2.Sistema de educação em Moçambique

O sistema educacional Moçambicano esta directo ou indirectamente ligada a educação na época colonial, na nossa história educacional mostra nos que o regime colonial faz ou fez grande influência na educação moçambicana, visto que os detalhes que hoje se apresentam mexe com a questão da língua, do ensino e também com a questão da inclusão da rapariga não só no sistema nacional do ensino mas também na vida profissional (MARTINHO, 2021).

A educação moçambicana sempre foi marcada pela exclusão, racial e género, pois isso e importante que conheçamos um pouco a história da educação do pais. A presença dos portugueses no território foi muito débil ate o séc. XIX, não se verificando qualquer precaução do estado português com a implementação de um sistema de ensino, a colonização efectiva de Moçambique e marcada por uma política profunda economista de realização de capital baseada na exploração de mão-de-obra indígena (SIVA, 2007).

Em 1926 o estatuto das Missões católicas exige as Missões locais e Missões civilizadoras e revigora a intervenções das Missões católicas. Alguns anos mais tarde 1930 o governo colonial implementa uma profunda modificação do sistema educacional com vista a obtenção de um controle mais directo sobre a educação da população negra com objetivo da criar um sistema capaz de habilitar o indígena pra seu papel especifico de trabalhar barato na economia colonial moçambicana.

2.0. As ações do governo moçambicano param a promoção do acesso da rapariga a educação

Emancipação em filosofia é a luta das minorias pelos seus direitos de igualdades ou pelos seus direitos políticos enquanto cidadãos pode ser: emancipação de menores, emancipação da mulher, emancipação politica.

Emancipação feminina é o movimento em que há uma luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres e pela libertação dos preconceitos e da opressão ainda existentes na sociedade, assim a emancipação feminina e uma ferramenta de combate a desigualdade de género e luta do movimento feminista por igualdade de tratamento e pelo reconhecimento de todos direitos das mulheres (MAVULULA, 2001). Importância da emancipação feminina e de permitir que as mulheres ocupem seu próprio lugar na política, as mulheres não querem ser lembradas e representadas pelos seus maridos, mas falar por si mesmas, não só procurarmos proteger a mulher mas antes pó˗ la em uma posição de se proteger ela mesma.

Pra garantir a emancipação da mulher e promover a igualdade e equidade de oportunidade no acesso da rapariga a educação foram tomatadas asa seguintes medidas;

  • Criação de um ambiente escolar sensível ao governo através de identificação e definição de modalidade de organização de processo educativo e de mudanças no programa de formação de professores
  • Desenvolvimento da carta escolar distrital para estimações das necessidades da educação a nível local e determinação óptima da localização dos estabelecimentos de ensino
  • Concessão de apoio financeiro para comprar do material escolar

2.1.Educação da rapariga como ferramenta de combate a exclusão

A educação é o elemento que faz com que as sociedades sejam diferentes. Por exemplo, a forma como os Governos dirigem seus pais e forma como estes gerem os recursos existentes em seus países depende, em grande parte do grau de instrução que estes receberam que seja pelos conhecimentos culturais, como também do conhecimento que estes carregam sobre a governação. Tudo vai dependendo do grau de instrução, ou seja da educação que estes adquiram durante a vida.

 A educação pode tornar as sociedades num órgão que respeita os valores humanos e outras num pacote fortemente preconceituosa. Sendo assim, encontramos algumas sociedades a equidades e outras uma total divisão de papéis sociais, uma sociedade em que uns tem directos e outros vivendo só para cumprir deveres e o elemento para mudar essa sociedade e a educação.

De acordo com o PROGRAMA DO GOVERNO para 1996/1999 (Extracto relativo ao sector da Educação), a educação constitui um direito fundamental de cada cidadão e é o instrumento central para melhoria das condições de vida, a elevação do nível técnico e cientifico dos trabalhadores. Ela é o meio básico para a compreensão e intervenção nas tarefas do desenvolvimento social, na luta pela paz e reconciliação nacional. Por mais que a visão exista, o Governo deve fazer esforços para que os objectivos das políticas de educação seja efectivadas e colocadas no auge das necessidades do povo e em particular do Governo porque o mundo esta cada vez mais dependente dos meios de tecnológicos. A ser assim, importante que os Governos compreendem a necessidade de preparar seus cidadãos para o manuseamento destes meios.

Segundo Silva (2007), um dos principais problemas que caracterizam a desigualdade entre homens e mulheres prende-se com o acesso a educação. Não apenas o acesso a escola, mas o acesso efectivo a escolarização completa. Nos meios rurais, a educação formal é muitas vezes alheia ao processo de construção da identidade dos indivíduos e considerada desnecessária para o desempenho do seu papel social, sobretudo no caso dos indivíduos do sexo feminino. O papel social da escola é diferentes grupos da população, sobretudo se atendermos a distinção entre o meio rural e urbano, o que obriga a uma negociação cultural para promover.

 Antigamente, a cultura tradicional assentava em estereótipos igualmente fortes e de dominação masculina (a edução tradicional também separava rapaz e raparigas, e o principal papel social da mulher era o de mãe e o casamento é uma instituição social incontornável), mas a introdução de modelo da educação colonial veio inferiorizar as populações locais, a cultura e organização social, criando um fosso civilizacional que, ao encerar a cultura local como inferior, acentuava ainda mais as desigualdades de género. Ou seja, as mulheres eram inferiores por serem indígenas, tal como os homens, face a população branca, mas elas eram duplamente inferiores por serem mulheres mesmo faces brancas, que por serem brancas correspondiam aos modelos de mulher promovidos e socialmente aceitem, pelo estado e pela Igreja.

Graças a independência nacional e as novas políticas educacionais, o pais começou a desenhar novos caminhos para a formação do homem novo e gradualmente a mulher começou a ganhar espaço na sociedade provocando a sua emancipação. A educação fez com que as mulheres deixassem de ser oprimidas e aos poucos foram ganhando seu espaço político no mundo da política, na economia e principalmente na governação do país.

3. Conclusão

Chegado ao fim da pesquisa constatou se que, um dos principais problemas que caracterizam a desigualdade entre homens e mulheres prende-se com o acesso a educação. Não apenas o acesso a escola, mas o acesso efectivo a escolarização completa.

Já nos meios rurais, a educação formal é muitas vezes alheia ao processo de construção da identidade dos indivíduos e considerada desnecessária para o desempenho do seu papel social, sobretudo no caso dos indivíduos do sexo feminino.

 

 Referências bibliográficas

MARTINHO, Rafael., 2021. Educação inclusiva

 MAVULULA, Elisa langa., 2001. Educação da rapariga, desafio de estado moçambicano. Maputo; universidade pedagógica

SILVA, Gabriela., 2007. Educação e género em Moçambique. Porto