Clima (conceito)
De acordo com Vocabulário Meteorológico Internacional (VMI) citado por Lapissone, é o conjunto flutuante das condições atmosféricas, caracterizado pelos estados e evoluções e do tempo numa dada área.
Assim, quando falamos do clima de um local estamos a referir-nos a um conjunto de condições meteorológicas típico dessa local e que podem sofrer certas modificações. Por “condições meteorológicas” entende-se o conjunto dos valores de elementos meteorológicos, ou outras variáveis, num dado período e local.
Ambientes Bioclimáticos nas Zonas Frias Os climas frios ocupam cerca de 25% das terras emersas localizando-se, fundamentalmente, nas zonas frias a partir dos 55° de latitude até aos pólos. Podemos distinguir duas variantes de climas frios: clima subpolar e clima polar.
Clima Subpolar
É também conhecido por clima frio continental, contudo, esta designação causa por vezes alguma confusão com o clima temperado continental (pois têm ambos o nome “continental”), pelo que será talvez é preferível, chamá-lo apenas de clima subpolar. Nestes géneros de climas, há que ter em atenção duas situações distintas, ambas relacionadas com factores climáticos, mas a cada uma delas, corresponde um factor climático diferente e mais determinante. Num dos casos de climas frios, para além da continentalidade, temos de ter igualmente em atenção o efeito da latitude (caso dos climas frios).
Distribuição espacial/ principais áreas abrangidas

Segundo Nobre (2001), o clima Subpolar localiza-se no interior dos continentes nas áreas de prolongamento do clima temperado continental Aparece em vastas regiões do Norte da Europa – da Sibéria – do Alasca – do Norte do Canadá.
Temperaturas médias mensais
O clima subpolar caracteriza-se pela existência de Verões pouco quentes e curtos (temperatura média mensal inferior a 10°C-12°C) e Invernos prolongados e muito frios (durante 6 a 8 meses a temperatura apresenta valores negativos).
Clima Polar Surge nas altas latitudes junto às regiões polares Na Europa predomina junto ao oceano Glacial Árctico e na ilha da Islândia O clima polar caracteriza-se por: – temperaturas sempre muito baixas; – as temperaturas do mês mais quente não ultrapassam, em média, os -10˚C – precipitações muito reduzidas na maior parte do ano.
Amplitudes térmicas anuais
Na óptica de Jaime (1939), A amplitude térmica anual ronda os 15°C – 20°C. Os valores de precipitação são baixos e concentram-se na época menos fria. No Inverno, a precipitação ocorre sob a forma de neve, o clima subpolar apresenta amplitudes térmicas anuais muito elevadas (no exemplo, a amplitude térmica ultrapassa os 30º c)
No clima subpolar apresenta poucas precipitações e concentradas, em grande parte no curto período de verão. É bastante irregular e com uma amplitude térmica muito elevada, fruto, sobretudo, das temperaturas muito baixas no Inverno (Abaixo dos -250ºC de média mensal). No Verão a temperatura sobe consideravelmente, mas não se pode dizer que haja meses quentes.
Ocorrências de precipitação
No clima subpolar verificam –se poucas precipitações e concentradas, em grande parte, no curto período de verão.
Formação vegetal
O bioma que melhor representa o clima subpolar é a taiga. A taiga é a designação que assume a floresta de coníferas (este nome advêm do facto dos frutos das suas árvores se agruparem em pinhas de forma cónica e que possuem folhas adaptadas à falta de água, com pequena área e em forma de acídulas – agulhas). A taiga é a mais extensa floresta do mundo, estendendo-se nas regiões setentrionais da América, da Ásia e da Europa. Trata-se duma floresta muito densa, que não possui grande variedade de espécies, sendo as mais vulgares o abeto, o pinheiro, o lariço e a bétula. O reduzido número de espécies e a predominância de árvores de folha persistente (as coníferas, de que o pinheiro é um exemplo, nunca perdem as folhas), fazem da taiga uma floresta monótona e sempre verde, quer no curto Verão, quer no Inverno. Porém, devido ao Inverno ser muito longo e frio, durante a maior parte do ano, a taiga está quase sempre coberta de neve. A tundra é uma vegetação proveniente do material orgânico que aparece no curto período de degelo, onde as plantas desenvolvem durante os três meses do verão. A Vegetação predominante de musgos, líquenes, plantas rasteiras, ciclo vegetativo curto.
De acordo com Flannery (2007), há vida sim nas áreas subpolares. É lá que se encontra uma floresta gigantesca – a Taiga – que cobre uma área de aproximadamente 1/3 de todas as florestas do mundo. Coberta de neve quase o ano todo, é formada por coníferas, árvores que possuem folhas finas e pontiagudas como agulhas, que se mantêm perene, firme e verde de verão a caminhamos na direção dos polos. Alem da Taiga, esse ambiente também é domínio da Tundra que são espécies vegetais típicas do clima subpolar. Situadas ao sul do círculo polar ártico, as zonas subpolares possuem invernos rigorosos com temperaturas médias de -30°C, chegando, no verão, aos 10°C.
Segundo a fonte http:// es.wikipedia.org./wiki/clima.subpolar .
A Tundra, a Taiga siberiana, a escandinava, a canadense ou a do Alasca, o alce, a rena, a lontra, o urso polar ou o lobo são exemplos de vidas vegetal e animal que nos fazem lembrar imediatamente das regiões distantes e frias próximas do polo norte onde o Sol quase não aparece e a noite dura meses. Estamos falando do domínio do clima subpolar.
Ambientes biogeográficos – taiga
Embora existam áreas muito perto de zonas polares, o bioma que mais caracteriza climasubpolar será, possivelmente, a taiga. A taiga não é mais do que uma designação para a floresta de coníferas (por os frutos das suas árvores se agruparem em pinhas de forma cónica). A taiga é a mais extensa floresta do mundo, estendendo-se nas regiões setentrionais da América, da Ásia e da Europa. Trata-se duma floresta muito densa, que não possui grande variedade de espécies,
sendo o mais vulgar o abeto, o pinheiro, o larício e a bétula. O reduzido número de espécies e a predominância de árvores de folha persistente (as coníferas, de que o pinheiro é um exemplo, nunca perdem as folhas), fazem da taiga uma floresta monótona e sempre verde, quer no curto Verão, quer no Inverno. Porém, devido ao Inverno ser muito longo e frio, durante a maior parte do ano, a taiga está quase sempre coberta de neve. As coníferas aguentam muito bem o frio (até certos limites) porque, entre outras razões, as folhas pequenas e em forma de agulhas, possuem uma superfície pequena e portanto, a área exposta ao frio também é pequena, e perdem pouca água por transpiração; a sua resina protege os tecidos do frio e também ajuda a diminuir a transpiração; os ramos são muito flexíveis o que lhes permite resistir aos ventos e quando estão cobertos com muita neve, fazendo-a deslizar até ao chão. Entre as espécies de fauna mais importantes da taiga, contam-se a rena, a lebre, o lobo, a raposa, a marta, o arminho, a lontra, o alce, o lince e o urso.
Fauna (animais existentes)
Relativamente à fauna da taiga, destacam-se a rena, a lebre, o lobo, a raposa, a marta, o arminho, a lontra, o alce, o lince e o urso. Há também muitas aves, principalmente espécies migratórias, que para ali se deslocam no curto Verão. Merece destaque também a vida selvagem que habita esse domínio climático como os alces, lobos e renas, o animal mais adaptado e que permitiu ao longo da história a sobrevivência dos habitantes do lugar. Os lapões da Escandinávia, a região mais fria da Europa, tem a rena como seu único recurso, domesticando-a para servir de alimento, para produzir roupas e servir como transporte.
No entanto, é importante ressaltar o papel desempenhado pelo clima extremamente rigoroso que interfere directamente no modo de vida do homem, na fauna e na flora. O reduzido número de espécies e a predominância de árvores de folha persistente (as coníferas, de que o pinheiro é um exemplo, nunca perdem as folhas) fazem da taiga uma floresta monótona e sempre verde, quer no curto verão, quer no inverno. Porém, devido ao fato de o inverno ser muito longo e frio, durante a maior parte do ano, ela está quase sempre coberta de neve. Os mares quase sempre congelados não podem ser fonte permanente de alimentos e os lapões, povos nativos, se valem das renas, animais que lhes fornecem carne, peles e meio de transporte.
Gráfico termopluviométrico do clima subpolar
Observando o gráfico termopluviométrico, que serve de exemplo, pode-se afirmar que caracteriza – se, no essencial por:
- Invernos muito frios e longos;
- Temperaturas médias mensais negativas, podendo atingir, nos meses mais frios valores inferiores a -20º c (por exemplo existem 7 meses com temperaturas média abaixo de 0º e a temperatura média anual é aproximadamente -5 º c.
Uma excelente maneira de conhecer as características climáticas de uma determinada região é ler os gráficos termopluviométrico ou climogramas. Nesses gráficos podem-se analisar as precipitações e as temperaturas de determinado local, ao longo de um ano. O regime pluviómetro apresenta pouca precipitação, sendo semelhante ao clima temperado continental, isto é, a precipitação aumenta com a temperatura, pelo que o verão mais chuvoso.
Bibliografia
AYOADE, J. O. Introdução a s Climatologia para os trópicos. 3ª ed. São Paulo: Bertrand Brasil, 1991, 332 p.
FLANNERY, Tim. Os senhores do clima: como o homem está alterando as condições climáticas e o que isso significa para o futuro do planeta. Rio de Janeiro: Recorde, 2007.
Fonte : http:// www.prof 2000.pt/users/ elisabethn/ geo7/climas. Htn.
Fonte: http: // es.wikipedia.org./ wiki/ clima. Subopolar.
JAIME, Clodoaldo. dinâmica climática e formações vegetais, 3ª ed. Oxford 1939, 215 p.
LAPISSONE, Alfredo. Climatogeografia: Manual do curso de Licenciatura em ensino de Geografia”. Beira, S/D.
NOBRE, P.; MELO, A. B. C. Variabilidade Climática Intrasazonal Sobre o Nordeste do Brasil em 1998-2000. Revista Climanálise, 2001