Ao longo de todo o século XIX deu-se uma expansão industrial, económica e financeira. Todavia este crescimento económico ocorreu de forma instável registando-se crises ao longo do mesmo século.

Analisando a economia deste século (XIX), registou-se uma evolução positiva, mas se olhando para a economia em ciclos mais curtos (5, 10 e 50 anos) verifica-se flutuações no crescimento. Ao longo do século geraram-se crises económicas que afectaram as diversas indústrias assim como a qualidade de vida da população.

No século XIX, verifica-se pela primeira vez crises cíclicas criadas pelas próprias condições de vida deste século (crises do capitalismo). Temos crises de superprodução, na qual, existe uma produção muito superior em relação à procura:

Excesso de produção – a oferta excedia a procura

Acumulação de stocks, conduzindo a uma deflação nos preços pois existia uma grande quantidade de produtos, levando os produtores a baixar o preço para poder escoar os seus produtos.

Diminuição das vendas, obrigando as empresas a cortar nas despesas

Aumento do desemprego ou lockout, as empresas despediam parte dos seus trabalhadores ou reduziam os horários pois eram obrigadas a diminuir a produção.

Falências – muitas empresas faliam ou eram compradas por grandes grupos que através destas crises fortaleciam o seu poder no mercado.

Esta crises foram bastante frequentes o longo do século XIX. Muitos dos grandes grupos empresariais (concentrações verticais) saiam fortalecidos destas crises pois adquiriam indústrias e outras empresas a preços reduzidos tendo um maior controlo do mercado (monopólio).

O século XIX foi também marcado por crises de subsistência (crises ocorridas em economias pré-industriais):

Agricultura como sector económico predominante

Escassez de produção, uma vez que, a produção é arcaica e tradicional estando dependente do clima.

Dependência do clima conduzindo a maus anos agrícolas.

Aumento dos preços dos produtos conduzindo à fome e a um aumento da mortalidade.

Aumento dos salários pois os trabalhadores são menos, logo a mão-de-obra é mais reduzido por isso mais cara.