Emprego

É a função e a condição das pessoas que trabalham, em carácter temporário ou permanente, em qualquer tipo de actividade económica, remuneradas ou não. O emprego é uma consequência específica do capitalismo. Ele é o elo de ligação formal entre o trabalhador e o modo de produção capitalista e não com uma organização específica, porque o trabalhador é livre para escolher a organização por intermédio da qual sua ligação se efectivará.

Desemprego

O desemprego ocorre quando um trabalhador é demitido ou entra no mercado de trabalho (está demitido ou entra no mercado de emprego) e não consegue uma vaga de trabalho. É uma situação difícil para o trabalhador, pois gera problemas financeiros e, em muitos casos, problemas psicológicos (depressão, ansiedade, etc.) no trabalhador e em sua família.

O desemprego é caracterizado como sendo a não possibilidade do trabalho ‘ assalariado nas organizações de um modo geral, assim desemprego significa’ “a condição da pessoa sem algum meio aceitável de ganhar a vida 1 os ] desempregados S5o pessoas capazes de trabalhar para satisfazer suas necessidades, mas ociosas, independentemente de sua boa vontade para I trabalhar ou que elas possam fazer para atender as necessidades próprias e da sociedade.

Causas do desemprego

As causas do desemprego são muitas e, muitas vezes, o que é causa para uma determinada linha de pensamento, pode ser solução para outra. Dentre as causas mais citadas, pode-se enunciar:

  • Desenvolvimento tecnológico;
  • A globalização;
  • A terciarização;
  • A desindustrialização;
  • O excesso de concentração da renda;
  • Os modernos métodos de gestão.

Consequências do desemprego

As consequências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa do desempregado e de sua família quanto do ponto de vista social e político. O desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área.

Também há comprovação de que a violência e o crime, de um modo geral, estão directamente relacionados com o desemprego. Este pode ainda provocar radicalização política, tanto à direita quanto à esquerda, bem como ampla desorganização familiar e social. Estudos já descobriram relação entre aumento de desemprego e aumento de divórcios, apenas a título de exemplo.

Tipos de Desemprego

a) Desemprego conjuntural:ocorre devido a condições recessivas na economia. Quando a actividade económica cai a demanda por trabalho por parte das empresas diminui. Normalmente, quando este tipo de desemprego ocorre, o nível salarial tende a diminuir;

b) Desemprego Fraccional:decorre do tempo necessário para que o mercado de trabalho se ajuste .Quando um empregado perde o trabalho, existe um tempo para ele encontrar o novo emprego com a qualificações e condições desejadas não completamente perfeita;

c) Desemprego Estrutural:este tipo de desemprego acontece em razão de mudanças estruturais em alguns sectores da economia que eliminam empregos, sem que haja a criação de novos empregos em outros sectores. Este tipo de desemprego ocorre quando a produtividade do trabalho ganha maior eficiência, ou seja, quando se produz mais, porém com mesma quantidade de horas. O ganho de produtividade pode decorrer, por exemplo, devido a introdução de novas tecnologias ou de sistema e processo que permitam a redução de custos.

Soluções para o desemprego

 Como não há consenso mínimo quanto às causas do desemprego, não há também nenhuma convergência em relação às soluções. Mais uma vez, o que é solução para uns, pode ser causa de desemprego para outros. Dentre as medidas de combate ao desemprego mais citadas pode-se enumerar:

  • Facilitação do consumo e do crédito;
  • Incentivo ao investimento privado;
  • Implementação de políticas fiscais e monetárias adequadas;
  • Aumento das despesas públicas (com ampla utilização do Estado como empregador e como desenvolvimento de políticas sociais do tipo auxílio desemprego);
  •  Flexibilização do mercado de trabalho;
  • Redução da jornada de trabalho;
  • Trabalho de tempo parcial;
  • Licenças remuneradas;
  • Restrição às horas extras;
  • Trabalho compartilhado, treinamento e requalificação de recursos humanos

Bibliografia

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HERMINE, Ivan Barbosa. Iniciação ao Estado do Capital. São Paulo: 2013;

MARX, Karl. Uma Contribuição Para a Crítica Da Economia Política. 1859;

SIMÃO, Ana Carolina Arana. Elementos de Economia Política: O Trabalho como Factor de Produção e de Crescimento Económico. 11ª Ed., Brasil, 1983.