• Não existe propriedade privada, ou particular dos meios de produção;
  • A economia é controlada pelo estado, com objectivo de promover uma distribuição justa de riquezas entre todas pessoas da sociedade;
  • O trabalho é pago segundo a quantidade e a qualidade do mesmo.

O socialismo era contra o individualismo, entretanto a tónica desloca-se do indivíduo para a sociedade;

O socialismo faz a crítica do liberalismo individualista e, mais precisamente, pois essa parece-lhe ser a raiz do regime, da propriedade privada dos meios de produção, das minas, das ferramentas, das máquinas, da terra, na medida em que a apropriação individual permite ao possuidor exercer um certo domínio sobre os outros, nomeadamente sobre os trabalhadores.

O socialismo passa à construção de um sistema positivo e propõe uma doutrina de organização social, não politica; Convêm insistir neste ponto, pois, ao princípio, as escolas socialistas apresentam-se como reacção às escolas políticas pondo o assento no social, que opõem ao político. De facto antes de 1848, e mesmo depois, os socialistas concordam em considerar que a solução das dificuldades contemporâneas não consiste em substituir a monarquia pela república, nem mesmo em substituir o sufrágio censitário pelo sufrágio universal, pois estes são considerados problemas menores, que apenas desviam a atenção do essencial, isto é, das questões sócias e da organização da sociedade.

Desde então a situação modificou-se consideravelmente: toda a história da evolução do socialismo, que se tornará progressivamente uma força política, quase poderá reduzir-se ao itinerário de uma escola de organização social que se transforma em partido político para a conquista ou exercício do poder.

Bibliografia

ARRUDA, José Jobson de. História Moderna Contemporânea, 9ª edição, São Paulo. Editora Áctica, 2000;
BURNS, Edward Mcnall; História da civilização ocidental; 2º vol; São Paulo; editora globo; s/d;HOBSBAWEM, Eric. J; A era dos extremos; 2ª ed; São Paulo; Companhia de Letras editora; 1995.