A Tanzânia repeliu "mais de 1.000" deslocados moçambicanos, sobreviventes do ataque de insurgentes contra Palma, no norte de Moçambique, denunciou terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O ACNUR tinha estimado na segunda-feira em 600 o número de pessoas que fugiam de Moçambique e tentavam entrar na Tanzânia em busca de asilo mas não foram autorizadas a cruzar a fronteira. Esta quarta-feira a agência das Nações Unidas informa que as suas equipas em Pemba, capital provincial, "receberam relatórios preocupantes de populações deslocadas de que mais de 1.000 pessoas que fugiam de Moçambique e tentavam entrar na Tanzânia em busca de asilo" foram rejeitadas. O ACNUR adianta que está a acompanhar a situação na Tanzânia e "apela aos vizinhos de Moçambique para fornecerem acesso ao território e procedimentos de asilo para aqueles que escapam da violência e procuram proteção". A 24 de março, grupos armados atacaram Palma, cidade portuária com 75 000 habitantes, matando dezenas de civis, polícias e militares.