Fichte nascido em Rommenau em 1762. Depois de ter frequentado o ginásio em 1780 se inscreveu na faculdade em genna da qual passou depois para Leipzing. De 1788-1790 foi preceptor em Zurique.

Fichte foi o primeiro autor a notar graves contradições do criticismo kantiano e a resolve-las no sentido do idealismo, do qual é considerado pai do idealismo.

Fichte

A principal preocupação de Fichte foi de contribuir para a difusão do criticismo Kantiano, depois de descobrir o principio de base não revelado por Kant que unifica as três criticas a fim de construir um sistema de saber, transformando a filosofia em rigorosa doutrina da ciência.

O pensamento de Fichte chegou a transformar o eu penso kantiano em puro, entendida como intuição pura que livremente se auto-poe se (se autocria) e se auto-pondo, cria toda a realidade. Esta é a grande novidade de Fichte, com os quais ele ia muito alem do cristianismo e fundava idealismo.

A filosofia fichtiana carrega consigo um carácter ético, pois, para ele a essência de eu não consiste no conhecer, mas no querer; o eu absoluto não consiste apenas em pensar, pois o pensar vem depois, mas sim consiste em fazer, ou seja, na actividade. Dai que, a essência do eu absoluto é a acção.

O que Fichte pretendia era de construir esse sistema, transformando a filosofia em ciência rigorosa, que brotasse de um princípio primeiro supremo trata se da doutrina da ciência, o eu de Fichte é o princípio originário absoluto de toda a realidade e se qualifica essencialmente como actividade que antes de tudo põe a si mesmo e põe todas as coisas, desse de modo o Eu é conclusão incondicionada a si mesma e de toda realidade.

Fichte fundamenta a sua teoria por três princípios: identidade, oposição e razão.

  • No princípio da identidade: tudo o que é, soe e na medida em que está dentro do eu, isto quer dizer, tudo só existe na medida em que foi pensado.
  • O eu põe absolutamente a si a si mesmo, o eu enquanto livre actividade originária e infinita, é auto-criacao absoluta por meio da própria imaginação produtiva. Esse é o momento da liberdade e da tese.
  • No princípio de Oposicao: não-eu é sempre eu, pio o oposto só pode se dar pela acção absoluta do eu, ou por outra só more quem esteve vivo e a morte é a vida.
  • O eu opõe absolutamente a si mesmo, dentro de si, um não-eu. Esse é o momento de necessidade e da antítese.
  • O princípio da Razão; visa unificar os opostos, tamos a falar do eu e não-eu, é através de uma análise reflexiva, ate restar o eu como fundamento de todo o saber.

O eu absoluto, o eu limitado e o não eu limitado se opõe e se limitam reciprocamente. Este é o momento da síntese.

Critica que Fichte faz ao seu mestre kant

Critica Kant quando afirma que, “o conhecer é transformar” chega a tal afirmação porque é possível, então ultrapassar os limites da subjectividade, jamais o individuo transcender-se a si próprio, tornando-se o mundo a criação do sujeito.

Para Fichte conhecer é necessário converter a “coisa em si” ou ideia em si  “coisa para nos” que é o objecto. A afirmação do eu (tese) implica a negação (anti-tese) e em segundo, a negação da negação (síntese). Mas o momento decisivo da dialéctica em questão, não é a síntese, mas sim a antítese (contradicoes0), uma vez que a auo-afirmacao do eu (tese) na síntese, somente ocorre pela contradição (anti-tese).

A doutrina da ciência 

Para Aristóteles o principio de todo saber cientifico era o principio de não contradição; a filosofia moderna wolfiana e para o próprio Kant era princípio de identidade A=A considerado ainda mais originário, para Fichte ao contrario o principio se auto-põe EU=EU e esse modo põe a identidade A=A.

O primeiro princípio de idealismo de Fichte, na sua incondicionada e portanto o eu põe absolutamente a si mesmo. O eu, enquanto livre actividade originária e infinita, é auto-criação absolutamente por meio de sua própria imaginação produtiva. Este é o momento da liberdade e da tese.

O autopor se do eu comporta necessariamente a posição inconsciente de alguma outra coisa diversa do eu e portanto o eu opõe se absolutamente a si mesmo, dentro de si , um não eu este é o momento da necessidade e da antítese .

A produção determinada do não eu surge como limite, como determinação do eu, motivo pelo qual o não eu determinado comporta necessariamente um eu determinado, ele próprio os postos ao eu absoluto.

O terceiro principio é portanto o eu absoluto o eu limitado e não eu limitado se opõem e se limitam reciprocamente, e este é o momento de síntese.

Este explica nos tanto sobre a actividade cognoscitiva, que se funda sobre o aspecto pelo qual o eu é determinado pelo não eu, uma vez que o não eu constitui a matéria do conhecer e pratica, que se funda ao contrario da consciência, como actividade eu determina o não eu, uma vez que o eu, para realizar se como liberdade devem sempre superar os limites que o não eu pouco a pouco lhe opõe, isso atesta a superioridade da razão pratica sobre a razão pura.

Em linhas gerais, o idealismo de Fichte podemos sustentar que:

O fundamento do sistema do saber, em grau de transformar a filosofia em doutrina da ciência é o eu – puro que por meio da imaginação produtiva livremente se auto-põe e, autopondo-se daí que cria toda a realidade.

”Em seguida, os três princípios fundamentais da doutrina da ciência que são: eu opõe absolutamente a si mesmo que é tese;

O eu opõe absolutamente a si dentro de si, um não eu que é anti-tese.

No eu absoluto, o eu limitado e o não eu limitado limitam si reciprocamente que é a síntese; esta síntese que resulta da actividade cognoscitiva: do eu que é determinado pelo não eu e da actividade pratica do eu que determina o não eu por meio da liberdade que é poder absoluto de determinar a acção real, que constitui nosso ser no mundo sensível e por poder absoluto de determinar a lei moral, que constitui o nosso ser no mundo supra-sensível.