O declínio do feudalismo na Baixa Idade Média deu lugar a um novo sistema socioeconómico (capitalismo) que vai se delinear e se transformar ao longo dos séculos seguintes, ao mesmo tempo em que passa a agir como elemento de construção e modificação do espaço mundial que se deu em três fases que se seguem:

10 fase: Capitalismo comercial ou mercantil

Fase inicial do capitalismo, desenvolve-se à formação dos Estados Nacionais, às grandes navegações e o mercantilismo. As relações comerciais defendiam a acumulação de capital por parte da burguesia e das nações. O exclusivismo comercial entre metrópole e colônia permitiu, através da exploração, a acumulação de metais preciosos e riquezas na primeira fase. A classe de comerciantes que constitui a burguesia nascente também realizou acumulação de capital através da intermediação entre a produção dos artesãos e manufaturas e o mercado consumidor em expansão.

20 fase: Capitalismo industrial

Com o advento da Revolução Industrial, a burguesia assume a produção em uma escala muito maior que o período anterior empregando com maior eficiência e exploração os recursos naturais (matéria-prima, energia), técnicos (com a invenção de máquinas) e humanos (contratando mão-de-obra assalariada).

A efetiva separação entre os meios de produção, agora sob controle da burguesia, e a força de trabalho leva ao surgimento do proletariado. A partir do século XIX o mundo assiste um novo movimento colonial caracterizado, entre outras coisas, pela avidez das potências industriais europeias em dominar novos territórios, em assegurar o controlo da matérias-primas e energia assim como o dominio de novos mercados.

30 fase: Capitalismo financeiro ou monopolista

Pouco-a-pouco a redução dos níveis de concorrência em vários sectores produz o aparecimento de monopólios e oligopólios, o capital financeiro se fortalece e passa a influenciar e comandar as relações de produção e consumo. Após a Segunda Guerra Mundial, define-se essa terceira fase do capitalismo. A preocupação em muitos países passa a ser a convivência entre a necessidade de elevar o padrão socioeconómico de suas populações e o pagamento de suas crescentes dívidas externas.