1.Oesophagostomum dentatum e quadrispinulatum

1.1.Família: Chabertiidae

Os parasitos desta família têm a boca com ou sem coroas radiadas e dentes; cavidade bucal desenvolvida ou não, com cápsula espessa ou delgada, com dentes e expansões cuticulares presentes ou ausentes. O macho possui bolsa copuladora com raio dorsal, usualmente, com dois ramos que são Subdivididos; espículos iguais ou subiguais; gubernáculo presente. A fêmea tem vulva próxima ao ânus (Goodey, 1925).

  • SubfamíliaOesophagostominae

A coroa radiada encontra-se presente; a cavidade bucal é pequena com cápsula delgada; expansões cuticulares usualmente estão presentes.

  1. GêneroOesophagostomum
  2. EspécieOesophagostomum dentatum

A coroa radiada externa e as papilas cefálicas projetam-se claramente para frente, possui vesícula cefálica rudimentar; vesícula e asas cervicais pequenas. As papilas cervicais estão na direção da extremidade posterior do esôfago. A expansão cuticular ao longo do corpo é pouco desenvolvida.

 A fêmea tem cauda cônica e vulva próxima ao ânus; O macho possui espículos delgados e subiguais e gubernáculo presente.

A fase histotrófica desenvolve-se na parede do intestino delgado e grosso; quando adultos, na luz do intestino grosso de suínos

  1. Oesophagostomum

São nematodeos do ciclo direto, não apresentando migração da larva por órgãos internos. Os ovos são liberados nas fezes do hospedeiro. No ambiente, a larva infectante se desenvolve sobre condições opimas em 6 a 7 dias apos ser ingerida pelo hospedeiro, a larva perde sua cutícula e penetra na parede intestinal, formando nódulos onde ocorre a muda para L4.

Normalmente retornam à luz intestinal em 5 a 7 dias, chegando cólon onde se desenvolvem a adultos apos a quarta ecdise. Os adultos oesophagostonum, medem cerca de 10 a 15 mm, sendo visíveis a olho nu

 Várias espécies do gênero Oesophagostomum em suínos têm sendo o primeiro mais patogênico

Oesophagostomum dentatumo brevicaudum, o georgianum, o granaterisis, o Maplestonei, o rousseloti, o Hsiungi, o quadrispinulatum e o longicaudum.

 As duas últimas espécies são consideradas sinônimas. O dentatum é um parasita de ampla distribuição geográfica, sendo encontrado em todas as partes do mundo.

quadrispinulatum pode completar seu ciclo parasítico em menor tempo que o dentatum, sendo o primeiro mais patogênico. Estes aspetos ressaltam a importância da identificação dos helmintos, pelas características próprias das espécies.

 Além disso, o conhecimento da distribuição geográfica dos helmintos fornece subsídios para estudos epidemiológicos, essenciais ao estabelecimento de planos para controle das heimintoses.

 Formiga (1979), realizando trabalho sobre variação do número de ovos de nematódeos gastrintestinais em um grupo de reprodutoras suínas observou que as infeções por Oesophagostomum foram as mais comumente encontradas nas amostras fecais. Consequentemente à necessidade de conhecer as espécies destes helmintos e da ausência de informações referentes aos nematódeos de suínos.

2.1.      Material e Métodos

Utilizam-se 22 fêmeas reprodutoras e dois leitões desmamados, pertencentes a um rebanho de suíno da raça Landrace

As fêmeas comprovadamente infectadas por Oesophagostomum são usadas como fonte de obtenção das larvas de terceiro estádio através da coprocultura, utilizando-se uma mistura de fezes das 22 reprodutoras. Cada leitão desmamado foi infectado com 3.000 larvas de Oesophagostomum. As larvas, dispersas em 50 ml de solução fisiológica, são administradas oralmente por meio de seringa de plástico. São coletadas amostras fecais diariamente, após 20 dias de Infeção, para exames parasitológicos por meio das técnicas de Willis (1921) e Mc Master, abatendo-se os animais no terceiro mês da infeção.

 O intestino grosso e o estômago são inteiramente abertos, e o conteúdo totalmente colhido; lavando-se a mucosa com água. Lava-se o material do intestino grosso sobre um tarins com malhas de 500 micra de abertura e o conteúdo do estômago sobre um de 250 micra. Para o estudo dos parasitas do intestino grosso, utiliza- se todo o material, enquanto para o dos parasitas do estômago, apenas uma alíquota de 10%

Os helmintos recuperados são fixados em formalina fria a 10%. Após a separação de machos e fêmeas, os nematódeos são contados e submetidos à clarificação pelo lactofenol.

  • Infeção experimental e nematódeos recuperados

Após 56 dias de infeção, as amostras fecais dos leitões mostram -se positivas, identificando-se ovos tipo Strongyloidea.

. Os resultados positivos não ultrapassaram 100 ovos por grama de fezes, pela técnica de McMaster, e atingem no máximo dois ovos por lâmina através da técnica de Willis. Durante o período de infeção, os animais não apresentam sintomas clínicos de enfermidades.

Por ocasião da necropsia, aos 90 dias de infeção recuperam-se do intestino grosso de cada animal, respectivamente, 490 e 162 exemplares de Oesophagostomum adultos.

 Deste total de 652 exemplares, 284 (43,6%) são machos e 368 56,4%) são fêmeas. Da alíquota de 10% do material colhido do estômago recupera-se apenas uma fêmea de H. rubidus.

 

REFERENCIASALICATA

AMARAL, V. & DEVELEY, A.J.L. Oesophagostomumlongicaudum Goodey, 1925 (NematodaCyathostomldae) em suínos no Estado de São Paulo, Brasil. Arq. Inst. Biol. São Paulo, pg 83-5, 1968.

BAARS, J.C.; DORRESTIJN, J.; JAARSVELD, W.A, van, JANSEN JUNIOR, J. & MOIWEN, J.M.V.M. Oesophagostomum quadrispinula rum In Netherlands,pg 289-90, 1967