A vida agrícola e industrial dos Tsongas

 
Segundo autor, os Rhongas encontram-se num canto do mundo cheio de pedra e seco, mas eles estão bem servido pela natureza quanto ao solo no seu pais, no sistema de propriedade rural dos Rhongas o solo por direito pertence ao chefe, mas o poder pertence a toda gente, o terreno é distribuído gratuitamente para quem quer si estabelecer na região. Esta propriedade não é alienável por via de venda, mas sim hereditária. No que diz respeito aos produtos do solo o milho era o rei deles, e de longe e é o mais cultivado no pais Tsonga, onde e designava de svifake. O segundo cereal importante é o mavele, que é um dos mais antigos cereais conhecidos pela tribo Tsonga; o sorgo também cultivado em grande escala por todo país Tsonga, o arroz que se encontra no baixo de Inkomate.
 
No entanto os Tsongas tinham legumes que faziam parte da alimentação como: o amendoim, a ervilha, o feijão indígena e o nyume. Também abrangem outros legumes na sua alimentação, as batatas-doces, as abóboras, os tomates, cebola, a cana-de-açúcar, o ananás, o tabaco e a mandioca.
 
Em relação as frutas e arvores, os indígenas não plantam nem tratam arvores, eles quando lavram um terreno deixam aquelas que pudessem dar frutas e crescessem em espontaneamente e graças a esta precaução as arvores que dão frutas comestíveis si multiplicaram, um dos melhores frutas é a sala, que desempenha um grande papel na alimentação dos Tsongas. 
 
No que concerne ao ano agrícola, segundo autor a mulher Tsonga quando se apercebe das mudanças de temperatura, a saída do inverno para verão, pega na sua enxada e parte para as colinas ou pântanos, nos fins de Agosto realiza-se um duplo trabalho, lavram-se as terras virgens e cultivam-se os pântanos, de seguida plantam-se sementes de abóbora, arroz, uma vez que o solo é húmido favorável, também plantam-se milho, batata-doce, e mandioca, onde a sua cultura dá-se bem nesta região.
 
Depois de ter caído as chuvas, em Setembro, mais tarde torna-se ocasião propícia para as sementeiras, onde cada membro da família tem canto de terreno, para se iniciar com as sementeiras, as primeiras espigas do milho, amadurecem em Janeiro e depois vem a colheita. Porem, existe vários tabus relativos á vida agrícola, nos quais a mulher é proibida de andar entre as abóboras, de colher certas frutas ou as suas folhas sem precaução, também é proibida de permanecer de pé, quando pedi algo a pessoa que confecciona os alimentos nos campos; quanto a cultura de árvores é tabu plantar espécies estrangeiras com bananas, laranjas, porque trás uma desgraça dentro da aldeia. 
 
Sobre a preparação da comida e das bebidas o autor afirma que os agricultores eram vegetarianos, pois comem carne sempre que a ocasião lhe oferece. Essas ocasiões são raros e é por isso que, de facto o seu regime e essencialmente negativo. Eles dedicavam grandes cuidados a cozinha. Em regra as mulheres não cozinham, se não uma vez por dia pela tarde, a refeição principal é feita ao anoitecer. Porem, sobre as bebidas as bebidas o autor afirma que os indígenas apreciavam água clara e fresca que corre nas regatas do Transval, mas bebem também a mistura esbranquiçada que se encontra nos charcos. Os Tsongas não se contentam apenas com água. A tribo há todo o seu empenho em inventar uma multidão de outras bebidas.
 
Porem, as principais bebidas são: vuptru, madleku e mpheka, fabricadas com cereais, vukanyi e vuhimbi, preparado com frutas, devendo também incluir-se nesta categoria a vusurha, feita com seiva palmeira, xiwayawaya e xikokiayana, preparadas com outros ingredientes. Porem, todas bebidas que o autor mencionou são bebidas fermentadas, alguma delas com fraca graduação de álcool.
 
Contudo, em relação a preparação de bebidas, o autor aborda também sobre a evasão do gado, havia muitos bois na região Tsonga antes da nação zulu, os bois são para os indegina a riqueza, o meio para lobular a mulher e para aumentar assim a família. Cria-se gado também para alimentação, porque a carne é altamente apreciada e é repartida por todos membros da família. Alem dos bois, os Rongas criam cabras e quase confiam a guarda dos rapazes, segundo autor, o boi desempenha papel importante na vida social, a cabra parece destinada aos sacrifícios, as praticas religiosas. O carneiro é raro na região dos Tsongas e quase sempre sem lã, os carneiros são os animais reservados aos chefes, as galinhas são animais domésticos comuns, não há aldeia sem galinheiro, os Tsongas tem pena de comer os ovos, preferem deixar as galinhas chocarem. 
 
Em relação a caca e pesca o autor diz que usavam armas simples, era cultura deles de saírem em colectividade para essa caca. Porem, o autor sustenta também a cerca da caca grossa, a dizer que nessa caca os animais mais procurados eram elefante, girafa e búfalo; antes da ida para a caca faziam um ritual social, e na ida quando encontrasse um animal morto se não for pesado o carregavam caso contrário só for um que o descobriu, esse tinha que subir na árvore gritar para os seu membros ou ate sair para avisar e cortava uma parte do corpo do animal especificamente a cauda para servir de confirmação.
 
Prosseguindo, o autor sustenta também que os caçadores tinham uma capacidade extraordinária de identificar tipos de animais apenas com um simples olhar da pegada; dizer mais ou menos o momento que esse animal passou, se era fêmia ou macho, pequeno ou grande. Quando o caçador escolhe um dos rastos o que lhe parece mais fresco, segue-o com cães e tem probabilidade de surpreender o antílope. 
 
Contudo, como já havia dito que quando estes, encontrasse um animal morto e obrigado pedir auxilio nos outros membros do grupo e depois de lhe ajudarem, ele terá que llhes recompensar. Na chegada os auxiliantes gritam em apelido deste caçador, por exemplo: se ele for Nkuna eles dizem Nkuna yowee. Outro exemplo se for Mahotas ou da família Mahotas, diziam Mahotas yowee. A que lembra que estes na caca, usavam instrumento de tipo azagaia, pau e ate animal cão. Outra forma de caçar diz o autor, cavavam, e na tal cova cobriam com ramadasb e cheia de estacas agrucadas sobre as quais o animal cai e se empala. As estacas são feitas de madeira muito dura de Ntrhenga arbusto do género das mimosas; cobre-nas com um pó chamado nulu veneno mortal que se tira de arbusto de flores encantadores que cresce abundantemente nas florestas da beira-mar, o Strophantus petersianus. Se um elefante cair na armadilha e conseguir sair dela morrera dentro de pouco tempo, em consequência das feridas envenenadas. Diz ele que os “indígenas” nessa era já contem outro tipo de ferramenta que usam na sua caca, que vão adquirir nas lojas dos “europeus” ( pg58)
 
Nessa ida para a caca, o autor sustenta que os feiticeiros exerciam uma certa função de prepararem o homem caçador para esse ter sucesso no trabalho dele, tomemos as ilustrações que o autor nos trás; o seu curandeiro fazia cozer medicinas numa panela no tecto da palhota do caçador, por cima da entrada. Mubandana devia então, entrar na palhota, curvando-se; a água que se escoava pelo colmo caia-lhe nas espáduas. Enquanto, ele entrava assim, ritualmente, na palhota o curandeiro pronunciava estas palavras: vai e sê feliz! Mesmo se a chuva cair sobre ti; mesmo se o orvalho te molhar enquanto dormires; por toda parte tu estarás como na tua palhota como em tua casa (kaya). Terás levado contigo a tua palhota e entraras nela todo molhado. Como meio de protecção também diz o autor que levavam consigo os feitiços, principalmente o Ndrawu, raiz de uma espécie de junco que se emprega em muitas outras ocasiões. 
 
Contudo, a um certo tabu que dizem que no caso de levar sal com eles, o sal “precedê-los-ia” e não matariam a caca. Só depois de matarem poderão procurar o sal. Outro tabu em relação a sexo que dizem, no caso de um adulto manter relações sexuais e depois ir a caca pode gerar consequências de tipo não terem sucesso na caca; eles diziam que era melhor se fossem a caca com jovens impúberes. Há um aspecto que despertou o autor, no que concerne as mulheres dos caçadores que quando os maridos fossem que podiam ate levar muitos dias essas podia fiar manter relações sexuais com outros homens, e se engravidarem, as crianças que essas forem a obterem no regresso dos maridos pouco se importavam em procurar saber dos homens que as engravidaram e isso também não seria o caso de diminuir o grão de considerar como sendo o seu filho. Diz o autor que certo homem chamado Mboza dizia o seguinte: “o caçador deve esquecer tudo o que respeita a sua aldeia”.
 
Há um certo animal curioso que o autor diz o seguinte: cobiçam muito no, mas não fácil apanha-lo esse animal no caso de lhe encontrar morto e tabu dar volta em todo corpo dele, somente deves ir directamente na cabeça, onde, entre os pelos da fronte, se encontra um piolho. E preciso apanha-lo. E depois, há que cavar o chão sobre a repousa a cabeça e onde se achara uma raiz. Apanha-se leva-se para casa, com o piolho. Então, estar-se-á segura. Ele diz que outros acrescentam que tirem o olho ao animal, se querem escapar ao perigo de Nurhu. 
 
No povo Tsonga de acordo com os sustentos do autor, contem muitas regras mesmo, tomemos outras regras. Junoid cita Maxikulu que da realça sobre os procedimentos antes da ida para caca, dizendo que o caçador mastiga um pouco da raiz magica de uma espécie de junco chamado Ndrawu que, como já dissemos desempenha um grande papel no ritual Tsonga; sopra algumas partículas para cima do animal dos dois lados do corpo, rodeando-o ate chegar a cabeça. O autor da realce do hipopótamo que nas margens de Nkomati ou doutros rios, há algumas aldeias cujos habitantes são caçadores profissionais de hipopótamos e possuem a arte ou ciência que se chama vutimba. Os próprios caçadores se chamam vutimba. Diz o autor esta ciência e hereditária, ensinado pelos pais aos filhos. Estes homens possuem uma droga especial, o mbanguluwa. Quando o caçador é inoculado com esta droga, adquiri um poder especial sobre o hipopótamo: se fere um, o animal não poderá fugir para longe, será fácil segui-lo e encontrar rapidamente. Na caça deste animal, e dito que a mulher deve permanecer na casa, ate que o seu marido caçador lhe diga que já esta alcançada a tarefa, porque no caso de ele transgredir a regras pode causar um insucesso no acto.
 
Em relação a hipopótamo o autor conta-nos três histórias, mas somente realçarei uma. Dizia que numa certa zona existia um hipopótamo que amedrontava senhoras e crianças, ate estas por terror deixavam cair cestos. Um dia o chefe da zona decidiu chamar um caçador deste tipo de animal muito inteligente que conseguiu paralisa-lo. 
 
Todavia, segundo autor o nurhu é potência particular possuída pelo homem e certos animais selvagens, e em virtude da qual ele se vingam da pessoa que os matou; este termo é empregado somente nos casos de inimigo morto ou dos estrangeiros mortos no pais e que não enterrados seguindo as regras. O nurhu e xi kwembo não tem o mesmo sentido, não pode se empregar uma pela outra. O xikwembo é um espírito pessoal enquanto o nurhu e uma forca da natureza. O autor afirma que a ideia de nurhu é muita antiga data de uma idade em que o homem não se diferenciava do animal de uma idade em que o animismo não era diferente do dinamismo.
 
Porem, o rito de kulurhulula é um rito de protecção que vem para afastar o nurhu, mas por outro lado é um meio pelo qual o caçador se identifica com um mundo animal de modo a poder viver no meio dele sem ser notado e assim pode ate matar mais caca. No que diz respeito aos svinyamanyamana, os autor sustenta que os indígenas particularmente são muito gulosos a varias espécies insectos, mas existem outros que registam por sensação de desgosto pelo porco, algumas pessoas receai-o porque era uma importação recente e não estavam acostumados com a sua carne; sobre tabus femininos relativos à alimentação, o autor afirma que as mulheres abstêm-se de comer certos tipos de animais com receio de um mau efeito sobre Os Tsongas na sua pesca usavam três métodos a saber: o primeiro que era Nhangu, segundo xivava e por ultimo kutrheva. O Nhangu é um cercado triangular feito de paus que se cravam na areia, à beira mar; e xivava é outra espécie de armadilha, feita com caniços entrelaçados, que se coloca nas margens do rio, do Nkomati, por exemplo, perto do mar, em altura onde a maré seja sensível; e kutrheva significa matar peixe todos juntos, nas lagoas que secam. 
 
Considerações finais
 
Depois de termos analisado a vida agrícola e industrial dos Tsongas chegamos a conclusão de que os Tsongas têm uma terra rica em solo, isso faz com que eles obtêm um bom rendimento nos produtos. E concluímos também que tem uma vasta experiencia nesse trabalho de agricultura, não só entrando também na pecuária, na caca, na produção de bebidas e muito mais. Porem, não há dúvida de que do jeito como estamos hoje ou do jeito como processamos para a produção dos para a produção de produtos alimentícios é devido a esse processo que os nossos ancestrais têm vindo a praticar. Contudo não há duvida também que do jeito como processamos hoje para produção desses produtos os nosso sucessores serão herdeiros.
 
Bibliografia
 
Juno, H. uso e costumes dos Bantos: A vida de uma tribo do Sul da África. Lourenço Marques, 1974