A reflexão humanista acerca da sociedade, da cultura, das artes e das ciências medievais levou a profundas e consideráveis críticas acompanhadas de soluções de carácter antropocêntrico em oposição ao teocentrismo ortodoxo defendido pelos teólogos e pela Igreja, que se viam ameaçadas por esta onda de inovações perturbadoras da ordem social estabelecida. É inútil querer procurar uma directriz única no humanismo ou mesmo em todo o movimento renascentista: a diversidade é o que conta.

Mais do que críticas, o movimento humanista preocupava-se em oferecer novos valores, novas oportunidades ao homem que lentamente começa a indagar-se a respeito do mundo a sua volta tornando-se mais actuante, mais participativo desejoso do saber técnico ou teórico fundamental para que a experimentação prática fosse bem sucedida tal qual o vemos nas técnicas empregadas na pintura que evoluiu do bidimencionalismo medieval fortemente bizantino para o tridimensionalismo de Giotto mestre da pintura renascentista italiana que já no século XIV impressionava o telespectador pela profundidade, sentimentalismo e realidade de suas obras, em muito influenciada pela espiritualidade franciscana voltada para a assistência aos pobres e que conseguia conciliar mística profunda e promoção do ser humano, sobretudo os mais carentes.

O antropocentrismo permite ao artista uma ampla e variada amálgama de cenas e fatos quotidianos imortalizados pela arte renascentista que ostentava a máxima de viver mais pelo sentido do que pelo espírito.

Na literatura destaca-se a poesia palaciana (que surge dentro dos palácios), escrita por nobre que retratava os usos e costumes da corte. Alguns escritores italianos que mais impactos causaram foram: Dente Alighieri (Divina Comédia), Petrarca (Cancioneiro) e Boacaccio (Decameron), Erasmo de Roterdã (1460-1536), Thomas Morus (1478-1535), Tomas Campanella (1568-1639), João Luís Vives (1492-1540).