Desde o momento que nascemos entramos logo em comunicação com os outros e com o mundo que nos rodeia. O primeiro choro à saída do ventre da mãe é, talvez, a expressão primária dessa necessidade de comunicação, traduzida na única linguagem possível naquele momento.

A linguagem humana, na sua forma comum que é a palavra, ocupa um lugar de relevo entre os instrumentos culturais humanos. Utilizando uma terminologia hoje muito em voga, diríamos: "os homens e as mulheres estão progranados para falar e aprender línguas , uma vez que a linguagem responde a uma necessidade fundamental da espécie humana: a necessidade de comunicação."

Enquanto certas necessidades, que são mais do âmbito biológico, como comer, dormir e respirar, se manifestam naturalmente, como sabemos, a linguagem, que se insere no âmbiro cultural, tem de ser aprendida sob a forma da língua própria da comunidade onde nascemos ou crescemos, manifestando-se nos actos de fala próprios dessa comunidade.

Podemos dizer que a APTIDÃO PARA A LINGUAGEM e, consequentemente, PARA A MANIFESTAÇÃO DA FALA ESTÁ INSCRITA NO CÓDIGO GENÉTICO. Mas é preciso salientar que a aprendizagem da língua é social e cultural.

Portanto, a linguagem é o FUNDAMENTO DA NOSSA HUMANIDADE, ELA TEM UM ESTATUTO ANTROPLÓGICO, uma vez que é ela (A LINGUAGEM) que assegura a constituição do ser humano no seu processo antropológico e cultural.