luta que se prolongou por vários anos.

Génova

Esta cidade começou como Florença. Enriqueceu, devido às transacções comerciais dos seus habitantes. Desenvolveu enorme actividade marítima; e alargou o campo dos seus negócios externos, mediante o estabelecimento de feitorias no litoral do mar Negro.

Veneza

Veneza tornou se maior potencias marítima do Mediterraneo. Os seus domínios abrangiam, na Itália, uma grande parte da planície do Pó. Ao chefe do Estado republica de Veneza denominava se Doge, palavra que significa “duque”. O seu poder era praticamente anulado pelo “conselho dos dez”, que tinha o encargo de o vigiar; e pelo senado, os quais competiam os actos mais importantes do poder executivo. O poder legislativo e a eleição do doge pertenciam ao “grande conselho”.