Crescimento económico

Crescimento económico é um conceito quantitativo que consiste no aumento da capacidade produtiva de uma nação. Ou seja, o crescimento envolve uma elevação no nível de actividade económica de um local, quando se avalia todos os sectores produtivos que fazem parte daquela economia

Desenvolvimento económico

O desenvolvimento económico é um processo de aumento do capital humano, ou seja, dos níveis de educação, saúde e competência técnica dos trabalhadores, e da transferência dessa força de trabalho para sectores com maior conteúdo tecnológico que implicam em salários mais elevados.

Países subdesenvolvidos

De acordo com AUC/OECD, (2018, p. 49), o subdesenvolvimento é o baixo nível de desenvolvimento caracterizado por baixa renda real per-capita, pobreza generalizada, menor nível de alfabetização, baixa expectativa de vida e subutilização de recursos, etc. sua população, resultando em miséria e privações materiais.

Embora, o conceito de subdesenvolvimento seja um conceito relativo, mas suscita a pobreza absoluta. Pobreza absoluta refere-se ao estado de pobreza em que as pessoas não conseguem atender até mesmo suas necessidades básicas em termos de comida, roupas e abrigo. Na verdade, eles são uma classe de pessoas que estão sempre lutando para sobreviver. Assim, o subdesenvolvimento e a pobreza absoluta andam juntos ou o subdesenvolvimento sustenta a pobreza absoluta.

Características dos países em via de desenvolvimento

AUC/OECD, (2018, p. 61) diz que, é difícil encontrar uma economia subdesenvolvida que represente todas as características representativas do subdesenvolvimento. Embora a maioria deles seja de natureza pobre, eles têm diversos recursos físicos e humanos, condições sociopolíticas e cultura.

Os países subdesenvolvidos, de maneira geral, apresentam significativos problemas sociais e económicos. No entanto, outras características também existem nos países classificados como subdesenvolvidos. São elas:

  • Dependência económica dos países desenvolvidos;
  • Economia tem por base as actividades primárias, com os produtos agrícolas destinados, em sua maior parte, à exportação;
  • Sistema agrícola de monoculturas pouco mecanizadas;
  • Centros urbanos que apresentam acelerado crescimento, que ocorre de maneira desordenada acentuando as desigualdades;
  • Grande desigualdade social;
  • Grande número de pessoas trabalhando no mercado informal;
  • Elevadas taxas de natalidade e mortalidade e baixa expectativa de vida;
  • Baixos níveis de escolarização e, consequentemente, altos índices de analfabetismo.

Características do desenvolvimento em África

Actualmente o desenvolvimento do continente Africano é caracterizado por uma dualidade oposto onde são desenhadas estratégias para o desenvolvimento (através da exploração e venda de recursos naturais e pela criação de blocos económicos). Outra característica oponente ao desenvolvimento como dizia o representante regional da ONU na África Oriental do departamento sobre Drogas e Crime, Carsten Hyttel em 2008, “a África enfrenta um grande problema no que tange ao seu desenvolvimento sendo caracterizado por crime, crimes que incluem assassinato, violação, desemprego, subemprego, assalto, roubo, fraude, corrupção, e trafego humano, de drogas e de recursos”, (BANCO MUNDIAL, 2007, p. 49).

Crescimento económico de Moçambique (2015-2021)

Banco Mundial prevê um crescimento económico de 3,6% este ano em Moçambique, metade dos 6,6% registados em 2015, num relatório divulgado, que aponta a população pobre como a mais sacrificada pela crise que abala o país. Em termos numéricos, o PIB de Moçambique em 2015 foi de $34.46 bilhões de dólares Norte Americanos.

Em 2016 o crescimento do PIB abrandou para 4.3% (cerca de $35.76 bilhões) devido a uma maior restrição orçamental, a uma quebra do investimento directo estrangeiro e, ainda, devido à crise da dívida “oculta”; espera-se um aumento na ordem dos 5.5% para 2017, impulsionado pelas exportações do sector extractivo. Embora a incidência da pobreza tenha diminuído, o número de pessoas pobres permanece quase o mesmo, num ambiente de crescentes desigualdades.  Um frágil sector industrial emprega apenas 3.2% da população e é essencialmente composto por pequenas e microempresas (90%).

 

O crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) rondou em volta dos 3,8% em 2016 e 2017, e prevê-se que atinja uma taxa ligeiramente mais baixa em 2018, no valor de 3,3%. Os ataques em Cabo Delegado, na zona centro, as consequências da famosa divida oculta e a corrupção passiva no Aparelho do Estado contribuíram para o decréscimo do crescimento do PIB de Moçambique onde de acordo com o Relatório do FMI foi de $37.09 bilhões.

As estimativas anuais do Produto Interno Bruto a preços de mercado em 2018 apontam para um crescimento da economia em 3,3%, mostrando uma desaceleração da economia face ao período homólogo em cerca de 0,47 pontos percentuais.

 

O crescimento da economia de Moçambique desacelerou para 3,3% em 2018, de acordo com o boletim de Contas Nacionais publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) moçambicano.

A economia cresceu 2.5% no I Trimestre de 2019: O Produto Interno Bruto a preços de mercado (PIBpm) apresentou uma variação positiva de 2.5% no I Trimestre de 2019 comparado ao mesmo período do ano anterior.

O valor do PIB em 2018 foi de $ 14.845 milhões, Moçambique é o número 129 no ranking do PIB dos 196 países que publicamos. O valor absoluto do PIB em Moçambique subiu 1.626 milhões de dólares em relação a 2017.

O PIB per capita de Moçambique em 2018 foi de $503 , $42 superior ao de 2017, foi de $461 . Para ver a evolução do PIB per capita, é interessante olhar para trás alguns anos e comparar estes dados com os de 2008 quando o PIB per capita em Moçambique era de $564 .

 

Se ordenarmos os países pelo PIB per capita, Moçambique ocupa a 191ª posição. De acordo com esse parâmetro, sua população está entre as mais pobres dos 196 países cujo PIB publicamos.

O Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique valia 14,02 mil milhões de dólares americanos em 2020, segundo dados oficiais do Banco Mundial. O valor do PIB de Moçambique representa 0,01 por cento da economia mundial.

Aquando da elaboração, em princípios de 2020, do texto sobre os riscos da economia moçambicana em 2020, antes de surgir a pandemia, foi perspectivado um crescimento baixo (entre 3% a 4%), uma redução das exportações, devido à baixa de produção de carvão (a Vale tinha anunciado a paralisação da produção durante 3 meses), a manutenção da inflação, embora existissem pressões (dívida pública, preços internacionais, despesismo do Estado e crescimento baixo) e relativa estabilidade cambial (possível ligeira desvalorização do Metical), poder de compra mais reduzido para a maioria da população (não-criação de emprego, manutenção ou redução dos salários reais e crescimento das economias informais), o que significa, agravamento da pobreza e das desigualdades, contenção da violência social por repressão, continuação do não-respeito pelos direitos e liberdades dos cidadãos, e continuidade das estratégias diversionistas do sistema judicial.

 

O surgimento da COVID-19 agravou os aspectos que já se previam em queda ou desaceleração, sobretudo o crescimento económico, o défice externo, o desemprego, o aumento das despesas públicas correntes, o aumento da dívida, a inflação dos preços dos bens alimentares, as taxas de câmbio, e o nível de vida das famílias mais pobres e as desigualdades sociais.

Para 2021 os contextos previsíveis são os seguintes: (1) continuidade, com agravamento da pandemia; (2) manutenção da situação de Cabo Delgado, com possível alargamento da zona de intensidade do conflito, e maior intensidade do conflito na zona Centro; (3) crise internacional com eventual agravamento pelo menos durante o primeiro semestre de 2021 relativamente ao ponto mais baixo pós-COVID-19; e, (4) continuidade das políticas económicas e públicas, e administração pública carentes de reformas.

Espera-se que a economia de Moçambique recupere gradualmente em 2021, mas subsistem riscos substanciais de uma queda devido à incerteza em torno do caminho que seguirá a pandemia da COVID-19 (coronavírus). Embora a economia tenha registado em 2020 a sua primeira contracção em quase três décadas, espera-se que o crescimento recupere a médio prazo, atingindo cerca de 4% em 2022.

Desenvolvimento económico de Moçambique (2015-2021)

O conceito de desenvolvimento económico está directamente relacionado com o bem-estar da população, isto é, tem haver com a distribuição e redistribuição dos recursos resultantes do crescimento económico que resultam no índice de desenvolvimento humano.

Neste caso acompanharemos a seguir o índice de desenvolvimento de Moçambique entre 2025-2021

De salientar que, Moçambique é o pior país de língua portuguesa em África segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2020. De acordo com o mesmo relatório, em Moçambique, a esperança média de vida à nascença é de 60,9 anos, sendo que a média da escolaridade ronda os 3,5 anos. Registam-se 289 mortes maternas por cada 100.000 nascimentos, sendo que por cada 1.000 nados vivos, 148,6 progenitoras tinham entre os 15 e os 19 anos.

Desafios ao desenvolvimento

Os principais desafios enfrentados pelo país incluem a manutenção da estabilidade macroeconómica, considerando a exposição às flutuações dos preços das matérias-primas, e a realização de novos esforços para restabelecer a confiança através de uma melhor governação económica e de uma maior transparência.

Além disso, são necessárias reformas estruturais para apoiar o sector privado que enfrenta actualmente sérias dificuldades. Outro grande desafio é diversificar a economia, para que se afaste do foco actual em projectos de capital intensivo e agricultura de subsistência de baixa produtividade, reforçando ao mesmo tempo os principais motores da inclusão, tais como a melhoria da qualidade da educação e da prestação de serviços de saúde, o que, por sua vez, poderia melhorar os indicadores sociais