A revolução Francesa foi um conjunto de acontecimentos suficientemente poderosos e universais.

A revolução Francesa provocou grandes transformações na vida Política, económica e social.

Transformações económicas e sócias

Com a constituição (1791) que estabeleceu o principio da contribuição comum, que defendia igualdade repartida entre todos os cidadãos de harmonia com as suas faculdades.

Com esta constituição de 1791, colocou se o fim da derrama, corveia e Banalidade. Mas estas foram substituídas com outras contribuições e prestações que, em lugar de beneficiar a classe media, tornaram a sua situação mais grave do era antes da revolução. Suprimiram se as barreiras interiores; os rendimentos que davam ao estado começara a fazer lhe faltam e tiveram de inventar outros, para compensar o seu desaparecimento.

A revolução de ponto de vista económico

Na Franca as classes mais pobres ficavam mais pobre do eram antes, as classes medias apresentavam situações muito mais grave do que possuíam;

A igreja e a nobreza perderam as suas propriedades que passavam para as mãos da burguesia.

Ponto de vista Social

A revolução francesa quis acabar com a divisão das classes, por fim aos privilégios que separavam os homens uns dos outros e colocavam em situações diferentes perante a lei e a sociedade.

A constituição tinha os seguintes princípios:

Só há distinções sociais baseadas na utilidade comum;

Todos os cidadãos são iguais aos olhos da lei;

Liberdade, igualdade e Fraternidade sendo este o lema dos revolucionários franceses.

O despotismo militar de Napoleão Bonaparte

O conselho de estado era presidido por Napoleão, ele que ditava as suas ordens. O Senado, cujas funções haviam sido ampliadas, ficou por completo subordinado ao arbítrio do imperador, que nomeava os seus membros como bem entedia.

Napoleão Bonaparte, mediante a cerimónia da sagração convidou o Papa Pio VII que, depois de tantas hesitações aceitou o convite. Onde a cerimónia teve lugar na catedral da nossa senhora de Paris. O sumo pontífice ungiu a testa e as mãos do novo imperador. Mas Napoleão, querendo afirmar a independência do seu poder ante autoridade religioso, preferiu coroar-se por si mesmo. Por fim corou a imperatriz Josefina, sua esposa. Napoleão rodeou-se da majestade dos soberanos, transformou-se em autentico imperador absoluto e inaugurou em França o reino do despotismo militar.

Nova organização da França

A França foi organizada segundo regras militares nas quais dominava o espírito uniforme do seu ditador omnipotente.

-O monopólio da instrução foi confiado à “Universidade de França” que tinha a responsabilidade de ensino de todos graus. Este ensino tinha como objectivo formar cidadãos amantes da religião, da pátria e da família.

Bonaparte tentou transformar a França como uma primeira potência económica da Europa.

-Protegeu as artes mecânicas;

-Organizou feiras e exposições;

-Desenvolveu a produção de ferro;

-Recompensou os inventores.

Napoleão contra Europa e Europa contra Napoleão

Terceira coligação contra França

Napoleão não cedeu: Preparou a invasão da Grã-Bretanha, mas teve de desistir, enquanto a esquadra francesa sofria derrota formidável na batalha de Trafalgar, que imortalizou o inglês Nelson.

– Os Austríacos foram vencidos em Ulm;

-Os Austro-Russos destroçados em Austerlitz, uma das batalhas mais memoráveis de todas as campanhas napoleónicas.

O Tratado de Presburgo pôs fim a luta e deu a França os territórios austríacos da Itália parte do oeste alemão.

A Quarta Coligação (1806)

A vitória de Austerlitz arruinou as esperanças que a Inglaterra havia posto na coligação com a Áustria e a Rússia e quebrou o ânimo do ministro Pitt, vigoroso adversário de Napoleão, não pode resistir ao desastre e veio a falecer pouco depois. Foi sucedido por Lord Grandville, cujo ministério fazia parte o velho Fox, que combatera sempre a politica de Pitt. Tentou fazer as fazes com Bonaparte. As negociações começaram, com o agrado do imperador dos Franceses que, para apaziguar os Ingleses propôs ceder-lhes o Honover, apesar de anteriormente, o haver dado à Prússia.

Estas negociações não foram longe. Os antagonistas tiveram que se separar, divididos pelas mesmas rivalidades. No entanto os Ingleses deram a conhecer as propostas napoleónicas no rei da Prússia, o qual empurrado pelo partido militar que desejava a continuação da guerra, e cansado de insistir com Bonaparte para retirar as suas tropas da Alemanha, resolveu lançar-se novamente na luta, aliado com a Inglaterra, Suécia e a Rússia.

Fiel a sua táctica, Napoleão Bonaparte avançou contra o inimigo, venceu os Prussianos em Lena e entrou triunfante em Berlim. Depois, perseguiu os Russos através da Polónia e veio a aniquila-los por completo na batalha de Friedland.

Bloqueio Continental

Em 1806, ao vencer os exércitos prussianos, Napoleão entrou vitorioso em Berlim, onde decretou o Bloqueio continental, com objectivo de arruinar a economia inglesa.

Bloqueio Continental determinava-se a proibição de a Europa continental comerciar com a Inglaterra e de navios ingleses atracarem em qualquer porto europeu. Em outras palavras, as nações europeias deveriam fechar seus portos ao comércio com os ingleses.

Portugal, por ser um país economicamente dependente da Inglaterra, não aderiu ao Bloqueio Continental. O príncipe regente português, mais tarde coroado como dom João VI, procurando ganhar tempo, assinou com a Inglaterra um acordo secreto pelo qual se comprometia a não aderir ao Bloqueio e em troca teria garantia a protecção Inglesa.

A ameaça de invasão de Portugal por tropas francesas e espanholas coligadas obrigou a família real portuguesa a partir para o Brasil, protegida pela marinha Britânica.

Queda do prestígio de Napoleão

As campanhas militares de Napoleão ampliaram seu prestígio e levaram a França a dominar várias nações europeias, por outro lado trouxeram consequências que resultaram em prisão e exílio do imperador.

O inicio do seu desgaste se deu a partir de 1808, com a reacção da população de Madrid contra a usurpação do trono espanhol pelo imperador francês e a nomeação do seu irmão José Bonaparte como rei da Espanha.

O movimento espanhol espalhou se por todo o país e em 1813 os rebeldes, com apoio inglês, conseguiram que o governo francês devolvesse a coroa espanhola ao seu legítimo rei.

 

Bibliografia

HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções – Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

MOTA, Myriam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos. História – das cavernas ao terceiro milénio. São Paulo: Moderna, 2002.

DA COSTA, Maria Helena. Historia Moderna. As Revoluções Burguesas. Lisboa, 1977.