O Socialismo não data século XIX o ideal socialista assentando na substituição privada pela propriedade colectiva, e de todos tempo embora tendo flutuado muito o respectivo relevo e a expressão, alguns defenderam aquele ideal em consequência de um certo entendimento quanto a melhor forma de atingir o equilíbrio das sociedade a outras esse entendimento terá servido de cobertura a propósito mesquinhos.

Ditados por sentimentos de inveja e de consciência da própria mediocridade que lhes tornaria gratas as soluções igualitária mesmo quando estas tivessem de implicar baixíssimos níveis de bem-estar material o ideal socialista e muito antiga, admite-se que tinha dominada alguma sociedade primitiva, embora ia por vez se confunda a colectivização com as funções do patriaica do chefe do clã, quando a administração de um património familiar comum alguns aponta Platão como o primeiro doutrinador socialista e será de admitir que a antiguidade oriental tinha conhecido mesmo plano das instituições, e não apenas o domínio de pensamento de soluções insperado num ideal socialista. Essas soluções parecem revelarem-se pelo menos, nos processo de repartição económica das maquinas despóticas babilónica e do Egipto, ao tempo do impero novo ou império tebano não dependendo das relações estabelecida livremente entre os indivíduos tendo os funcionários, dependente dos monarcas substituído os antigo aristocracia. Semelhantes instituições se encontraram também na América pré-colombiana sobretudo do império dos incas, que terá conhecido uma organização económica de tipo comunista.

Abstraindo mesmo comunismo platónica, de algumas instituição de antiguidade e de sociedade rudimentar  na quais a comunidade de bens tem sido bastante frequente, assim como inexactidões acumuladas em torno de comunismo dos primeiro cristão parecem indiscutível que o ideal socialista a florou o espírito, pelo menos, de alguns pensadores do século XVI.

Socialismo

Saint Simon

As varias correntes socialistas representam, no seu conjunto, uma reacção ante individualista noção da escola clássica, ou directamente em oposição as concepções teóricas do capitalismo liberal, surge autores que condenavam a livre ocorrência, a não intervenção do estado na vida económica, o assalariado e a propriedade privada. Estes autores foram uma corrente doutrinária que combate o liberalismo económico a propriedade privada ou pretendem restringi – lá.

Saint Simon

O aristocrata francês Claude – Henry de Rouvray, Conde de Saint – Simon 1760 – 1825), teve uma vida agitada e aventurosa. Aos 16 anos combate na América do norte na guerra da independência negocio que nem sempre são frutuosos, a viagem, ao estudo as suas ideias visam uma construção grandiosa que substituam a estrutura social que se desmorona antes seus olhos. Desenvolveu uma acção pessoal ainda maior que a influencia dos seus escritos, conseguindo agrupar a sua volta numerosos discípulos as suas ideias podem talvez sintetizarem – se numa exaltação das função social da industria com siderada a palavra como sinonimo de trabalho.

 as sociedades poderiam viver perfeitamente sem essa fachada, poderia dispensar- se o luxo de rei, de uma família  real, dos nobres, dos altos dignitários civis e militares desde que mantivesse os seus industrias e homens dos ofícios, os seus agricultores, os seus negociantes, os seus banqueiros porque o verdadeiro poder, o verdadeiro governo da nação, esta nas mãos dos homens que conduzem a sua vida económica.

Industrialismo de Saint – Simon

A base da vida sócia, o facto capital do seu tempo e, para saint – simon, a indústria. As preocupações politicas dos seus contemporâneos merecem – lhe um grande desdém. Para Saint – Simon os conceitos liberais da soberania, do povo de liberdade de igualdade não têm sentido. Compreende o seu significado como concepções abstractas dos legistas que criaram a ideologia do combate ao feudalismo, mas, Saint – Simone so aceita o parlamentarismo como um regime de transição entre o passado feudal e o futuro, e para ele o futuro pertence ao industrialismo, porque a industria e a única fonte de todas as riquezas e de todas as prosperidades.

A organização social do futuro, o industrialismo implica em, primeiro lugar o desaparecimento das classes. Não haverá nobres, nem burgueses, nem clérigos. Apenas existiram duas categorias de pessoas: os trabalhadores, os ossseosos. Na classe dos trabalhadores Saint – Simon engloba não só os operários manuais, como os artífices, os industrias, os agricultores os negociantes os banqueiros, os homens de ciências, os artistas. Estas pessoas devem viver sem outras diferenças que as que naturalmente resultem das suas diferentes capacidades.

Saint Simon diz que a igualdade industrial conciste em cada um receber da sociedade benefícios exactamente proporcionados a sua posição social, isto e, a sua capacidade positiva, ao emprego que faz dos seus meios, entre os quais se devem compreender, bem entendido, os seus capitais.

Saint – Simon concebe cada nação como uma grande manufactura e afirma: ora os trabalhos mais importantes nas manufacturais consiste em primeiro lugar, em estabelecer os processo de fabricação. Em seguida, em harmonizar os interesses dos empresários como os trabalhadores, por um lado, e por outro, com os do consumidor. Assim, em cada nação não há lugar para um governo político, para o governo dos homens, mas sim para um governo de uma natureza especial, para uma administração das coisas. A política deve transformar -se, deve tornar- se a ciência da produção, isto e, a ciência que tem por objecto a ordem de coisas mais favoráveis, todos os ramos da produção não há lugar no sistema de Saint Simon, para a opressão de uma classe pelas outras; a sociedade deve ser organizada de modo a assegurar a melhor maneira de dar satisfação as necessidades de todos os seus membros. Substituídos o governo politico pelo governo económico, substituída a administração dos homens pela administração das coisas, a nova organização social, decalcada da organização das unidade industrias, transformara as nações em verdadeira associações de produtores.

Os discípulos de Saint – Simon

A influência de Saint – Simone excedeu largamente o círculo dos leitores das suas obras. Alguns dos homens de maior valor do seu tempo foram os seus discípulos: Augustin Thierry foi seu secretário de 1814 a 1817, e de 1917 a 1824, a mesma função foi desempenhada por August Comte.

Os seus discípulos figuram Eugéne o e Olinde Rodrigues, Enfantin, Bazard. Foram estes os fundadores do jornal Le producteur, que com objectivo de divulgar as ideias do mestre apareceu após a sua morte.

Um vez organizados, os Saint – Simonistas encarregaram Bazard de expor em conferências públicas a doutrina do mestre lesseps, Carrel, Carnot, os irmãos pereire, Duverger, Michael Chevalier, ouviram essa exposições, posteriormente publicadas na compilação em dois volumes doctrine a parte económica do volume doctrine de Saint – simon a parte económica de saint-simon contem uma critica rigorosa propriedade privada critica que Saint- Simon formulava em termo mais científicos e menos polémicos do que proudhon, argumentando que a propriedade era uma instituição social sujeita a evolução. A condição da propriedade privada e de exploração dos trabalhos coincide-nos Saint-simonista coma defesa do empresário capitalista do industrial empreendedor capitalista.

O Socialismo Associacionista

Os socialistas consideram que a livre concorrência a causa principal dos vícios e contradições do estado económico da sociedade procuram, por conseguinte, remediar as consequências de uma produção insuficiente, de uma repartição injusta através da livre associação. Pensam que o individuo isolado, a mercê de todas as ameaças, e de todas as dificuldades, encontra na associação a protecção e a defesa de que necessita. Eles crêem firmemente na forca atractiva e aglutinante da associação, crêem na espontaneidade da adesão individual e, por isso, são partidário da livre associação em grupos autónomos, que livremente podem unir-se ou federar-se.

Ao contrário dos liberais não aceitam a ideia de uma a ordem natural, espontânea e harmónica. Por intermediário das associações procuram oferecer aos homens um novo meio, embora em certos trechos dos autores associacionistas estes novo meio (associação, a cooperativa, a comuna) este espírito associacionista entrou em conflito com as doutrinas individualistas da revolução de 1789, particularmente no que refere ao direito de associação. Sem desejarem restabelecer as extintas corporações, lutam por um novo tipo de associação a associação cooperativas

Os autores mais representativos destas escolas socialistas são o inglês Roberto Owen (1772-1858) e o francês Charles Fourier (1772-1837); referir-nos-emos também o Luis Blanc, que introduz no sistema propensão autoritária.

Robert Owen

O socialista Robert Owen (1771-1858) era um homem de negócio bastante rico e um industrial importante. Nas suas fábricas de New-Lannark criou para os seus operários todas instituições e regalias que vieram a ser, posteriormente, objecto de uma larga campanha de propaganda: casa com jardim refeitórios, caixas económicas, escolas liças para os filhos dedos operários. Antecipando-se a chamada legislação operaria, reduziu o dia de trabalho dos adultos de 17h para 10h não dava trabalho as crianças com menos de 10 anos de idade e suprimiu o uso de multas.

A grande crise de 1815 fê-lo compreender as terríveis contradições da ordem económica liberal, na sua longa vida a ideia fundamental que guiava Owen era da criação de um meio social. Isso que ele aconselhava aos outros patrões, que ele pede ao estado e que, finalmente, se propõem a tingir pela cooperação. Owen pensava que o homem dependia estritamente do meio. Modificar o meio e preparar aos trabalhadores melhores condições de existência de trabalho e o seu primeiro objectivo e a primeira coisa que que se lhe afigurava necessariamente para modificação do meio económico era a supressão do lucro. O lucro, para Roberto Owen era aquilo que excedia o preço do custo. O que em sua opinião representava uma injustiça, porque considerava que o preço do custo era o justo preço alem de injusto, o lucro era a causa das crises, económicas de superprodução, ou melhor, de subconsumo, porque, devido ao lucro, o trabalhador vê-se na impossibilidade de comprar o produto do seu trabalho e, portanto, de consumir o equivalente do que produziu.

Owen sente a necessidade de encontrar um processo de suprimir o lucro. Partiu de princípio de que sendo sempre o lucro expresso em dinheiro, era por meio de dinheiro, da moeda, que o lucro se realizava concluiu que era necessário substituir a moeda por labor notes (senhas de trabalho). Estas senhas de trabalho teriam grandes vantagens sobre a moeda, como padrões de valores, dado que representava o trabalho exacto gasto a produzir cada mercadoria o trabalhador receberia pelo seu trabalho.

Charles Fourier

Contemporâneo de Sanit-Simon, Charles Fourier (1772-1837) elabora a sua doutrina no decurso do mesmo período histórico para Fourier a concorrência livre e um estado anárquico em que todos os abusos são possíveis e mais graves Aida que os vícios de repartição consideram ele o facto de a produção de ser insuficiente para justificar necessidade de criação de um novo meio social, no qual o homem não seja a vítima da liberdade económica, Fourier, cria uma vasta cosmogonia e das largas a imaginação estabelecendo analogias entre o mundo celeste e o mundo social. Para Fourier não se trata de suprimir propriedade mas de transformar o regime de propriedade a associação transformará a propriedade de individual em societária e a produção esta transformação não e obrigatória porque a associação e voluntaria e livre.

O hotel cooperativo de Fourier- o fanlasterio- pertence a uma associação e so recebe os membros dessa associação. Associacao-a falage-não e apenas uma sociedade de consumo: e igualmente a uma sociedade de produção. Em volta do edifício onde esta instalado o hotel cooperativos fanlasterio compreendem um terreno com cerca de 400 há, com campo de cultura e instalações industriais, de modo a poder fornecer aos seus associados tudo quando necessitar. No falansterio o trabalho assalariado em proprietários co-interessados tornava o trabalho mais atraente e , por esse motivos, mais produtivo.

O sistema Fourier não visava a abolição da propriedade, propunha – se a abolição do salariato pela criacao do co – propriedade o aspecto utópico da doutrina de Fourier, que o historiador contemporâneo pode considerar criticamente, não á impediu de exercer no seu tempo 8ma considerável influencia no desenvolvimento das ideias socialistas.

Louis Blanc

Historiador, jornalista, orador e politico, Louis Blanc (1811-1886) conquistou o lugar que ocupa na historia do pensamento económico com um pequeno volume, inspirado nas obras de sismondi e de Fourir, Blanc critica violentamente o regime da livre concorrência e com o seu livro, refundido e escrito nove vezes deseja provar 1º que a concorrência e para o povo um sistema de estreminio do segundo que a concorrência e para a sociedade, para Blanc deve ser fomentada e financiada pelo estado. Escreve Blanc: a emancipação dos trabalhadores e uma tarefa muito complicada relaciona-se com muitos problemas destrioe muitos hábitos, contrarias, não na realidade, mas na aparência, muitos interesses para que não seja loucura acreditar que ela se pode realizar por uma serie de esforços parciais e de tentativas isoladas. E preciso recorrer emacipar são os instrumentos de trabalho a função do governo e fornecer-lhos.se tivéssemos de definir o estado segundo a nossa concepção responderíamos: o estado e o banqueiro dos pobres.

Pierre-Joseph Proudhon

Como Fourier, P.J.Proudhon (1809-1865) nascem em Becançon na sua correspondência escreve dormindo nas oficinas testemunhas do vícios e virtudes populares, comendo pão com o suor do meu rosto obrigado com o parco ordenado ajudar a minha família e contribuir para educação dos meus irmãos no meio de tudo isso meditando, filosofando, colhendo nas menores coisas observações imprevistas este gosto pela observação o seu insaciável amor pelo estudo deram-lhe uma apreciável soma de experiencias.

A crítica de Proudhon

A propriedade e o roubo pensou a grande a maioria dos leitores e publicou que o não leu, mas admirou, que Proudhon condenava toda e qualquer propriedade não era toda via assim. A simples propriedade privada a livre disposição do produto do trabalho e das economias individuais, e na opinião de Proudhon um fundamento da liberdade individual.

Como os autores socialistas anteriores, ou contemporâneo Proudhon considera que o trabalho era a única fonte de valor. Sem o trabalho, a terra ou o capital não será produtivos. O dinheiro o proprietário exige como paga de capacidade produtiva da sua terra vem a ser um abuso, a obrigação de pagar alguma coisa por nada, poque, sem o trabalho, a terra nada produz. Este e, segundo Proudhon, o roubo. E, consequentemente, ele da propriedade a seguinte definição direito de gozar e dispor de bens e de outrem, fruto do engenio e do trabalho alheio.

A sua critica a propriedade privada constitui o aspecto fundamental da sua crítica ao liberalismo. Ele só aceita propriedade que e fundamento da liberdade individual, dado que considera uma questão de justiça o facto de o homem possuir a coisas em que incorpora o seu trabalho sou e legitima, para Proudhon, a propriedade que concilia com o principio da justiça ou seja, com a liberdade. Proudhon dirá: a liberdade, deis todo o meu sistema: liberdade de consciência, liberdade de imprensa, liberdade de trabalho, de comércio, de ensino, livre concorrência, livre disposição dos frutos de trabalho e do saber liberdade arter ao infinito, absoluta; liberdade em todas as partes e sempre.

Para Proudhon a perfeição económica reside na independência absoluta dos trabalhadores, do mesmo modo que aperfeiçoa politica reside na absoluta independência dos cidadãos. A propriedade e exploração do forte pelo fraco as ideias de justiça implica ideia de igualdade.

O Mutualismo e o Banco de Troca

Como escreve Ch. Rist no seu conhecido estudo sobre Proudhon: o principio fundamental sobre que assenta todo o projecto e o seguinte: entre todos os capitais que permitem aos seus prioritários, sob o nome de juro renda, desconto, um lucro sobre o produto do trabalhador, o mais importante e a moeda, visto que a final de contas, e sob a forma de moeda que todos se apresentam no mercado. Amoeda se empresta sem juros, o lucro desapareceria imediatamente para todos os outros capitais a supressão do juro do dinheiro permitiria, portanto obter capitais gratuito e os detectores dos capitais deixariam de ter lucro sem trabalho.

Na primeira das suas memórias sobre a propriedade Proudhon proclama suprimir propriedade, conservando a posse e apenas por essa modificação de princípios mudaria tudo nas leis, no governo, na economia, nas instituições: expulsares o mal da face da terra. O banco de troca não tem necessidade de capitais, emite valores de troca que não a confiança mútua dos associados garantem a circulação e a geral aceitação dos valores de troca, que representarão sempre mercadorias.

No seu livro ideia geral da revolução no século XIX Proudhon afirmava: os cidadão francês tem direito de se entender, em caso de necessidade desse cotizar para fundar padarias, talhos, mercearias, etc., que – lhe garanta a venda e a troca por preços reduzidos e com boa qualidade do pão, da carne, de todos os artigos de consumo que a anarquia mercantil lhes entrega com falso pesos, com falsos rotolos e a preços exorbitantes pela mesma razão os referidos cidadão tem o direito de fundar o seu interesse comum.

O socialismo de Estado

Proudhon reagiu contra o socialismo associacionista no sentido libertário verdadeiramente, o socialismo de estado não e um novo sistema económico uma nova teoria, mas uma concepção politica pratica pela qual manifestam a sua preferência pensadores que visam objectivos sociais e políticos diferentes.

Um francês contemporâneo de Louis Blanc, que com ele participa nos sucessos revolucionário de 1848, pede a intervenção do estado não só para remediar as injustiças da sociedade do seu tempo, mas igualmente para preparar sem lutas dramáticas e perturbadoras o advento da sociedade futura.

Rodbertus, discípulo de sismundi e dos Sanit-Simonista, e um socialista intelectual um grande proprietário rural que os êxitos de Bismarke impressionaram e que considerara o socialismo comum movimento puramente económico. A sua influência foi considerável entre os escritores socialistas europeu do final do século XIX. Foi por seu intermediário que as idea de sismundo e dos saint- simonista se tramitaram e se propagaram. Rodbertus quer um sistema de direcção pelo estado. Era um monárquico, naciional e social. e ,por outro lado considera que no regime liberal não há possibilidade de afirmar que procura adpotar a produção a necessidade social porque a produção se relaciona sempre e apenas com a procura efectiva aquela que e determinada pela posse da moeda, o que significa que só se satisfazem as necessidades dos que já possuem alguma coisa. Rodbertus reconhece portanto que e necessária a intervenção do estado que há vícios de sistema a corrigir de modo a que se não se satisfaz com uma simples legislação humanitária.

Lassalle foi sobretudo um agitador um homem de acção e um organizador politico. O seu nome ficou ligado a chamada lei de bronze dos salários que numa carta dirigida a um congresso de operário alemães reunido em Leipzig, em1863, caracteriza nos seguintes termos:

A lei de bronze económica que, nas condições presentes sob o reino da oferta e das procura de trabalho determina o salário e esta: o salário médio e sempre reproduzido a substancia necessária, indispensável segundo os hábitos de uma dada nação para a manutenção da existência para a reprodução tal e o ponto em volta do qual o salário real gravita nas suas oscilações se que já mais passe durante muito tempo acima destas medias, porque, de outro modo, a situação mais fácil melhor proporcionada ao trabalho suscitaria um aumento da produção operaria. O salário não pode descer de maneira duradoura a baixo dessa subsistência necessária porque neste caso, não deixaria de crescer imaginação o celibato abstenção na procriação, e, finalmente, diminuirá o número dos operários em consequência da miséria a oferta de braços restringir-se-ia e o salário voltaria a subir ao nível anterior. O preço do mercado trabalho e aquele que e efectivamente pago pelo jogo natural da relação da oferta e da procura.

Lassalle preconizou a criação de oficinas de produção subvencionadas pelo estado e atribuiu a este um importante papel intervencionista segundo Lassalle, o fim de estado e realizar o distinto humano, isto e toda a cultura de que a humanidade e capaz: e a educação e o desenvolvimento humano no sentido da liberdade.

Socialistas Ricardianos Ingleses

Na Inglaterra da primeira metade do século XIX a indústria tinha já atingido um grande desenvolvimento as lutas dos operários industriais eram frequentes e iniciavam-se o movimento das trade unions, associações operárias de carácter sindical que só mais tarde apareciam nos outros países europeus. Estas condições sociais, a divulgação do utilitarismo de Bentham e a lição da escola clássica, principalmente das doutrinas de Ricardo, tornaram possível o aparecimento de um grupo de autores socialistas que tiram conclusões novas e revolucionarias das obras dos clássicos. William Thompson (1785-1833), John Gray (1799-1850), Thomas Hodgskin (1787-1869), john Francis Bray (1809-1895), diferem sob muitos aspectos, mas revelam um certo número de ideias fundamentais comuns. Todos eles aceitam que o trabalho e a verdadeira medida do valor e todos enunciam já a noção de mais-valia.

Para estes economistas só o trabalho justifica a propriedade. Nas suas obras, a teoria do valor trabalho adquire uma significativa importância que não encontramos no próprio Ricardo. A lenda, o juro e o lucro não só, constituem um rendimento ilegítimo, como geram as contradições sociais. HodgsKin defende as coligações operárias e as lutas por melhores salários; nas suas obras chega inclusivamente a afirmar que o capital não e produtivo.

O fundador do socialismo cientifico nasceu em Trier, ,na Renânia, em 1818. E o jovem Karl, após os seus estudos liceais, formou-se também em direito, tendo frequentado as universidades de Bona e de Berlim. Por essa época, sob a influência de Gans, o professor de direito penal na faculdade de direito de Berlim, que Marx frequentava, começavam a surgir entre os jovens hegelianos tendências esquerdistas. a renovação do hegelianismo iniciara-se, em 1835, com a publicação da Vila de Jesus ,de David Strauss.

O Método de Karl Marx

Na produção social da sua existência, os homens entram em relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um dado grau de desenvolvimento das suas forcas produtivas materiais. O conjunto destas relações de produção constitui a estrutura jurídica e política, a qual correspondem formas de consciência social determinadas. o modelo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, politica e intelectual em geral . Não e consciência dos homens que determinam a sua consciência. Num certo estádio de desenvolvimento as forcas produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes, ou, o que não e senão a sua expressão jurídica, com as relações de propriedade no meio das quais ate então tinham evoluído.

Quando se consideram tais transformações, e necessário distinguir sempre entre transformação material das condições de produção económica que se pode verificar fielmente com a ajuda das ciências da natureza e as formas jurídicas, politicas, religiosas, artísticas e filosóficas, em suma, as formas ideológicas sob as quais os homens adquirem consciências deste conflito e que o levam as ultimas consequências. Do mesmo modo que não se julga um indivíduo pela ideia que ele faz de si próprio, não se pode igualmente julgar uma tal época de transformação pela sua própria consciência: e necessário, ao invés, explicar essa consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito que existe entre as forcas produtivas sociais e as relações de produção.

Deste modo, Marx poderá dizer: o meu método dialéctico não e somente diferente pelos seus fundamentos do método hegeliano; e directamente o contraio.

Análise do capital

Marx fará a demonstração de que as categorias económicas-trabalho, troca, mercadoria, valor, moeda, mercado, lucro, salário são categorias históricas. Verifica primeiramente que a vida económica na época capitalista consiste num sistema de trocas. E, ao contrário dos clássicos, conclui que essas trocas não podiam constituir um sistema de trocas equivalentes. Se assim fosse, ou podiam constituir um sistema de trocas equivalentes. Se assim fosse ou não se dariam crises de sobreprodução, ou, mesmo que alguma crise se sobreproducao se verificasse devido a uma causa acidental.

 A teoria da troca de equivalentes não explica também para Marx a origem do lucro. Para explicar o lucro, a sobreproducao, as crises, e necessário penetrar no seio desse mistério, esclarecer as contradições da vida económica, atingir a essência desse capitalismo. O problema das crises e investigação do verdadeiro carácter do lucro conduz Marx ao estudo do valor.

A teoria do valor do Marx ѐ elemento fundamental da sua construção tórica, representa uma extensão e um aprofundamento da teoria do valor do David Ricardo.com a generalidade dos autores socialistas, Marx atribui ao trabalho a origem do valor. Entende o valor de uma mercadoria e objectivamente determinado pela quantidade de trabalho social médio que essa mercadoria apresenta exemplificando: se um sapateiro leva dez horas a produzir um par de sapatos e um outro sapateiro leva vinte horas para realizar mesmo trabalho o par de sapato valera 15h de trabalho social médio. Os trabalhos de dois sapateiros, ou de dois pedreiros, ou de dois oleiros, são qualitativamente desiguais. Para que os produtos desses trabalhos se troquem basta que os diversos objectos que constituem os resultados materiais de trabalhos diferentes se tornem sob um certo aspecto, equivalentes. O tempo socialmente necessário a produção das mercadorias e o que exige qualquer trabalho, executado com o grau médio de habilidades de intensidade e em condicoes que , em relação a um dado meio social, são normais e sobre esse aspecto que os produtos se tornem comparáveis aparência económica da nos ilusão de o dinheiro troca-se por dinheiro.

O  Adm smith e Ricardo, que tinham compreendido que o trabalho era verdadeiro fundamento do valor, faltavam visão dialéctica a compreensão filosófica da natureza e do homem. A simples troca de mercadorias constitui uma operação complexa, iguala o que e desigual, realiza um movimento dialéctico. Essa troca de produto equivalentes prossegue-se em grande dificuldades no regime de simples produção de mercadorias com, por exemplo, quando artesões produzem e vedem os seus produtos.

Mais tudo se passa de um modo inteiramente diferente quando o apetrechamento industrial aumenta e entra numa parte importante no valor do produto, o que se passa ao

Inicia- sé a época do capitalismo industrial, o verdadeiro capitalismo na opinião do Marx o desgaste da maquinaria (e consequentemente a armonizacao) entra no valor do produto assim como o montante do salário ou lucro, isto e:

e ═  c + v  + pv

(designando-se por e o produto global, por c a parte das maquinas, por v a soma dos salários e por pv o lucro a parte do capital investido na maquinaria, nas instalações industriais e nas matéria- primas, ou seja , aos meios materiais de produção ,da Marx o nome de capital constante .essa parte entra  integralmente  no valor do produto  Marx designa assim para distinguir do capital variável, ou seja ,daquela parte do capital que  o empresário capitalista gasta em salário da qual lhe promovem o lucro, dado que o capital constante integrando-se no produto, não muda de valo9r durante o processo de produção.

A produção do capital constante e do capital variável no investimento do capitalista da Mark o nome de composição orgânica do capital. A composição orgânica da capital vária conforme dos diferentes ramos de produção. Alguns há que possuem uma elevada composição orgânica isto e, que carecem de muita maquinaria e de mão-de-obra relativamente limitada. Outros há, que tem uma baixa composição orgânica isto e , emprega uma grande mão de obra e utiliza meios matérias de produção  relativamente limitados mas, analisando o processo de produção industrial, marques chega a conclusão de que independentemente da diferente composição do capital nos vários ramos da produção das mercadorias que resulte do mesmo ponto de trabalho social não são trocadas com o mesmo valor senão quando,  sendo a oferta igual a procura a composição orgânica dos dois ramos da produção for igual.

Deste modo, Marx chega a conclusão de que o lucro não depende resultar do processo de troca. Mas, ao mesmo tempo que refuta que o lucro passo ter a sua origem no processo de troca das mercadorias, compreende que e durante o processo da circulação das mercadorias que o lucro se torna evidente. O que e só e possível se no processo de circulação das mercadorias (mercadoria-dinheiro-mercadoria) possuir de moeda encontrar a venda alguma mercadoria cujo valor de uso tenha a qualidade particular de ser fonte de valor de troca. Uma tal mercadoria será susceptível de criar valores de troca, na medida em que for consumida. Para marques só uma mercadoria tem essa qualidades de criar valores de troca na medida em que e consumidas a forca humana de trabalho.

Os economistas clássicos tinha pensado que o capitalismo se baseava numa imensa troca de serviços e de valores equivalentes e, em certo sentidos, assim era. Mas, sob um outro aspecto, sobre aspecto desvendado pela análise de Marx, o capitalismo surge com uma troca de não equivalentes. E, por isso, em vez de harmonia e equilíbrio, no seio manifestam-se sucessivamente forcas de desequilíbrio e de rotula. Existe um conflito interno que toma dominantemente o aspecto de a massa dos produtores se encontrarem numa situação económica que não lhe permite consumir a massa dos produtos que produziram.

Para Marx a contradição fundamental não ѐ a que existem entre a produção e o consumo, mais a que se verifica entre o carácter socialmente produtivo do trabalho e a própria acção privado dos produtos de trabalho. Desta contradição fundamental decorre uma serie de conflito que Marx estuda pormenorizadamente: conflitos económicos (entre a produção e o consumidor).

As crises periódicas revelam o conflito interno entre as forcas de equilíbrio e as forcas de rotura o ciclo económico apresenta uma tendência para a sobre produção, que, ao atingir, a fase aguda, se manifesta pela crise, pela queda, das vendas pelo desemprego, pela destruição dos stocks, destruição de partes do apetrexamento industrial a crise resolve a contradição entre as forcas de equilíbrio e as forcas de rotura. Tal e dialéctica interna do sistema capitalista, segundo análise de Karl Marx.

    

Bibliografia

MARTINEZ, Soares. Economia politica, 5ª  edição, P.p 227-229, editor Coimbra 1991,

TAYLOR, Artur , As grandes doutrinas económicas, 11ª, Marco 2011.

BRUE, Stanley L, Historia do pensamento económico, tradução da 6ª edição Norte Americana. 1989.