Aspecto sintomatológico
Resultados baseados em evidências científicas, revelam-nos que em África, cerca de 80 a 90 por centos de casos confirmados do novo coronavírus são assintomáticos, o que significa que são pessoas que não tem nenhum sintoma do vírus, a saber, gripe, dores de cabeça, dores musculares e dificuldades em respirar. São pessoas que tem o vírus mas não estão doentes.
Baseando-se no argumento acima, elaborado pela comunidade científica, podemos chegar a conclusão de que dos não suspeitos, devido a carga viral e a velocidade de transmissão do vírus de uma pessoa para a outra, há muitas pessoas que contraíram o vírus e, porque nunca foram suspeitos, não fizeram algum teste até que garantiram a sua recuperação natural, graças a força do sistema imunológico.
Contra- evidências
Algumas pessoas não crêem na existência do novo coronavírus alegando que se existisse, muitas pessoas estariam mortas na África porque não há sistema de segurança nos transportes públicos, mercados e outros locais que por sua natureza exigem aglomerados populacional. Estas pessoas esquecem que as evidências científicas mostram que 80 a 90 por cento de infectados são assintomáticos.
Outros dizem que o novo coronavírus se existisse teria morto muitas pessoas em África porque não tem um sistema de saúde robusto. E as evidências científicas revelam-nos que há poucos óbitos na África quando comparado com os outros continentes. O nosso apelo a estas pessoas, é que o novo coronavírus não tem cura até ao presente momento, de tal forma que qualquer pessoa e com qualquer condição política ou económica, é potencial candidato a infecção do novo coronavírus.
Nível de preparação hospitalar
Em todo o mundo, não existe algum hospital que se recebe tratamento da doença. Por isso que em nenhuma parte do mundo onde os infectados são enviados quando estão gravemente doentes, como ocorre com outras doenças. Ninguém está preparado. Os técnicos de saúde só dão um conjunto de instruções para que o indivíduo infectado recupere. Por isso que não há um e único modelo de tratamento do novo coronavírus. O ministro da Saúde de Moçambique, recentemente infectado pelo novo coronavírus, perguntado pelo jornalista da TV sobre o tipo de medicamento que vai tomar, ele disse que não vai tomar nenhum medicamento, mas que quando começar a ter sinais gripais pai tomar limão, como a tradição local manda.
O preço da ignorância nas evidências científicas
Infelizmente, alguns africanos não acreditam na existência do novo coronavírus porque, alegadamente, não consegue vê-lo. Baseiam-se no seguinte pressuposto cartesiano “nunca aceitar como verdadeiro tudo aquilo que não for evidente”. Se esta fosse a defesa global, em algum momento teria legitimidade. Mas constata-se que são pessoas que nunca se familiarizaram com meios tecnológicos capazes de tornar evidente o que naturalmente não é evidente. Acreditam no átomo, no oxigénio, no dióxido de carbono e dos anjos, mesmo sem evidências, porque as evidências das substâncias químicas não são demostrados por via das hipóteses especulativas como ocorre com a pandemia do novo coronavírus.
Acreditam que o novo coronavírus é apenas uma gripezinha como afirmou Jair Bolsonaro, presidente brasileiro cujo país ocupa agora a segunda posição em infecções e óbitos. Não usam máscaras e ajuntam aglomerados populacionais, como ocorre com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América que também já baixou no hospital militar e perdeu alguns dias de campanha eleitoral rumo a casa branca pelo segundo mandato e que o seu país ocupa a primeira posição em óbitos e infecções.
Devemos saber que muitas doenças combatemos por causa da imunidade. Muitas das vezes a imunidade fica mais forte quando é testada por doenças. A África é um dos continentes com maior prevalência de epidemias, doenças de diversas ordens, pandemias como HIV, Ébola e outras enfermidades como gripes e malária. Na europa os números são depreciativos. Talvez na África não há maior registo de mortes pela pandemia porque o organismo dos residentes deste espaço geográfico, habituou lidar-se com desafios enormes e tornou-se mais resiliente a ameaças externas. “Obamamente” falando, we have to work hand-by-hand with the scientist. That science and reason are better.