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Período de Transição Período de Transição

Chama-se Período de Transição à época histórica que marcou a passagem do modo de vida Feudal, no qual os camponeses utilizavam as propriedades do senhor, para o modo de vida Capitalista, no qual os camponeses trabalhavam para os proprietários das terras recebendo um salário. O Período de Transição começa, aproximadamente, nos finais do Século XV e termina em finais do Século XVIII.

Economia do Período de Transição

Como você deve saber, cada período histórico tem as suas características económicas. Pois bem, o Período de Transição é marcado pela predominância de três actividades económicas:

  • Agricultura
  • Indústria
  • Comércio

Agricultura

Durante o Período de Transição a Agricultura tinha grande importância e, era
vista como base da economia por várias razões: fornecia alimentos (cereais, vinho, fibras têxteis, couros,) às populações camponesas e aos centros urbanos (cidades);
ocupava a maior parte da população trabalhadora. o comércio dependia em grande parte do que era produzido na agricultura (produtos europeus ou das colónias); e
as matérias-primas utilizadas na indústria eram principalmente de origem agrícola
Como pode concluir, caro aluno, a Agricultura, tinha uma grande importância nas receitas dos Estados e nas fortuna (riqueza) pessoal.

As características da agricultura no Período de Transição

A agricultura no período de Transição apresentava muitas características
que você certamente bem conhece. Ao longo do Período de Transição, a agricultura conheceu alguns avanços
significativos na maneira de produzir. Facto que contribui bastante para o
nascimento da actividade industrial.

Indústria

Durante o período medieval, a actividade industrial foi sempre feita em
moldes artesanais e, com fraca produtividade. No Período de Transição, a indústria continuou a manter as mesmas características da época medieval, mas como podemos ver a seguir, registou, durante este período, importantes progressos.
Nesta fase existiam duas formas de produção industrial: indústria artesanal e a indústria manufactureira. praticada em pequenas oficinas espalhadas pelas zonas rurais. Tal é o caso de teares (um aparelho para fazer tecidos e forjas); ter um número reduzido de trabalhadores por oficina: muitas vezes membros da família do dono da oficina. Ser organizada em associação constituída por Mestres,  Companheiros (grupo de amigos) e aprendizes que trabalhavam
em oficinas nos centros urbanos

Indústria Manufactureira

Ter maior volume de produção do que a produção artesanal; Ser uma indústria que gozava da protecção do Estado;

Estar localizadas nos centros urbanos ou junto à locais
fornecedores de matérias-primas ou de energia (cursos de água,
por exemplo);
um trabalho realizado em estabelecimentos (fábricas) mais
amplos;
empregar um número relativamente grande de operários;
realizar trabalho em oficinas que utilizavam meios de trabalho
mais evoluídos (altos fornos, rodas hidráulicas, trabalhadores), a
produção continuava a ser manual

 O comércio

Durante o Período de Transição, o Comércio e a Indústria foram actividades
complementares da economia agrícola. Como, você, sabe, o Comércio era uma actividade económica importante, pois permitia a obtenção de vários produtos vindos de outras regiões e continentes: as especiarias, ferro, cobre, ouro, tecidos asiáticos e vidros.
Durante o Período de Transição, pouco a pouco, o Comércio ia se transformando em principal actividade económica. Porém, é importante dizer que o seu desenvolvimento, encontrou várias dificuldades, nomeadamente:mau estado das vias terrestres, o que tornava os transportes lentos e difíceis. A solução para este problema eram as linhas de água (rios, canais, mares) que permitiam o transporte de mercadorias a um preço baixo, ferro, cobre, ouro, tecidos, etc.
Como as vias terrestres apresentavam vários problemas, os transportes
marítimos e aquáticos eram vistos como a solução para a actividade de
transporte de mercadorias.
escassez e fraca circulação da moeda.

Ficha técnica

Consultoria:
Rosário Passos
Direcção:
Messias Bila Uile Matusse (Director do IEDA)
Coordenação:
Luís João Tumbo (Chefe do Departamento Pedagógico)
Maquetização:
Vasco Camundimo
Fatima Alberto Nhantumbo
Ilustração:
Raimundo Macaringue
Eugénio David Langa
Revisão:
Abel Ernesto Uqueio Mondlane
Lurdes Nakala
Custódio Lúrio Ualane
Paulo Chissico
Armando Machaieie
Simão Arão Sibinde
Amadeu Afonso