Teria da Deriva dos Continentes

A Teoria da Deriva dos Continentes1, elaborada pelo alemão AlfredWegener e apresentada no livro Entstehung der Kontinente2, foi uma revolução paradigmática da Geologia. Nesse livro, Wegener (1966, 5-21) defendeu que as massas continentais estiveram unidas num único supercontinente e que se separaram gradualmente até alcançarem as posições actuais, indo contra as concepções vigentes dos continentes estáticos e das pontes terrestres, que permitiram a migração dos seres vivos.

Como apoio ao corpo teórico da sua teoria, apresentou a compilação de várias provas que mostram a deslocação das grandes massas continentais ao longo do tempo. Para defender as suas ideias, Wegener (1966, 23-145) usou dados geodésicos, geofísicos, geológicos, paleontológicos, paleoclimáticos e, ainda, argumentos morfológicos, que originaram a conhecida imagem da junção dos continentes actuais, os quais parecem se encaixar perfeitamente. Apesar da consistência científica dos seus argumentos, as críticas à DC foram mordazes porque Wegener nunca apresentou um mecanismo convincente para a movimentação das grandes massas continentais.

A sua hipótese de que os continentes se deslocavam sobre a crosta – tal como os icebergues se movimentavam nos oceanos -, em resultado da força centrífuga terrestre e do movimento das marés, nunca chegou a persuadir os seus pares (Wegener, 1966, 167-180). Todavia, embora o motor que formulou para a DC não fosse cientificamente correcto, a mesma tornou-se um facto e, mais tarde, foi aperfeiçoada pela mais abrangente Teoria da Tectónica de Placas. De acordo com a pesquisa efectuada, constatou-se que a investigação sobre a apresentação da DC nos manuais escolares de Ciências Naturais portugueses é incipiente.

De facto, não foram identificados em Portugal muitos estudos que abordassem directamente essa relação, embora alguns investigadores se tenham cruzado com a DC nos seus trabalhos. A investigação mais relevante deve-se a Praia (1995), que se interessou pelo estudo da DC, nomeadamente quanto à sua apropriação didáctica e epistemológica na formação de professores.

Destaca-se, ainda, a tese de doutoramento de José Silva (2007), na qual abordou a natureza da ciência em manuais escolares de Ciências Naturais e deBiologia e Geologia, tendo determinado que entre os principais conteúdos em que se focalizam as propostas de exploração da natureza da Ciência, se encontram a DC e a Tectónica de placas.

Tectónica

E o estudo dos  movimentos m  grande escala e da daformação das camadas mais externas  da terra.(TORO,M.A.istitutus de geociências)

Tectônica de placas

A teoria da tectônica de placas foi o resultado da junção de outras teorias, como a de expansão do assoalho oceânico, proposto por H. Hess em 1962, e a teoria de deriva dos continentes, proposta por Wegener em 1912.

Movimento das placas

 O movimento das placas promovido pela astenosfera faz com que elas se separem, choquem-se, ou deslizem uma ao lado da outra. Esses movimentos são classificados em movimentos convergentes, divergentes e conservativos .

. Divergentes: movimentos marcados pelo distanciamento entre placas oceânicas a partir das dorsais mesoceânicas, com a formação de nova crosta oceânica. Placa oceânica – oceânica. Ex.: Oceano Atlântico.

. Convergentes: as placas litosféricastectônicas colidem uma com a outra. Após a colisão, a porção da placa oceânica mais densa mergulha sob a outra, continental (menos densa), ou oceânica. Em comitância, podem-se ter eventos de magmatismo associados com sismos. Arcos de ilhas (Japão), fossas submarinas e cadeias de montanhas (Cordilheira Andina) são tipos de relevos derivados. Tipo placa oceânica – continental; Tipo placa oceânica – placa oceânica.

.Conservativos: Tipo placa continental – placa continental. As placas tectônicas deslizam por tensão lateralmente uma em relação à outra, sem destruição ou geração de crosta oceânica ou continental. O deslocamento se dá ao longo das falhas transformantes. Ex.: Falha de Santo André na Califórnia.

Vulcanismo

O vulcanismo é todo tipo de processo associado com a efusão do magma sobre ou dentro da crosta terrestre, rompendo-a ou não. Esse magma pode chegar à superfície de maneira explosiva ou passiva.

Se o fizer de maneira explosiva, existe a ocorrência de piroclastos. Se o fizer de maneira passiva, o magma derrama-se sobre a superfície, ocasionando vales e planícies (POPP, 1998). Os vulcões ocorrem nas zonas de limites de placas ou nos pontos-quentes. A estrutura de um vulcão pode ser visualizada na figura 5 e compreende cratera, chaminé, cone-parasita e bolsão.

 

Referências bibliográficas.

CAVADFAS(2010) ;. (TORO,M.A.istitutus de geociências); REED( 2011) e POPP(1998).