A natureza como física divide-se em:


a)Física da individualidade universal a) Corpos físicos b) Elementos c) Processo elementar

i)Corpos físicos livres

O processo dos elementos

A identidade individual, sob a qual estão ligados os diferentes elementos e a sua diversidade entre uns e outros e perante sua unidade, é uma dialéctica que constitui a vida física da terra”.(HEGEL, 1830:153).


ii)Os elementos

O corpo da individualidade tem como momentos subordinados nele as determinações da totalidade de elementos que são imediatas quais corpos livres subsistentes por si assim elas constituem seus elementos físicos universais. Determina-se como elemento o que

tem simplicidade química. O elemento individual é total, que dentro da diversidade dos elementos conserva-os juntos em unidade individual. A terra tem o poder de os inflamar para o processo e sustenta este mesmo processo.

b) A Física da individualidade Particular Hegel concebe a natureza como algo que é caracterizada pela exterioridade, ou seja, trata- se de um mundo no qual todas as coisas são exteriores umas das outras, onde a natureza funciona como ideia na forma de ser outro ou fora de si. Nesse sentido a natureza enquanto domínio da exterioridade comporta duas formas: umas em que todas as coisas são estão fora de todas outras (o espaço) e a outra em que todas as coisas estão fora de si mesmo (o tempo).

Essa parte da física é a mecânica individualizante, na qual a matéria é determinada pela forma imanente, (…). Isso em primeiro lugar dá uma relação entre ambas: a determinidade espacial como tal, e a matéria que lhe pertence”( Hegel, 1830:167 )


No sistema Hegeliano a Física da individualidade faz parte da segunda divisão da filosofia da natureza, nesse sentido, convém também referir que essa física comporta algumas propriedades ou então elementos fundamentais da matéria nomeadamente: o peso específico, a coesão, o som, bem como o calor. No peso específico ou densidade da matéria ocorre a relação do peso da massa para com o volume, a gravidade enquanto especificação equipara-se com a massa ou volume de um corpo para elucidar mais essa ideia pode-se recorrer a seguinte analogia:

Um exemplo do existir da especificação da gravidade é o fenómeno em que a haste de ferro, equilibrada sobre seu ponto de apoio, perde, quando é magnetizada, em seu equilíbrio, se não mostra agora mais pesada num pólo do que no outro. Aqui uma parte torna- se tão contaminada que, sem alterar seu volume, fica mais pesada; assim a matéria, cuja massa não é aumentada, tornou-se especificamente mais pesada (HEGEL, 1830:170)

Em relação a coesão Hegel define-a como algo que se assemelha-se ao peso específico, assim como uma determinidade distinguindo-se diante da gravidade, no entanto a coesão não se reduz apenas a uma comparação de corpos segundo a gravidade específica, mas a sua determinidade influencia na sua relação mútua e essa coesão procura determinar a gravidade. Ora há uma relação em todas essas propriedades, por exemplo a água sem coesão é sem som, e o movimento da água, como atrito meramente externo das suas partes deslocáveis, dá só um marulhar. O calor é por assim dizer a parte que tem a determinação da matéria e como tal pode-se concentrar através de lentes e espelhos côncavos, também é enquanto temperatura a dissolução especificada, abstracta e condicionada segundo sua existência e determinidade.

c)Física da Individualidade Total A matéria é a totalidade do conceito e não se forma em si, o conceito na sua particularidade mostra-nos em primeiro lugar a individualidade finita. O centro da gravidade não é mais subjetivo a matéria mais imanente a ela como a idealidade da determinação da forma.

A individualidade material no seu desenvolvimento é finita e condicionada, inicialmente ela é totalidade subjetiva e mesmo sendo finita ela tem relação com o outro. A individualidade total é: Figura, Diferença e Processo Químico.

Figura entende-se como mecanismo material da individualidade livre e sem condições com delimitações exterior no espaço e determinada pela forma imanente e desenvolvida. A individualidade não pode ser considerada subjetividade ainda ela ainda é parte de matéria, é livre.

Hegel concebe o fogo como o primeiro membro da diferença, mas não ainda como um processo químico real e sim na particularidade física, o segundo é o olfato e o paladar são o sentido da diferença e o outro é a neutralidade individualiza-se para determinada física da salinidade e suas determinações.

Os corpos segundo Hegel estão em relação com os elementos na sua totalidade, eles também estão em relação uns aos outros enquanto individualidade física, e eles são independentes e se conservam. Na relação mecânica se deixam conhecer em movimento ideal.

No processo químico a individualidade na sua totalidade desenvolvida os seus momentos são determinados para que as suas próprias totalidades sejam corpos particulares que justamente estão em relação, mas diferentes uns dos outros, e nota-se aqui uma relação de contradição.

Conclusão


Para Hegel a filosofia da natureza representa a ideia absoluta, que resulta da ciência da lógica. A natureza como física representa um dos momentos mais dialéctico da própria natureza, onde elementos como a luz e a terra através de processos químicos relacionam se é criam outras realidades, como o escuro. Os elementos, tem no processo meteorológico, seu subsistir assim como aí foram gerados, foram postos como existentes. Segundo Hegel é uma falha a representação fixa da diversidade substancial imutável dos elementos, onde diz-se que a água se torna fixa no cristal, desaparece no calor estas representações segundo o autor são nebulosas e nada dizem.

A principal dificuldade no compreender do processo meteorológico está em que se confundem elementos e corpos individuais. A falta desta distinção traz a maior confusão às ciências da natureza. O processo da terra é actividade permanentemente por meio do si universal, por meio da relação que a luz estabelece com o sol. A luz neste processo não está aqui como a oposição contra a treva, o por ideal do ser para o outro, mas o pôr ideal do real, o por da identidade real.

E isto gera a diferença de dia e noite etc. “ Sem a conexão com o sol a terra seria um sem -processo.” No sentido em que está relação permite diferenciar o quente do frio.

Referências Bibliográficas


ANTISERI, Dário, REALE, Giovanni. História da filosofia: Do Romantismo até os nossos dias. São Paulo, 2 edição, Paulus, 1991, V.3.

HEGEL, G. Enciclopédia das ciências filosóficas: A filosofia da natureza, 1830, V. II.