Teorias de estrutura urbana

Organização do espaço urbano ou uma cidade obedece três principais teorias:

  • A teoria dos círculos zona concêntricas (Modelo de burguess) criadas em 1925;
  • Teoria dos setores (Modelo de Hoyt) criada em 1939;
  • Teoria os centros múltiplos ou da cidade multinuclear da (modelo de Harris e Ullman) criada em 1945.

Teoria dos circuitos zonas concêntricas (modelo burguess)

Esta teoria, surgiu nos finais da década 20 em Chicago, da autoria de E. Bruguess que se baseou nos seus estudos de sociologia para explicar como nas áreas se distribuiriam as classes sociais, assim estabeleceu nove pressupostos em que se assenta a sua teoria ou modelo:

  • Heterogeneidade social e cultural;
  • A base económica da cidade é o comércio e a industrial;
  • Existência de propriedade privada;
  • População e área urbana em expansão;
  • Homogeneidade dos transportes;
  • O centro, fruto da competição pelo seu espaço tem o valor mais elevado do que a periferia;
  • Isotropia do solo;
  • Inexistência de indústrias pesadas;
  • Sem passado histórico.

Este modelo descreve o uso da terra em anéis concêntricos, e as zonas identificadas são:

O centro constitui o central business district;

  • A zona de transição de usos (uso comercial, residencial,…);
  • Residência dos trabalhadores que deixaram o anel;
  • Residência da classe media e alta;
  • Residência das populações pendulares.

Critica ao modelo burguess Burguess

Defendia o princípio segundo a qual, o desenvolvimento de uma cidade se fazia de dentro para fora, ou seja, a partir de um central para a periferia, formando zonas concêntricas ao que ele vai chamar de movimento centrífugo.

A sua teoria foi criticada pelos seus opositores que traçaram outras teorias subsequentes, esses consideravam o modelo limitado, irreal e demasiado rígido devido principalmente a utilização isotropia do espaço sem ter em conta a descentralização das actividades económicas e das suas populações.

Teoria dos sectores ou modelo de Hoyt

Teoria desenvolvida em 1935 e defendida por Homer Hoyt, surge em oposição a teoria de círculos/modelo de Burguess Hoyt apesar da sua oposição ao modelo Burguessino, Omã os mesmos prossupostos para explicar a sua teoria, contudo, presta atenção aos seguintes pontos:

  • Funcionamento dos transportes relativamente à vida citadina;
  • Localização das indústrias; e
  • Crescimento das áreas habitacionais.

A teoria dos sectores defende que o próximo ao centro surge contrastes na utilização do solo e estes continuam à medida que a cidade vai se expandindo e vários sectores propagam-se a partir do centro utilizando geralmente as vias de comunicação principais que permitem um rápido acesso ao CBD, as áreas de classe alta e baixa repelem-se, distância considerável às zonas industriais, espaços livres disponíveis.

  • Centro de negócios;
  • Grossista e indústria ligeira;
  • Residência da classe baixa;
  • Residência da classe media; residência da classe alta.

Teoria dos centros múltiplos ou cidade multinucleada

Surgida em 1945, foi criado pelos geógrafos Harris e Hullman. Preconizava o principio segundo a qual, as cidades são constituídas por uma estrutura do tipo celular em que a utilização do são se desenvolve a partir de núcleos de crescimento e que a utilização do solo em redor desses núcleos depende de quatro factores:

  • Localização do centro no ponto de acessibilidade máxima;
  • Existência de actividades inconciliáveis;
  • Determinadas actividades agrupam-se, pós tiram dividendo dessa união;
  • Actividades que são incapazes de produzir mais-valias mesmo encontrando-se em áreas desejáveis.

Segundo esta teoria, a estrutura das cidades resulta das forcas económicas e das particularidades das áreas internas. A história da cidade é um factor a considerar, pois é importante no desenvolvimento da malha urbana.