Chamada de estudo naturalista ou etnográfico em que o pesquisador frequenta os locais onde os fenômenos ocorrem naturalmente.

Técnica de coleta de dados, que não consiste em apenas ver ou ouvir, mas em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar, elemento básico de investigação científica, utilizado na pesquisa de campo como abordagem qualitativa, podendo ser utilizada na pesquisa conjugada a outras técnicas ou de forma exclusiva.

Auxilia o pesquisador na identificação e a obtenção de provas a respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento, sujeita o pesquisador a um contato mais direto com a realidade.

O grau de participação do observador é muito relevante, bem como a duração das observações, sendo imprescindível planejar o que e como observar.

Enquanto procedimento científico e para que a pesquisa seja confiável deve servir a um objetivo formulado de pesquisa, sendo sistematicamente planejada e submetida a verificação e controle de validade e precisão.

Vantagens

  • Possibilita elementos para delimitação de problemas;
  • Favorece a construção de hipóteses;
  • Aproxima-se das perspectivas dos sujeitos;
  • Útil para descobrir aspectos novos de um problema;
  • Obtenção de dados sem interferir no grupo estudado.
  • Permite a coleta de dados em situações de comunicação impossíveis;
  • Apresenta meio direto e satisfatório para estudar uma ampla variedade de fenômenos;
  • Exige menos do observador do que outras técnicas;
  • Depende menos da introspecção ou da reflexão;
  • Permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou de questionários.

Desvantagens

  • Presença do pesquisador pode provocar alterações no comportamento dos observados, destruindo a espontaneidade dos mesmos e produzindo resultados pouco confiáveis, por poder provocar alterações no comportamento do grupo observado;
  • O observado tende a criar impressões favoráveis ou desfavoráveis no pesquisador, favorecendo a interpretação pessoal – juízo de valor;
  • Uma visão distorcida pode ser gerada pelo envolvimento levando a uma representação parcial da realidade;
  • Fatores imprevistos podem interferir na tarefa do pesquisador;
  • A duração dos acontecimentos é variável dificultando a coleta de dados;
  • Vários aspectos da vida cotidiana, particular podem não ser acessíveis ao pesquisador.

Se não forem bem organizados os registros podem depender apenas da memória do observador para serem resgatados, vindo a gerar grande interpretação subjetiva ou parcial do fenômeno estudado.

 As observações possuem várias modalidades de acordo com as circunstâncias:

Segundo os meios utilizados

Observação não estruturada (Assistemática, espontânea, informal, ordinária, simples, livre, ocasional, acidental): consiste em recolher e registrar fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais;

Observação estruturada (Sistemática, planejada, controlada): utiliza instrumentos para a coleta de dados ou fenômenos observados. O observador sabe o que procura e o que carece de importância.

 

Referências

FIORENTINI e L. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2006.