O nascimento do pensamento resulta da actividade produtiva dos homens. A passagem do emprego instintivo da moca ou da pedra para o fabrico de instrumentos por mais grosseiros que sejam, engendra a actividade racional do homem, a consciência. Os conhecimentos de produção constituem a primeira experiência do homem e fixam-se no seu espírito.

Sendo colectivo o trabalho, foi a colectividade, guardiã dos conhecimentos de produção, que emprestou ao pensamento primitivo O seu traço típico: nos primeiros tempos o homem nao se dissociava da colectividade.

 A linguagem é tão antiga como o pensamento «… a linguagem é a consciência prática, igualmente existente para outros homens, portanto existente para mim mesmo, real, e não nasce, como a consciência, a não ser da necessidade, da necessidade do comércio com outros homens» (‘), escreviam Marx e Engels. As primeiras noções gerais não se teriam revelado à colectividade se não tivessem sido fixadas por sons. Os contactos entre os homens e o trabalho colectivo teriam sido impossíveis sem a linguagem.

 Não temos qualquer ideia concreta da estrutura das linguagens primitivas. O investigador soviético V. Bunak supõe que elas nasceram de sinais sonoros dos símios antropóides, à medida que se reuniu a experiência de produção, que a laringe se desenvolveu graças à posição vertical e a dimsnuiçao do volume da maxila inferior.

Essas linguagens compunhamse de um número de palavras bastante restrito ou, mais exactamente, de proposições monossilábicas, isoladas e polissemânticas A linguagem do homem primitivo era acompanhada de gestos, que não desempenhavam, todavia, senão um papel auxiliar