O tema original da sua filosofia é o contraste entre a verdade e a aparência. "Só duas vias de pesquisas se podem conceber . Uma é que o ser é e não pode não ser; e esta é a via de persuasão porque é acompanhada da verdade. A outra, que o ser não é e é necessário que não seja; e isto, digo-te, é um caminho em que ninguém pode persuadir-se de nada." Pois que um só caminho resta ao "discurso" : que o ser é. Mas este caminho não pode ser seguido senão pela razão : uma vez que os sentidos, pelo contrário, se detêm na aparência e pretendem testemunhar-nos o nascer, o perecer, o mudar das coisas, ou seja, ao mesmo tempo o seu ser e o seu não ser. O homem deve julgar com a razão. 

Em Parmênides, a mesma coisa é o pensamento e observação. A mesma coisa é o pensar e o objecto do pensamento: sem o ser em que o pensamento é expresso não poderás encontrar o pensamento, visto que nada há ou haverá fora do ser.

"O ser é e não pode não ser" é a tese principal de Parmênides , tese que exprime o que é para ele o sentido fundamental do ser em geral e constitui o princípio director da investigação racional. "O Ser nunca  foi bem nunca será porque é agora todo de uma vez, uno e contínuo."

Portanto, em Parmênides, o ser é indivisível porque é todo igual e não pode ser em um lugar mais ou menos que em outro; é imóvel porque reside nos limites próprios ; é completude e perfeição. 

Pela primeira vez , o problema do ser foi posto por Parmênides como problema metafísico - ontológico, ou seja, na sua generalidade máxima e não tão só como um problema físico. A pergunta "o que é o ser?" A que Parmênides quis formular a resposta, não é equivalente à pergunta: o que é a natureza? Assim, em Parmênides se exprimiu um princípio importante na lógica: princípio da identidade. "O ser é e não pode não ser."