FATORES INTERNOS

  1. As contradições internas do colonialismo:

Uns estavam a favor da colonização africana alegando que o sistema colonial fortificava as suas economias;

Outros criticavam severamente o sistema. Pois, recusavam a sua existência. Isto é, apoiavam a luta pela libertação dos povos colonizados;

  1. A Educação e Administração colonial, por sua vez, difundiam a ideia de igualdade entre os homens, independentemente de cor, raça…
  2. A participação dos africanos e o seu melhor comando durante as duas guerras mundiais, activou bastante o nacionalismo, uma vez que as operações do comando dos brancos sempre eram superadas pelas operações do comando africano…
  3. O fim da IIGM favoreceu para os partidos da esquerda tomarem o poder e apoiarem a luta dos povos colonizados pelas suas independências.
  4. A industrialização em África:

Estamos bem recordados que a função específica das colónias era de fornecer sem cessar as matérias-primas; consumir o produto manufacturado da metrópole (ser novos mercados).

E a medida que o tempo ia passando, foram surgindo industrias extractivas das tais matérias-primas as quais foram “produzindo” um numero significativo de operários assalariados que se viriam organizar em sindicatos (exemplos, a União Geral dos Trabalhadores da África Negra, nas colónias francesas e ou congresso dos sindicatos, no Ghana)  e mais tarde em Partidos.

  1. O renascimento cultural africano:

Afirmação da grandeza das antigas Civilizações e da sua identidade cultural começada muito antes das duas Guerras mundiais.

  1. As lutas anticoloniais manifestam nas grandes cidades e no campo:

Finda a II GM seguiu-se o período de lutas de libertação pelas independências as quais atingiram a fase superior com a costituição sindicatos e partidos políticos liderados por intelectuais influenciados pelo Pan-Africanismo

FACTORES EXTERNOS

  1. a) O abalo da IIGM e as suas consequências:
  2. b)  A acção da ONU-criada em Maio de 1945 em são Francisco a qual apoiou a Libertação dos países colonizados de África através do seu artigo nº1 da Carta das Nações Unidas que afirmava que “o ideal [era] de desenvolver entre as nações relações amigáveis , baseadas no respeito do principio da igualdade do direitos dos povos e do seu direito de disporem de si próprios. A ONU tornou-se a voz dos oprimidos e fracos. Através das suas instituições especializadas, como o caso da UNESCO,  a ONU contribuíram para o despertar do Nacionalismo Africano.
  3. c)  A politica dos EUA  e da URSS:

Depois da IIGM os EUA queriam  ver os países africanos independente de tal forma que os seus capitais fossem investidos na recuperação das suas economias; → A URSS por sua vez, gostaria de ver os países independentes para a introdução de ideologia marxista leninista que orientava a autodeterminação dos  povos;

O anticolonialismo da URSS determinava a necessidade de libertação para a instalação da Paz Mundial,

  1. d)  A  Acção da ONU: →  A ONU, criada em São Francisco em Maio de 1945,  contribuiu grandemente para o nacionalismo africano através do artigo 1 da sua Carta a qual dava chance de os povos oprimidos libertarem-se e dirigirem os seus destinos sem a dominação colonial;  → Transmitiu o ideal de desenvolvimento de relações amigáveis entre os povos baseadas no respeito do principio de igualdade de direito dos povos; → E através das suas instituições, como foi o caso da UNESCO que contribuiu para o deportar do Nacionalismo africano;
  2. O Exemplo da Ásia e da África do Norte (África de Magreb ou África Branca):

Finda a IIGM, alguns países asiáticos como são os casos da Índia que ascendeu a sua independência em 1947, sob Direcção de Mahatima Ghandi e China em 1949 sob Direcção do Mão-Tse-Tung. Estes países serviram de bases e de retaguarda segura para os movimentos africanos  de Libertação; → As independências:

  • do Egipto em 1954;
  • da Argélia em 1954;

Marrocos em 1956 e da Tunísia em 1956 contribuiram para cada país apoiar os movimentos de Libertação  durante o período da luta dos povos contra o colonialismo;

Foi na sequencia desse apoio que “os primeiros guerrilheiros da Frente de Lbertaçao de Moçambique-FRELIMO que lutaram pela independência nacional formaram-se na Argélia”

  1. A Conferencia de Bandung realizada na Indonésia em 1955 a qual reuniu:

Estados asiáticos e 6 africanos; → Entre 18 a 4 de Abril de 1955 realizou-se a Conferencia de Bandung cujo objectivo foi de planificarem o futuro de uma nova força politica sobre o Terceiro Mundo promovendo a cooperação económica e cultural afro-asiatico opondo-se a politiva dos dois “coloços”  EUA e URSS; → Os patrocinadores da Conferência foram: Indonésia, Índia, Birmânia, Ceilão (actual Sri-Lanka) e Pasquetão. Estes países em jeito de preparar a Conferência em estudo, reuniram-se em Colombo no Ceilão;

Estabeleceram-se 10 princípios:

  1. “Respeito os direitos fundamentais;
  2. Reispeito à Soberania e integridade territorial de todas as nações;
  3. Reconhecimento de igualdade de todas [as raças e] nações (sejam Estados grandes e pequenos);
  4. Não intervenção nem ingerência nos assuntos internos de cada país;
  5. Respeito de cada Nação, defender-se individual e colectivamente;
  6. Recusa na partição dos preparativos da defesa colectiva destinada a servir os interesses particulares das duas superpotências (EUA e URSS);
  7. Abstenção de todo o acto ou ameaça de agressão ou de emprego de força, contra a integridade territorial ou a independência política do outro país;
  8. Solução de todos os conflitos internacionais por meio de negociação e reconciliação arbitradas por tribunais internacionais);
  9. Estimulo aos interesses mútuos de cooperação;
  10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais”.

 

Fonte

https://cesa.rc.iseg.ulisboa.pt/RePEc/cav/cavwpp/wp119.pdf;

https://www.researchgate.net/publication/236132716_O_Nacionalismo_Africano_no_Caminho_para_a_Democracia_A_Transicao_do_Poder_Colonial_para_o_Partido_Unico_nos_PALOP.