Em Moçambique, as fases da exploração colonial podem ser divididas em 3 a saber: fases do ouro, do marfim e dos escravos.

Fase do ouro

A actividade mercantil swahili e árabe em Moçambique, data antes do século X da nossa era, a crer nos testemunhos árabes, o ouro constituía o principal artigo de comércio.

Foi fundamentalmente o ouro que trouxe os portugueses a Moçambique, o ouro permitia-lhes comprar, entre outras coisas, as especiarias asiáticas com as quais a burguesia mercantil portuguesa penetrava no mercado europeu de produtos exóticos, Moçambique passou a constituir uma espécie de reserva de meios de pagamento das especiarias essa foi a razão da fixação dos portugueses no nosso pais primeiro como mercadores, e só mais tarde como colonizadores efectivos, essa fixação fez-se inicialmente no litoral particularmente em Sofala (1505) e na ilha de Moçambique (1507).

Muito antes da chegada dos mercadores portugueses os Swahili-Arabes controlavam o ouro vindo do império dos Mwenemutapa.

A fase do marfim.

O levante de 1693 constitui a primeira forma sistemática de resistência em Moçambique, a partir dai a produção e comercialização do ouro diminuíram e o marfim passou a ser o produto mais procurado pelos mercadores, pode afirmar-se que o período áureo do ouro se estendeu desde o século XIV ate fins do século XVII.

Nos territórios situados entre o rio Luangua e Quelimane faziam bastante comercio de marfim e a sua produção, bem como a sua comercialização, estavam organizados em regiões de monopólio pelas classes dominantes Phiri, especialmente pelos Phiri Caronga e Lundu.

Para as classes dominantes Chona, o marfim representava para os Phiri uma das suas principais fontes de reprodução.

A fase dos escravos

Na segunda metade do século XVIII, a procura de escravos ultrapassou a procura do ouro e de marfim.

Agora, não se tratava tanto de adquirir uma matéria-prima de origem mineral (ouro) ou animal (marfim), o homem tornou-se o produto, a matéria-prima humana.

 

Bibliografia  

NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América, 1997.