Introdução

O presente trabalho versa sobre a Avaliação no ensino de Filosofia, a escolha pelo tema surge na tentativa de buscar compreender até que ponto a avaliação pode de certa forma classificar o nível de conhecimento do aluno em torno de uma determinada temática abordada durante un certo tempo dentro do sistema escolar, atendendo e considerando a avaliação em filosofia não só consiste na detenção dos conteúdos abordados, mas também avalia o posicionamento do aluno perante uma determinada situação ou  temática, obrigando assim um espírito crítico perante a realidade.

O problema que este trabalho busca solucionar é trazer ferramentas para poder auxiliar a classificação de um estudante de filosofia, busca trazer as várias formas de avaliar e busca trazer ainda mais os aspectos levam ao sucesso ou insucesso na avaliação de um estudante de filosofia.

O trabalho apresenta como objectivo geral : Compreender os aspectos avaliativos no ensino de filosofia e como objectivos específicos: Definir avaliação; apresentar as diversas formas de avaliação e explicar as causas que levam ao insucesso ou sucesso na avaliação no ensino de filosofia.

Como metodologia o trabalho é fruto de uma revisão bibliográfica auxiliada pela hermenêutica textual, pois, consistiu na leitura e compreensão de alguns manuais e artigos para a elaboração do mesmo.

 Quanto a estrutura o trabalho apresenta primeiro a introdução onde tentamos trazer os aspectos essências dos assuntos abordados e que o trabalho procura responder ao longo no seu desenvolvimentos, de seguida o trabalho apresenta o seu desenvolvimento apresentados em titulos e por fim apresenta a sua conclusão onde trouxemos a síntese do assunto desenvolvido na pesquisa.

 

 

 

 

1. Conceito de Avaliação

Segundo Piletti ( 2004:190) avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar e medir os conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridos pelo indivíduo, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento. A avaliação é um instrumento valioso e indispensável no sistema escolar, podendo descrever os conhecimentos, atitudes ou aptidões que os alunos apropriaram durante um certo tempo.

 A avaliação é vista para Sant Anna ( 1998:29-30) como sendo um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmado se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico ou prático. A avaliação não consiste em só avaliar o aluno, mas o contexto escolar no seu todo, permitindo assim que o professor faça o diagnóstico para sanar as dificuldades do processo de aprendizagem, no seu sentido prático e teórico.

A avaliação  é vista  ainda como sendo um  processo onde se direciona a qualidade do desempenho sobre a quantidade de atividades propostas, tanto para o aluno quanto ao professor, ficando assim visto como sendo um processo comparativo sobre o despenho do professor bem como o do aluno, a avaliação pretende de certa forma perceber o nível de assimilação da matéria abordadas durante um certo período de aulas que o professor ache por bem verificar se de facto houve ou não a assimilação da matéria, a avaliação de certa forma é uma tarefa complexa não se resume a realização de provas e atribuição de notas, a avaliação pretende testar a capacidade do conhecimento do aluno, mas também sobre a vigência de funções pedagógica-didáctica, de diagnóstico e de controle em relação as quais se recorrem a instrumentos de verificação de rendimento escolar.

A avaliação é um instrumento permanente do trabalho do docente, tendo como objectivo observar se o aluno aprendeu ou não, também a avaliação busca refletir sobre o nível de qualidade do trabalho escolar, tanto do aluno bem como do professor, gerando mudanças visíveis.

 

1.1. A problemática de avaliação em ensino de Filosofia

Embora a discusão e a reflexão teórica sobre avaliação ainda sejam superficiais, no âmbito das pesquisas e produções teóricas no campo do ensino da filosofia, esta constitui uma das problemáticas mais constantes, no cotidiano escolar.

Segundo Marçal & Tomazett ( 2011:102)  a avaliação em filosofia, sugere a preponderância da escrita e se atrela à valorização da subjectividade e da opinião do aluno junto da sua capacidade crítica e tende a privilegiar a capacidade de interpretação do texto. Sugere que o professor meça o aprendizado do aluno com a base no critério da possibilidade da opinião pessoal. Para Marçal e Tomazetti avaliar um estudante em filosofia é uma tarefa tão objectiva quanto avaliar correctamente um estudante de lógica ou matemática. É só uma questão de saber escolher os conteúdos a leccionar, de saber como se fazem perguntas e de saber como se avaliam respostas. Mas tudo isto supõe um domínio sólidos da disciplina, uma compreensão abragente da disciplinas e da sua importância.

A filosofia consiste na problematização crítica e autônoma, mas está pautada em um núcleo duro conhecimento que devem ser apreendidos pelos alunos e que são passíveis de medição. Porém, o conteúdo pessoal, a opinião crítica do aluno deve ser a base de avaliação.

Em filosofia a avaliação ainda consiste um problema, pois, a avaliação restringe-se a trabalhos e actividades  que visam estabelecer os níveis de conhecimento adquiridos, em referência a um corpo de conteúdos pré-estabelecidos.

A avaliação em filosofia deve previlegiar a participação oral e opinativo, pois, é a especificidade desta disciplina. O professor deve avaliar a autonomia crítica e criativa do estudante,

A melhor para identificar se houve realmente compreensão é quando a pessoa expressa isso através de um texto, justificando-se ou posicionando-se sobre uma determinada situação com argumentos que estudou em aula. E também é um grande problema porque é dificil compreender certos pensamentos escritos num papel , a avaliação em filosofia é complicado porque tu lês um texto de um aluno, uma síntese, uma analise de alguma coisa e o que o aluno quiz dizer com aquilo, e derepente o professor  entende outra coisa bem difrente do que o aluno quiz expressar.

 

2. Tipos de avaliação

Segundo Piletti ( 2004:190) a avaliação se desenvolve, nos diferentes momentos do processo ensino-aprendizagem, com objectivos distintos dos quais podemos encontrar: a avaliação diagnóstica que  é baseada em averiguar a aprendizagem dos conteúdos propostos e os conteúdos anteriores que servem como base para criar um diagnóstico das dificuldades futuras, permitindo então resolver situações presentes. 

2.1. Avaliação diagnostica

A avaliação diagnóstica é utilizada para verificar os conhecimentos que os alunos têm; pré-requisitos que os alunos apresentam; particularidades dos alunos, diz ainda Piletti que aplica-se este tipo de avaliação no início de uma unidade, semestre ou ano lectivo.

O objectivo da avaliação diagnóstica, é investigar os conhecimentos anteriores adquiridos pelos os estudantes, propiciando assim, assimilar conteúdos presentes que são partilhados no processo de ensino e aprendizagem.

A função da avaliação diagnóstica é identificar os conteúdos e competência, objectivando saber qual nível se encontra o aluno, mas também busca compreender o próprio processo de obtenção e produção do conhecimento. A avaliação diagnóstica procura também fazer o levantamento da capacidade do aluno em relação a toda matéria dada e com base nela busca-se compreender as aptidões e habilidades de cada aluno.

2.2. Avaliação formativa

Ao longo do processo de ensino-aprendizagem temos a avaliação formativa, que tem uma função controladora a avaliação formativa é um instrumento de recolha de dados, podendo assim reoganizar o processo e aprendizagem. A avaliação formativa é um processo contínuo, buscando tranformar a avaliação em um instrumento que evolui e pode ser melhorado com o tempo “A avaliação formativa que tem uma função controladora. São os seguintes os propósitos da avaliação formativa: informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem. Localizar as deficiências na organização do ensino” ( PILETTI, 2004:191).

Segundo Gil (2006:247-248) a avaliação formativa busca proporcionar informações acerca do desencolvimento do processo de ensino e aprendizagem, para que o professor possa reorganiza-lo de acordo com as dificuldades de cada estudante a que se dirige, a sua função é de orientar, apoiar, reforçar e corrigir. A avaliação formativa busca ainda mais obter estratégias de ensino a implementar de acordo com as dificuldades do aluno.

2.3. Avaliação somativa

No final do processo de ensino-aprendizagem temos a avaliação somativa que tem uma função classificatória, a avaliação somativa detecta o nível de rendimento realizando um balanço geral, no fim de um certo período de aprendizagem, podendo classificar de acordo com o nível de aprendizagem. “A avaliação somativa que tem a função classificatória, isto é, classifica os alunos no fim de um semestre, ano, curso ou unidade, segundo níveis de aproveitamento” ( PIRETTI, 2004:192).

A avaliação somativa busca mesmo fazer uma classificação, tendo como propósito verificar se os objectivos trançados no planejamento foram alcançados.

 

3. Função avaliação

 A avaliação nos diversos campos do conhecimento teórico ou prático, nas ciências naturais bem como sociais é vista como sendo um factor, um promenor que deve constar sempre no final de uma dada matéria, temática, modulo, bem como disciplina, mas aqui salientar que a avaliação ocorre no final de todo o aprendizado, buscando ver o nível de assimilação dos conteúdos por parte do estudante.

Segundo Haydt ( 2011:217)  a avaliação da aprendizagem  do aluno está directamente ligada à avaliação do docente, a avaliação consiste em saber o que o aluno conseguiu aprender, e o professor também está a avaliar o que ele conseguiu ensinar. Assim, a avaliação dos avanços e dificuldades dos alunos na aprendizagem fornece ao professor indicações de como deve encaminhar e reorientar a sua prática pedagógica, visando aperfeiçoá-la. A avaliação tem ainda como propósito conhecer os alunos, identificar as dificuldades de aprendizagem, determinar se os objectivos propostos para o processo ensino-aprendizagem foram ou não atingidos, aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem e promover o aluno. Ainda para Haydt a a avaliação é um processo sistemático, porque faz parte de um sistema mais amplo, que é o processo ensino-aprendizagem, nele se integrando; a avaliação é funcional, porque se realiza em função dos objectos previstos; a avaliação é orientadora, porque indica os avanços e dificuldades do aluno, ajudando-o a progredir na aprendizagem, orientando-o no sentido de atingir os objectivos propostos; a avaliação é integral, pois considera o aluno como um ser total e integrado e não de forma compartimentada.

 

4. Possíveis causas do fracasso da avaliação no ensino de filosofia

  1. i) Os professores não têm conseguido usar os procedimentos de avaliação para atender a sua função educativa, pois tem prevalecido nas escolas apenas a função de controle, que só visa o aspecto quantitativo, em detrimento do qualitativo, penalizando assim a verdadeira função, os objetivos e o papel da avaliação, que deveriam contribuir para a melhoria da qualidade de ensino;
  2. ii) Outro equívoco é quanto à utilização da avaliação como prêmio ou castigo, ou seja: recompensa aos bons e punição para os desinteressados ou indisciplinados, transformando o ato de avaliar numa perigosa arma de intimidação, que gera verdadeiro pânico para alguns alunos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conclusão

Chegando ao fim da pesquisa nós chegamos a conclusão que a avaliação é um instrumento valioso e indispensável no sistema escolar, podendo descrever os conhecimentos, atitudes ou aptidões que os alunos apropriaram durante um certo tempo, a avalição busca compreender o que o aluno aprendeu ou não durante um certo período. A avaliação é um instrumento  permanente do trabalho do docente, tendo como objectivo observar se o aluno aprendeu ou não, também a avaliação busca refletir sobre o nível de qualidade do trabalho escolar, tanto do aluno bem como do professor, gerando mudanças visíveis.

A avaliação tem ainda como propósito conhecer os alunos, identificar as dificuldades de aprendizagem, determinar se os objectivos propostos para o processo ensino-aprendizagem foram ou não atingidos, aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem e promover o aluno. Existem várias formas de avaliar, podemos avaliar de forma diagnóstica para identificar os conteúdos e competência, objectivando saber qual nível se encontra o aluno, pode-se avaliar de forma formativa para  informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem. Localizar as deficiências na organização do ensino e por fim pode-se avaliar de forma somativa para fazer uma classificação, tendo como propósito verificar se os objectivos trançados no planejamento foram alcançados.

Avaliar um aluno de filosofia só pode ser possivel se o professor for capaz de incutir um aluno a capacidade crítica e opinativa de um determinado assunto, a avaliação em filosofia não se pode singir simplismente na realização de provas escritas ou orais, mas sim deve ser avaliada também a autonomia crítica do aluno só assim pode haver sucesso quanto a avaliação no ensino de filosofia.

 

 

 

 

 

Referências Bibliográficas

GIL, Antonio Carlos (2006). Didática de ensino superior. São Paulo, Atlas.

HAYDT, Regina Célia ( 2011). Curso de Didática geral. São Paulo, Ática.

MARÇAL, Katisuka Izaguirry & TOMAZETTI, Elisete M ( 2011) Auto de Filosofia e avaliação. Educação em Revista, Marília,V.12, n.1, p.97-108.

PILETTI, Claudino ( 2004). Didática geral. 23ª ed. São Paulo, Ática.

SANT” Anna, Ilza Martins ( 1995). Por que avaliar?: Como avaliar?: critérios e instrumentos. 3ª ed. Petrópoles, RJ, Vozes.