Origem

Os huaris foram uma civilização que floresceu no centro dos Andes, aproximadamente no ano 500 até 1200 d.c. A capital desta entidade politica era a cidade de Wari, que se localizava  a 25 quilómetros do Ayacucho.

De acordo com o mesmo autor (idem), o chamado império Tiahuanaco-Huari fou uma fusão de culturas, sendo as duas  as mais influentes da época, a cultura Huari e a cultura Tiahuanaco, que se desenvolveu nos Andes. Ambos tinham uma tendência maior de se unir exactamente por ja terem percebido que quando se anexam vários povos existem possibilidade maior de sobrevivência assim como uma tendência a crescer economicamente, socialmente e militarmente, Os povos Wari já tinham avançado  isso antes quando anexaram os povos de Nazcar e Huarpa.

Organização politica  administrativa

Mesmo que os Wari possivelmente tivessem uma significativa organização e poder administrativo, se mantiveram desconcentrados na origem politica e artística, emergiram evidencias que sugeriram que isso era efeito das habilidades difundidas pelos Tiwanaku no norte, a formação ideológica entre os Wari e os Tiwanaku podem ser traçadas anteriormente aos Pukara, e depois em um período intermediário nas culturas do norte do Lago Titicaca. Essa politica aparentemente sobreviveu até o ano 1100, quando entrou em colapso possivelmente como resultado de tanto mudanças naturais como estresses internos sociopolíticos.

É debatido se o fenómeno Wari pode ser chamado de Império, alguns arqueólogos como Ruth Shady sugeriram que Wari não fosse um império mas sim uma rede económica entre os centros Wari. No entanto, alguns pesquisadores, incluindo William Isbell, Katherine Schreiber e Luis Lumbreras, argumentaram sobre a politica centralista dos Wari.

Os focos governamentais locais estavam fixados em segurança, nos bons costumes, na justiça e no bem-estar da nação. Foram os membros desse império que consolidaram a tendência a reciprocidade que depois seria marca dos reinos que ocuparam essa região

Organização social do Huari

No topo vamos encontrava-se os imperadores auxiliado por ministros e funcionários letrado eram considerado filhos do céu, intermediários entre a divindade e o povo e oficiavam as cerimonia religiosa e publica a, seguir encontramos os administradores, este que organizavam trabalho da população, fixam preços, colectavam, impostos e estabeleciam um calendário de actividade e festa ,já na base encontramos os camponês e artesoes , os camponeses trabalhavam os governos locais estavam em segurança, estes gozavam, de um poder dominante razão pela qual tinha dentro da sua classe justiça, e eram os membros desta família ou império que consolidavam a tendência a reciprocidade que depois seria de reinos que ocupavam essa região

A economia

A fusão dessas duas poderosas culturas fez com que a expansão do comercio fosse excepcional, podendo ser listado varios centros culturais e comerciais como: Wiracochapampa (La Libertad), Wilcawaín (Áncash), Cajamarquilla e Pachacámac (Lima), Wariwillca (Junín), Piquillacta (Cusco) e Pucará (Puno).

O Comercio ficou mais centrado em Wari, graças a posição estratégica que ocupava, os produtos que eram comercializados em seus centros eram os feitos de lã dos Tiawanaku, enriquecido com cores provenientes do carmín da Chochinilla, comum na zona de Ayacucho,a iconografia têxtil representava varias coisas como deuses, cabeças humanas, etc. O produto do intercambio podia manter os habitantes das cidade Wari, que enviavam o excedente aos Tiawanaku , a agricultura e a pecuária ainda se mantiveram como principal actividade económica do império, Outra actividade que era comum nos centros de comercio eram os feitos com Cerâmica e Pedras Preciosas.

A arte e ciência

 Em quase todos os lugares, com efeito, as tradições culturais locais foram brutalmente interrompidas, enquanto em Piquillacta, no vale do Apurimac, e em Viracochapampa, perto de Huamachuco, se erigiam complexos arquitectónicos em puro estilo Huari, servindo como casernas e entrepostos.

Apogeu e declínio

No Século X, o Império chega a seu apogeu, porem por volta do século XII ele começa a declinar, já tinha perdido grande parte de sua influencia na região, possivelmente graças a guerras civis ou invasões de vizinhos poderosos, podendo ainda ser contando talvez a disputa entre poderosos governantes e comerciantes, ou levantes de regiões remotas que já poderiam está demonstrando sinal de cansaço de serem administradas por sedes distantes, a questão é, que depois do Século XII o império desaparece. Os Wari foram os que tiveram o fim mais trágico, sendo completamente destruídos, lutando individualmente com cada reino e sem comunicação com seus aliados esse povo foi eliminado por completo.

 

Bibliografia

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