Conceito dos Manuais
Gerald e Roergiers (1998) definem o manual como sendo “um instrumento impresso, intencionalmente estruturado para se inscrever no processo de aprendizagem, com o fim de lhe melhorar a eficácia”, enquanto Puget (1963:218) considera manual “ um livro que expõe as noções essenciais de uma dada disciplina, num dado nível. Ele corresponde a um curso e se dirige a uma classe”.
Para a Grande Enciclopédia portuguesa e brasileira XVI, o manual é um “livro pequeno e portátil que contém resumo de uma ou mais matérias”. Finalmente, Tembe (2005) considera o manual como sendo “uma fonte de informação científica pedagogicamente elaborada em harmonia com o programa de ensino, para facilitar a realização das actividades de ensino aprendizagem em qualquer disciplina curricular, visando a concretização das funções política, social e pedagógica (4-5)”.
Funções dos Manuais
Gerald e Roergiers (1998) referem que este desempenha a função pedagógica e social. No que se refere á função pedagógica, defendem que esta varia segundo o utilizador que pode ser o professor ou o aluno.
Para o professor as funções são de formação: informação científica e geral, formação pedagógica e ajuda nas aprendizagens e gestão das aulas; e, para o aluno, um manual pode preencher funções ligadas á aprendizagem: transmissão de conhecimentos, desenvolvimento de capacidades e de competências, consolidação e avaliação das aquisições.
No que se refere á função social, os autores citados defendem que o manual é um veículo de valores culturais e morais através dos quais a sociedade procura representar-se.
Já para Choppin (1992), os manuais desempenham quatro funções a saber: produto de consumo, suporte de conhecimentos escolares, vector ideológico e instrumento pedagógico.