Origem do universo

Universo

De acordo com ANTUNES (2010), chamamos de universo o espaço com toda a matéria e toda a energia existentes nele. Já cosmologia é o termo que designa os estudos a respeito da origem, estrutura, evolução e das partes que compõem esse universo.

Na visão de AMABIS (2006), o Universo é tudo o que existe fisicamente, a soma do espaço e do tempo e as mais variadas formas de matéria, como planetas, estrelas, galáxias e os componentes do espaço intergaláctico. O termo Universo pode ser usado em sentidos contextuais ligeiramente diferentes, denotando conceitos como o cosmo, o mundo ou a natureza. O universo observável tem de raio cerca de 46 bilhões de anos-luz. A observação científica do Universo levou a inferências de suas fases anteriores. Estas observações sugerem que o Universo é governado pelas mesmas leis físicas e constantes durante a maior parte de sua extensão e história. A teoria do Big Bang é o modelo cosmológico prevalente que descreve como o Universo evoluiu desde os primeiros 10-44 segundos (Tempo de Planck) até hoje. Observações de supernovas têm mostrado que o Universo está se expandindo a uma velocidade acelerada.

Muitos estudiosos dedicaram suas vidas para responder a essas e outras questões e hoje há vários conhecimentos acumulados sobre o assunto. Antes de ir a eles, vale lembrar que é perfeitamente possível que, no futuro, outros cientistas descubram aspectos sobre o surgimento do universo diferentes dos que nós conhecemos agora e essa é a grande mágica desse conteúdo!

Segundo DAMINELI (2003), a origem das coisas sempre foi uma preocupação central da humanidade; a origem das pedras, dos animais, das plantas, dos planetas, das estrelas e de nós mesmos. Mas a origem mais fundamental de todas parece ser a origem do universo como um todo, tudo o que existe. Sem esse, nenhum dos seres e objectos citados nem nós mesmos poderíamos existir.

CARVALHO (2009), diz que de acordo com alguns cientistas, o universo deveria ter sido uma enorme massa incandescente que ao longo do tempo se resfriou, desprendendo gases e vapores. Uma parte desses vapores, que deveria ser o vapor de água, à medida que se afastava da massa incandescente, resfriava-se e se transformava em água líquida, caindo em forma de chuva. Assim, repetindo-se por muitas vezes, a superfície da Terra foi se esfriando lentamente e grandes quantidades de água foram nela se acumulando.

Composição química da terra

De acordo com CARVALHO (2009), a Terra é um planeta pequeno e sólido que gira em torno do Sol, junto aos demais astros do Sistema Solar. Uma grande parte da Terra é coberta pelos mares e oceanos – é a chamada hidrosfera. A camada mais externa, a atmosfera, é formada por gases. O oxigénio existente na atmosfera e a água líquida tornam possível a vida em nosso planeta. Essa vida, representada pelos seres humanos, animais e vegetais, forma a biosfera.

Planeta em mutação

A aparência de nosso planeta sofre constantes transformações. Algumas das mudanças ocorrem de forma repentina e violenta, como no caso dos terramotos e das erupções vulcânicas. Outros processos duram milhões de anos e são capazes de deslocar continentes, erguer montanhas e mudar completamente o aspecto da superfície da Terra. Além disso, a acção das águas dos rios, das chuvas e dos mares, as geleiras e os ventos modificam profundamente o relevo terrestre.

A grande viajante

DIAS (2008), sustenta que a Terra gira em torno do Sol, em um movimento contínuo chamado de translação. O caminho que percorre tem a forma de uma elipse e é denominado órbita terrestre. O tempo que a Terra leva para percorrer sua órbita é conhecido como ano sideral e dura 365 dias, seis horas e nove minutos. Além disso, a Terra gira ao redor de seu próprio eixo, como se fosse um pião. A esse movimento dá-se o nome de rotação.

O planeta azul

Na visão de AMABIS (2006), a Terra, o planeta azul, deve seu brilhante colorido às grandes massas de água que cobrem a maior parte de sua superfície. A presença da água líquida é uma das características mais surpreendentes de nosso planeta. Só podemos ver a terça parte de sua superfície sólida, pois o restante é coberto pelos mares, os oceanos e as grandes massas de gelo dos polos, as calotas polares.

Estrutura e formação do Universo

Estrutura do universo

As galáxias

O Universo é formado por milhares de milhão de galáxias. As galáxias são agrupamentos de muitos milhares de milhão de estrelas, gases e poeiras, podendo ter vários tamanhos e formas. Há galáxias em forma de espiral, elípticas e irregulares.

Existem ainda galáxias muito distantes e intensamente activas numa zona limitada que liberta muita energia. Estas galáxias, com o aspecto de uma só estrela muito brilhante, são desiganadas por quasares.

No Universo as galáxias não estão distribuídas ao acaso. Formam conjuntos chamados enxames de galáxias.

Os enxames de galáxias, por sua vez, ainda se reunem em grupos chamados superenxames.

Entre as estrelas de uma galáxia, entre as galáxias, entre os enxames de galáxias e os superenxames, há muito, muito espaço vazio.

Via Láctea

A Via Láctea é uma galáxia em espiral à qual pertence o Sol e todo o Sistema Solar. É formada por cerca de cem mil milhões de estrelas, gases e poeiras.

Na visão de AMABIS (2006), a Via Láctea pertence a um enxame de galáxias que tem cerca de trinta galáxias – o Grupo Local. Este enxame é dos mais pequenos do Universo. O Grupo Local pertence ao Superenxame Local.

As galáxias que formam o Grupo Local girem, no seu conjunto, em volta do centro deste enxame de galáxias. As estrelas que formam a Via Láctea giram em volta do centro da galáxia, mas nem todas as estrelas se movem à mesma velocidade.

O Sol, que está num dos braços da Via Láctea, gira à velocidade de 600 000 km/h, demorando cerca de 225 milhões de anos para dar uma volta completa em torno do centro da galáxia.

Formação do universo

À medida que foi possível dispor de instrumentos mais potentes para a observação do Universo, concluiu-se que as galáxias têm vindo a afastar-se constantemente umas das outras.

Em 1929 o astrónomo norte-americano Edwin Hubble elaborou uma teoria que concluía que as galáxias estavam a afastar-se sucessivamente umas das outras e que quanto mais longe da Terra se encontravam mais rapidamente se afastavam.

Após concluírem que o Universo está em expansão, os astrónomos admitiram que há cerca de quinze mil milhões de anos atrás todas as galáxias estariam juntas.

De acordo com as teorias elaboradas, o Universo terá começado a partir da explosão de uma pequena massa muito densa e quente – o Big-Bang. Iniciou-se, então, a sua expansão, foi arrefecendo e, gradualmente, foram-se formando as primeiras galáxias.

Modelos de Universo

Vários cientistas, como Albert Einstein, dedicaram grande parte de suas vidas para tentar decifrar o Universo. Desses estudos saíram quatro modelos:

Modelo Estático

Este modelo aborda o chamado Princípio Cosmológico, que diz que o Universo tem o mesmo aspecto para qualquer observador. A única coisa que difere são suas características locais. Este modelo admite, também, que o Universo sempre teve a mesma conformação, sem nunca mudar ou evoluir. Logo, esse modelo caiu em desuso por conta de pesquisas posteriores que mostraram justamente o contrário.

Modelo Estacionário

Após observações mostrarem que o Universo está em expansão, o modelo estático acabou sendo totalmente descartado. Assim, foi desenvolvido o Princípio Cosmológico Perfeito, que diz que o Universo tem o mesmo aspecto para qualquer observador em qualquer instante do tempo. Ou seja, o Universo é o que sempre foi e a matéria teria surgido de forma espontânea.

Modelo Expansivo

O modelo expansivo foi desenvolvido após a observação das diferenças de cores de luzes que as galáxias emitem e que acabam chegando até nós. Através dessa observação, constatou-se que as galáxias estão se afastando, consequência da expansão do Universo. A Lei de Hubble, formulada pelo astrónomo Edwin Hubble, diz que quanto mais longe uma galáxia se encontra de nós, mais rapidamente ela se afasta de nós.

Modelo Cíclico

O modelo cíclico fala sobre uma possível contracção do Universo. Diz que, caso a massa do Universo seja maior do que um certo valor crítico, a gravidade será o suficientemente grande para frear, de forma gradativa, a sua expansão. Assim, entrará em modo de contracção.

 

Bibliografia

  • AMABIS, José Mariano. Martho, Gilberto Rodrigues. Biologia das Células. 2a Edição. Editora Moderna. São Paulo. 2004;
  • AMABIS, José Mariano. Martho, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. 4a Edição. Editora Moderna. São Paulo. 2006
  • CARVALHO, A. M. P. de (org.). Ensino de Geografia. [S.l.]: Cengage, 2009.
  • CASTELLAR, S. M. V. (Org.)  Educação Geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo
  • DAMINELI, A. Hubble: a expansão do universo. São Paulo: Odysseus, 2003.
  • DIAS, Ilda. MARIA, Hernani. Origem da vida. Escolar Editora. 2008.
  • KIMURA, S. Geografia no ensino básico: questões e propostas. São Paulo: Contexto, 2008.
  • LEÃO, V. de P. Ensino da Geografia e mídia: linguagens e práticas pedagógicas. [S.l.]: Argvmentvm, 2008.