Conceito

Humanismo renascentista foi um movimento intelectual desenvolvido na Europa durante o Renascimento, entre os séculos XIV e XVI. Iniciado em Florença por Francesco Petrarca, inspirado pela Antiguidade Clássica, foi seguido por Dante Alighieri e Boccaccio. Expandindo-se a partir da península Itálica veio a abranger a maior parte da Europa.

O Humanismo é uma das principais características da nova mentalidade renascentista, que valoriza o ser humano e as suas capacidades. Humanismo é uma das principais características da nova mentalidade renascentista, que valoriza o ser humano e as suas capacidades. Humanismo renascentista foi um movimento intelectual desenvolvido na Europa durante o Renascimento, entre os séculos XIV e XVI.

Etimologia da expressão Humanismo

A expressão studia humanitatis foi contraposta por Coluccio Salutati à teologia e escolástica para descrever a tendência intelectual de seu amigo Francesco Petrarca; para este, humanitas significava aquilo que os gregos designavam por filantropia, o amor por nossos semelhantes, mas ficou intimamente ligado à litterae, o estudo da literatura clássica. Só em 1859 foi aplicado ao período de ressurgimento dos estudos clássicos por Georg Voigt, cujo livro com o subtítulo “O Primeiro Século do Humanismo”, foi considerado por um século uma referência sobre esta questão.

Origem e história do humanismo

A renascença abrangeu todos os sectores da vida social, política, económica e cultura da Europa no período que vai aproximadamente dos fins do século XIII até meados do século XVI e que representa a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Inicia-se com uma intensificação das actividades económicas baseadas no intercâmbio comercial entre o Ocidente e o Oriente graças as Cruzadas e as primeiras viagens de comerciantes e missionários.

 A Itália é o primeiro país em que surgem tais comunidades, unidas pela consciência de seus direitos e deveres. Formam-se nelas as comunas e repúblicas marítimas que, com hábil política, contestam o poder temporal aos imperadores e papas. Na Europa, essas comunidades se tornam grandes núcleos de resistência ao Feudalismo e de apoio ao Absolutismo.

A circulação relativamente irrestrita de ideias e informação galvanizou populações e desafiou o poder de autoridades políticas e religiosas. No final do século XVI, o humanismo renascentista foi transformado e diversificado à mercê das mudanças causadas pela evolução social e ideológica na Europa, e o colidir das Reformas Protestante e calvinista com a Contra reforma católica. O movimento, alimentou uma estética própria, consubstanciada.

Fatores que favoreceram o humanismo

A acção dos mecenas: os patronos, com a sua protecção política, o apreço pelo conhecimento antigo, o afã coleccionista e a remuneração financeira aos humanistas pelo seu trabalho na imprensa, promoveram o desenvolvimento do humanismo;

A invenção da prensa móvel: permitiu a produção e distribuição de livros a custo reduzido, assegurando a ampla disseminação das ideias humanistas e o desenvolvimento do sentido crítico contra o argumento de autoridade medieval;

A criação de universidades, escolas e faculdades: A multiplicação de universidades e escolas como Lovaina, Siena, Alcalá de Henares, Coimbra e as escolas do século XV, contribuiu largamente para a expansão do humanismo em toda a Europa