Situação social

No decurso do século VII, constitui se na Península Arábica um Estado árabe, com a morte de Maomé, em 632, os califas, que se diziam descendentes do Profeta, governou o poderoso e agressivo Estado árabe. Os árabes conquistaram rapidamente a Síria, a palestina, o Egipto, a África do Norte e muitos outros países. A capital do califado foi transferida para Damasco, depois para Bagdade.

A Espanha em 711 eram compostos na sua maior parte por Berberes (ou Mouros), isto é, tribos da África Setentrional que se tinham submetido aos Árabes.

Os Visigodos foram derrotados por exercicitos árabe chefiado por Tariq. Este atravessou o estreito que tem ainda o seu nome europeizado, Gibraltar (Djabal-al-Tariq), e desembarcou no extremo Sul da Península Ibérica. A lenda diz ele se dirigiu aos seus guerreiros nestes termos: “para onde fugis, oh homens! Atrás de vos esta o mar, e a paciência”. Durante os primeiros decénios, a Espanha foi governada por emires ou governadores nomeados por Damasco.

 A partir de 755, o emirato de Córdova (assim se chamou o Estado árabe da Espanha) passou a ser praticamente independente, e os seus soberanos tomaram o nome de califas.

A primeira vitória sobre conquistadores foi conseguida em 718 na batalha de Covadonga, nos Pirenéus asturianos.

No século XI, a Espanha crista compreendia vários Estados independentes, que nasceram e reforçaram no decurso da reconquista.

Os Árabes estavam solidamente instalados nas ricas províncias do sul.

Os centros culturais árabes encontravam se na Andaluzia, uma das províncias mais ricas e mais povoadas da Europa, dependente do califado.

Em Toledo, no século X, houve que traduzir o Evangelho para árabe.

As indústrias mineiras, que existiam em Espanha desde a Antiguidade, estavam em grande actividade. A confecção de tecidos de algodão, de lã e de seda e o trabalho em couro também prosperavam, e os árabes foram iniciadores do fabrico de papel em Toledo.

Nos primeiros tempos, a população as vezes passavam para o lado dos conquistadores, n a vã esperança de se libertar do terrível jugo feudal. Mas os Árabes traziam para a Espanha a mesma exploração feudal. O fanatismo muçulmano, que se seguia a períodos de relativa tolerância religiosa, exacerbava a oposição da população.

Em 1085, Toledo, a antiga capital dos Visigodos, vonverte se na capital de Castela, no ano de 1118, Saragoça rende se aos Aragoneses. Enquanto os exércitos árabes recuavam em toda parte sob a pressão dos cristãos, o Cid Campeador (de seu verdadeiro nome Rodrigo Diaz de Vivar, morto em 1099), o herói da epopeia castelhana, torna se celebre pelas suas façanhas.

Organização Política

A história da Espanha ate a segunda metade XV é a de vários Estados divididos, distintos pela organização interna e pelos acontecimentos que marcaram a sua vida política.

O núcleo da Catalunha era constituído pela Marca de Espanha, criada por Carlos Magno, e pela parte Norte-Oriental da Peninduls Ibérica recuperada aos Árabes. O condado de Barcelona tornou-se preponderante e anexou os outros condados do Nordeste, durante todo século XI, os habitantes da Marca de Espanha mantiveram uma luta incessante contra os Árabes, progredindo gradualmente para o sul. A expansão territorial da Catalunha terminou em meados do século XII. A medida que novas terras eram conquistadas, sem esperar pelo fim das hostilidades, os espaços devastados eram sujeitos a intensa colonização; surgiram novas aldeias e constituíram se rapidamente domínios eclesiásticos e laicos.

Catalunha conheceu cedo um forte poder central nas mãos do conde de Barcelona e relações feudais muito desenvolvidas.

A consolidação territorial da Catalunha e a cessação da colonização militar (que permitia a uma parte dos camponeses estabelecera-se em novas terras) favoreceram a sujeição do campesinato. Este processo estava terminado no século XIII, surge uma serie de leis que sancionou a dependência servil do campesinato catalão; os payeses de remessa, ou servos da Catalunha, tinham o direito de conservar o seu pedaço de terra contra resgate (remessa personal) muitas vezes fixado arbitrariamente pelo senhor.

Organização Económica

No século XIII, os artesãos da Barcelona fabricavam artigos de ferro, tecidos de linho, lã e seda, pipas, objectos de couro, de vidro, redes, etc. A cidade matinha um activo comércio no mar, onde Barcelona veio a ser no século XIV, o principal centro de comércio e artesanato da Espanha e o seu primeiro porto. Era intensivo o comércio de trânsito de cereais entre Aragão, e a Silicia e a Franca. Ali se fazia a compra do trigo por atacado. As corteses eram assembleias de carácter local, onde tinham assentos representantes da nobreza, do clero e das cidades, que tinham cada vez mais influencia e que participavam constantemente nas reuniões das cortes desde o final de século XIII. No século XV, 36 cidades gozavam do direito de enviar os seus deputados as corteses.

Aragão era uma das mais atrasadas províncias de Espanha, sob o ponto de vista económico, onde predominava a economia natural, e onde as forcas produtivas estavam muito pouco desenvolvidas. Enquanto a Catalunha detinha a predominaria económica, Aragão era politicamente preponderante. A unificação dos dois reinos teve como fundamento uma grande semelhança nas relações sociais. O poder dos senhores feudais de Aragão e da Catalunha sobre os camponeses subjugados era muito grande.

Em Aragão reinava uma aristocracia muito poderosa, a classe dos senhores feudais possuía uma forte organização política e militar; era muito hierarquizada. O clero, possuidor de vastos fundiários, era excessivamente influente. As cidades associavam se em confrarias ou irmandades, mas eram economicamente fracas. A politica dos reis de Aragão era determinada do que as instituições representativas na Europa.

Portugal nos séculos XI-XV

O Portugal limítrofe de Leão partilhou do mesmo destino do outro Estados da Península Ibérica e libertou se da dominação árabe entre os séculos XI e XIII. O condado de Portugal, feudo de Leão, constitui se no final do século XI. Em 1143, Portugal tornou se um reino independente. O papado desempenhou um importante papel na sua história. A partir do século XII, foram estabelecidas relações muito estreitas com Roma. O Papa teve como vassalo lento, estava solidamente enraizado nos pais.

Em grande parte do pais subsistiam pequenos proprietários agrupados em comunidades livres que gozavam de direitos relativamente vastos. Podiam dar asilo a servos fugitivos, a medida que a Reconquista chegava ao seu termo, os camponeses ficaram na dependência dos senhores, sem no entanto se transformarem em servos; a servidão existia só nalgumas regiões.

As cidades de Portugal, pouco numerosas, tinham uma situação geográfica vantajosa. A navegação desenvolveu se rapidamente. No século XII, e sobretudo nos séculos XIV e XV, os reis travaram uma encarniçada luta contra os senhores feudais que se revoltavam. A realeza tinha o apoio das cidades e das Cortes, que existiram em Portugal a partir do século XII.

No decurso do século XV, Portugal fez conquistas que principalmente com a tomada de Ceuta, no Norte de África (1415). Portugal ia passar a ser uma grande potência colonial.

 

Biblíografia

http://books.scielo.org/id/btxhx/pdf/portugal-9788579830006-03.pdf;

http://convenio.cursoanglo.com.br/Download.aspx?Tipo=Download&Extranet=true&Arquivo=9997504C-9BBA-4A2A-B07F-39616F5C2E31/1P_baixaIM_parte2.pdf;

http://marxists.catbull.com/portugues/manfred/historia/v01/14.htm.