Por: Daniel Ngovene

Resumo


A Frente de libertação de Moçambique tinha como objectivo principal libertar o povo e a terra, o esforço da luta não consistia em expulsar o colono, porém, o que se verificou depois da independência, os que lutaram com a intenção de libertar o povo e a terra, invertem o eixo, isto é, «nós lutamos pelas terras e elas nos pertencem», o que levou a escravização foi a ganância do colono, os libertaram ciara na mesma armadilha que se chama ganância, tornando insignificante a luta contra o colono.

Palavras-chave: ganância, colonialismo, Frelimo, Samora Machel.

A luta da Frente de Libertação de Moçambique

 

As Forças Populares de Libertação de Moçambique, dirigida pela FRELIMO, sendo um dos elementos essenciais do poder do Estado, têm uma responsabilidade fundamental na defesa e consolidação da independência e da unidade nacional. Ao mesmo tempo elas são uma força de produção e de mobilização políticas das massas políticas populares. (Artigo 5)


Samora Machel nasceu sob domínio do Colonialismo, cresceu e estudou sob o mesmo domínio, passou todo o sofrimento que o povo passava, viu-se na obrigação de libertar o povo moçambicano, por isso, abraçou a Frente de Libertação de Moçambique, como alguns jovens o fizeram naquela época. 

Samora Machel foi feliz durante o período da guerra contra o colonialismo, recordar que a guerra contra o colonialismo durou 10 anos (1964-1974), numa primeira fase foi dirigida pelo Eduardo Mondlane, foi ele quem sondou o caminho. Com a morte do então presidente do movimento, Samora Machel foi eleito para dirigir os guerreiros.

Samora Machel durante 11 anos (1975-1986), que esteve no poder como primeiro presidente de Moçambique, poucas vezes mostrou o orgulho de ter expulsado os colonos de Moçambique. Ora, suponho que tenha descoberto que o seu grande inimigo não era o colono.

No entanto, era o espírito de Ganância, o que levou os portugueses a escravizar os moçambicanos, não foi por causa da raça, nem por ser africanos, mas o que esteve por detrás da colonização foi o espírito de ganância. Samora Machel temia que os seus ex-companheiros escravizasse o mesmo povo que libertaram da escravidão. 

A nossa luta é contra os sabotadores; A nossa luta é contra os ladrões; A nossa luta é contra aqueles que querem oprimir e explorar o povo, roubam os produtos, escondem e depois especulam. É, ou não é? 


Referência

Constituição da república popular de Moçambique de 20 de junho de 1975

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092009000200002