A Europa do século XIX viveu o confronto de três grandes correntes ideológicas: o absolutismo, ligado aos privilégios da nobreza, o liberalismo, ligado aos interesses da burguesia, que estimula as tentativas de derrubar regimes absolutistas e implantar políticas capitalistas. Surgem, ainda as ideias socialistas, ligadas à classe operária e ao trabalhador rural, conduzindo a luta por salários, direitos básicos: políticos e trabalhistas e condições dignas de vida.
A Inglaterra do século XIX, ao contrário das nações emergentes do continente europeu, não corria o risco de um regresso ao absolutismo, devido à longa experiência de monarquia constitucional, originada na Revolução Gloriosa de 1688. Com a evolução britânica do século XIX, houve sindicalismo, neste caso a redução da jornada, direitos trabalhistas, aumento salarial e atendeu parte das reivindicações do cartismo em 1838, evitando assim as agitações políticas que abalaram toda a Europa entre 1830 e 1871. Enquanto isso, no continente europeu, mesmo fortalecida pelo Congresso de Viena de 1815 não conseguia impedir a difusão do movimento revolucionário iniciado no final do século XVIII e nem o novo movimento operário.
O século XIX até a Primeira guerra Mundial a Inglaterra ganhou o seu protagonismo de ser o pioneiro na Revolução Industrial, o seu avanço tecnológico colocava-o a frente dos demais países europeus. Em 1811 explodiu a violenta revolta chamada “Ludita”, pois seu pretenso líder nunca foi provada a sua existência, que chamada se Ned Ludd.
A partir de 1820, as cidades industriais ganharam representações no parlamento, onde o voto censitário foi baixado para que um número maior de cidadãos pudesse participar do processo eleitoral e os burgos podres foram extintos. No ano de 1820, os trabalhadores reunirem-se em sindicatos, com o objectivo de reivindicar as melhores condições de trabalho. E a partir da segunda metade do Século XIX, a Inglaterra pode ser entendida como uma intervenção do Estado para garantir as condições de reprodução da força de trabalho.
Evolução Económica na Inglaterra
O século XIX, na Inglaterra significou para a consolidação da economia capitalista industrial, o controle burguês do Estado e também a expansão imperialista, causa da Primeira Guerra Mundial. Portanto, que a economia capitalista Inglês estruturou-se através de Estados nacionais e burgueses, seja destruindo os obstáculos absolutistas, seja incorporando concessões aos movimentos socialistas para mantê-los sob controlo. Regimes políticos republicanos ou monarquistas constitucionais serviram de instrumentos ao controle ideológico da burguesia industrial sobre o Estado e a sociedade.
O século XIX é considerado em que a Inglaterra destacou-se como a principal potência económica do mundo, pelo que neste mesmo século a mesma Inglaterra teve que aliar-se a França que resultara na formação da Tríplice Entente. É neste contexto que a Primeira Guerra Mundial foi fundamental no derrube do poder britânico no mundo.