As escalas geográficas são compreendidas como níveis em que o espaço é “subdividido” para melhor ser compreendido e analisado. As diferentes escalas são interligadas, uma vez que todas são maneiras de compreender o espaço geográfico. O termo escala pode ser associado à escala cartográfica, mas deve ultrapassá-la, pois não envolve apenas análise numérica, quantitativa, mas também análise qualitativa dos fenômenos analisados.

Devido a dificuldade de seleção de uma escala prioritária e mais adequada para análise de um fenômeno, Vainer, propôs a adoção de estratégias transescalares para compreensão dos fenômenos e situações do mundo atual, assim como para promover intervenções.

As estratégias transescalares são propostas porque “qualquer projeto de transformação envolve, engaja e exige táticas em cada uma das escalas em que hoje se configuram os processos sociais, econômicos e políticos estratégicos”. A escala em si é menos importante que a capacidade de articulação entre variadas escalas.

 

Referências bibliográficas

VAINER, Carlos Bernardo. As escalas do poder e o poder das escalas: o que pode o poder local? In: Cadernos do IPUR. Rio de Janeiro: IPUR-UFRJ/DPA Editora, 2002.