A História da Grécia Antiga se estende do século XX a.C. até o século II a.C. quando a região foi conquistada pelos romanos. A evolução da Grécia enquanto civilização, pode ser divida historicamente em algumas fases:

  1. Período Pré-homérico (século XX – XII a.C.);
  2. Período Homérico (século XII – VIII a.C.);
  3. Período Arcaico (século VIII – VI a.C.);
  4. Período Clássico (século VI – IV a.C.);
  5. Período Helenístico (século IV –II a.C.).

Período Arcaico

Neste período, a falta de terras férteis tornou-se um problema mais grave. Ao mesmo tempo, surgiu na Grécia uma nova forma de organização política: a cidade-estado, à qual os gregos davam o nome de polis. A polis grega era diferente da cidade de hoje: ela possuía seu próprio governo, sua moeda e suas leis. No mundo grego havia um grande número de polis. A população da maioria delas era pequena, poucas ultrapassavam alguns milhares de habitantes.

Ao mesmo tempo que a população aumentava e surgiam as cidades, muitos camponeses empobrecidos eram escravizados pelos grandes proprietários como forma de pagamento de dívidas. Outros, contudo, decidiam partir em busca de novas terras, colonizando regiões distantes. Assim, ao longo de dezenas de anos, os gregos se espalharam pelas margens do Mediterrâneo, ocupando o sul da Itália, as ilhas gregas, o norte da África e a Ásia Menor.

A ideia de cidadania

Apesar da colonização grega, a questão da terra não se resolveu. Isso porque o número de camponeses empobrecidos continuou aumentando, enquanto os grandes proprietários acumulava terras. Esses grandes proprietários suas famílias formavam uma aristocracia¹. Somente eles eram considerados cidadãos. Ser cidadão significava ter o direito de participação na vida política da cidade, de lutar no seu exército e de possuir terras. Como cidadãos, eles controlavam o governo das cidades gregas.

Apesar do pequeno número de pessoas com direito À cidadania nas cidades gregas daqueles tempos, é importante saber que foi nesse período que surgiu a ideia de cidadania. Como somente alguns poucos tinham tais direitos, era grande o descontamino entre os outros grupos sociais, como comerciantes, camponeses e pequenos proprietários.

No início do século VII a.C., uma mudança nas tácticas de guerra gregas acabou contribuindo para o aumento do número de cidadãos na Grécia. Até então, apenas os aristocratas combatiam no exército e, geralmente, a cavalo. Porém, com o aumento das guerras entre as cidades, formou-se a infantaria, isto é, homens a pé que combatiam com armas leves. Eles eram chamados de hilotas (de óplon, o escudo redondo que levavam). Os hoplitas, que de modo geral eram pequenos proprietários, começaram a exigir um aumento de participação na vida política da cidade.

As vestimentas e os armamentos dos hoplitas eram comuns em todas as cidades gregas. Usavam uma túnica curta, uma couraça de metal para proteger as costas e o peito (o thórax), um elmo (capacete de metal para proteger a face), encimado por um penacho, perneiras de metal para proteger as pernas e os joelhos. Como armamento, usavam um grande escudo oval, uma espada com dois gumes e uma longa lança de dois metros. Entre o século VII e VI a.C., as insatisfações aumentaram a ponto de se fazerem necessárias reformas políticas e sociais.