Esta corrente historiográfica surge na segunda metade do século XIX na Alemanha em reação ao Positivismo. O fundador foi Leopold Von Ranke – percursor que viveu entre 1795 a 1886. Foi defendida na Inglaterra pelo ColilngWood, na França pelo Raimond Aron e na Itália pelo Benedeto Croce.

O principal aspecto de discórdia entre esta corrente e o Positivismo reside no facto de, os positivistas defenderem a existências de leis de evolução das sociedades, enquanto que para os historicistas não é possível estabelecer  tais leis no processo histórico por haver uma diferença entre as ciências naturais e históricas, ou seja, entre o conhecimento pelas ciências da natureza e o conhecimento dado pelas ciências do homem, pois que nas primeiras o conhecimento é universal nas segundas o conhecimento é singular e não se repete.

O outro aspecto importante é o estatuto atribuido ao historiador: para os positivistas, o historiador  é um mero observador dos factos, isto é, ele toma um papel passivo perante as fontes. Quem deve fazer a análise e interpretção, é a Sociologia visto que para eles a história é auxiliar da Sociologia. Os historicistas sobrevalorizam o historiador, isto é, ele deve interpretar e analisar os factos recolhidos; ele deve tomar um papel activo perante as fontes (documento escrito).

Portanto, os historicistas defendem que o conhecimeto é relativo e subjectivo porque depende muito da personalidade do historiador, ou seja, não há uma única verdade histórica, tudo depende da capacidade de análise de cada um.

Assim, para os historicistas a intuição é o principal método a utilizar na investigação histórica e para compreender um determinado facto, o historiador deve explicar, justificar e interpretar. Exige-se que ele faça a relação dos acontecimentos.

Dado o carácter subjectivo e relativo defendido pelos historicistas, a prior Croce negou o carácter cintífico à história: afirmando que “ a história é uma arte”, em que a partir dela podemos fazer várias leituras em função da situação de quem a faz.

Como essa tese não tivesse sustento, Croce acabou aceitando o car’acter científico da história visto  que esta apresenta um objecto e um método de estudo.

A metodologia utilizada quanto à pesquisa histórica é a crítica filológica (heurística, crítica externa e internna ou hermeneutica).

Em relação ao objecto, é sobretudo o estudo dos aspectos políticos – História factológica – factos breves, embora os aspectos culturais tenham também a sua importância.

Dada a import6ancia que a personagem histórica adquire, devenvolvem-se nesta época biografias.

Ầ corrente historiográfica historicista critica-se o total subjectivismo que proclama, a supremacia do sujeito em relação ao objecto. Situação que leva a exageros que são criticados polo Lucien febre ao afirmar que os hiastoriadores positivistas transformaram-se em processadores, ora criticando as personagens ora elogiando-os.

Creitica-se ainda pelo facto de os historicistas terem reduzido a história aos factos de índole político- militar e institucional e a tendência para a recolha monográfica destes, negligenciando os aspectos de ordem económica, social e cultural. E por ter dado o primato às fontes escritas tal como os positivistas