Elaborado por Aílton Duarte Assucena Magane
 

Chama-se revolução burguesa a revolta levantada pelos burgueses unidos aos trabalhadores (operários) e a classe baixa diante dos abusos de poder e imposição de impostos resultado das monarquias absolutistas. Este movimento sociopolítico ocorreu na Europa (Reino Unido – Escócia, Inglaterra, Irlanda e País de Gales) e na América (Estados Unidos). Decorreu no período dos séculos XVII à XVIII. Provocando alterações nas estrutura e formação política, de entre as quais o derrube do absolutismo e a introdução do liberalismo político e a redução do poder do rei; introdução do constitucionalismo (lei que estivesse acima do rei); separação de poderes (Executivo, Legislativo e Judicial); defesa dos direitos básicos dos cidadãos; da Ascensão da burguesia como nova elite e o declínio da nobreza.
 
A revolução burguesa deu.se de forma faseada, ocorrendo em primeira instância no Unite Kingdom, indo para o terreno e ambiente francês e terminando nas terras estado-unidesses. Vejamos a cronologia da revolução: Revolução Inglesa (1640-1688); Revolução americana (1774-1783); Revolução francesa (1789-1799)
 
Revolução Inglesa
A rebelião inglesa foi resultado de manifestações diante do sistema que entrava em decadência, isto é, o sistema da época moderna, a monarquia absolutista estava em crise. As respostas que o sistema da já não mais eram satisfatórias para os súbditos, sejam eles burgueses, operários e pessoas da classe baixa.
As manifestações ocorreram com vista a combater os abusos excessivos de poder da dinastia Stuart e da Cromwell.
 
Dinastia Stuart (1603-1648)
Jaime I 
Jaime Stuart for o primeiro da dinastia Stuart a tentar senão implantar o absolutismo no ambiente inglês. Escocês construiu todas as bases para a monarquia absolutista, que daria direitos e privilégios divinos ao rei.
O parlamento, como sempre, poderemos observar foi por várias vezes dissolvido por não concordar com os ideias (ideologias) que o(s) rei(s) tinham. Não raro foram também perseguidos os católicos, pois para eles ninguém possui direitos divinos ou ainda pela relação não amigável que os ingleses tinham para com Roma (católicos), acreditavam que estes conspiravam contra o rei e, que o pretendiam matar em 1605.
Jaime I morre em um ambiente de conflitos com o parlamento, embora fechado, em 1625 e é substituído pelo seu filho Carlos.
 
Carlos I (1625-1648)
Em uma postura progressista diante dos objetivos e projectos do seu pai, introduz definitivamente a monarquia absolutista definitivamente elevando e introduzindo impostos de forma arbitrária, os casos dos impostos impessoal, Ship Money, imposto naval que deixou de ser aplicável somente às cidades costeiras passando para o interior.
Carlos I em 1628 é forçado a reabrir e a convocar o parlamento devido as constantes guerras que se registavam. O parlamento numa luta de combater os abusos do rei fez-se presente com a Petition of rights, reivindicação baseada na II Carta Magna Inglesa, enviada em 1215, que sujeitou o rei ao juramento que garantia a população contra os tribos, impostos e prisões arbitrárias.
No fundo, o que o parlamento queria era o controle político-financeiro e do exército, porém a resposta do rei foi directa e clara, a dissolução novamente do parlamento, que só viria a ser reconvocado em 1640, ano que começou a guerra civil.
Devido à falta de respostas aos seus pedidos os escocês invadiram o norte da Inglaterra, obrigando o rei a reabrir o parlamento em Abril de 1640, para obter apoio da Gentry (nobreza progressista rural, camponeses com riquezas), isto porque o parlamento vinha com muita força para combater o absolutismo. A negociação não sendo das boas o parlamento novamente é dissolvido pelo rei, reaberto em Novembro.
Carlos I não tendo como governar sem o controle financeiro dos recursos, que já perdia nas mãos da Gentry, é-lhe tentado tirar o governo pela House of Commons (parlamento da United Kingdom), porem ele responde com armas, traçando assim o início do conflito civil inglês (!640/1 – 1649).
 
Guerra Civil (1641-1649)
Como toda guerra esta não sendo diferente teve duas alas. A guerra civil constituiu para os ingleses a fase mais importante, da ala do rei estavam os Cavaliers, o exército apoiado pelo feudais, do parlamento, Gentry estavam os Roundheads, liderados por Oliver Cromwell.
 
Na batalha de Naseby de 14 de Janeiro de 1645, o exército do rei perdeu diante da Gentry, o rei fugiu e ficou arredores da Escócia, mas capturado e vendido pelo parlamento inglês meses depois que o executou.
Por meio da execução, o parlamento achou que rompia com a ideia da origem divina do rei e do seu poder incontestável, porém como se vai ver a seguir com Cromwell isso acentua-se.
 
A revolução puritana (1649-1658)
O governo de Cromwell começou muito mal, porque ele valorizava somente os interesses burgueses o que impulsionou rebeliões da classe média e baixa da Escócia e Irlanda, porém reprimidas brutalmente por ele.
Numa tentativa de eliminar a monarquia e instalação do puritanismo, Cromwell realizou limpezas no exército inglês, matava os lideres escavadores, aqueles que pretendiam roubar as terras do Estado, da nobreza e do clero.
Oliver Cromwell, devido a essas acções protetoras, foi pelo parlamento, que como bem se disse era a burguesia camponesa, intitulado Lord Protetor da República, deste modo introduzindo a ditadura puritana. Cromwell tinha os mesmos privilégios que um rei, embora nunca tenha colocado uma coroa. A ditadura puritana é caraterizada por ser um governo rigoroso e de intolerância e erguido de princípios puritanos.
Oliver morre em 1658 e é substituído pelo filho Richard que mais tarde em 1659 foi deposto e substituído.
 
Revolução gloriosa
A volta da dinastia Stuart
 Carlos II (1660-1685)
A não aceitação das ideias puritanas pela maioria levou à recusa da continuação da dinastia Cromwell no Reino Unido, o que significou o retorno à dinastia Stuart, agora com poderes limitados.
Carlos II, filo de Carlos I é proclamado rei da United Kingdom. Até 1672 não se reclamava do seu reinado, mas as suas relações com Luiz XIV, rei da França mancharam a sua reputação diante do parlamento.
Em 1673 o parlamento para garantir que o catolicismo não ganhe espaço no circuito inglês, aprovou a The Test Law, que significava que os funcionários públicos deveriam ser sujeitos e professar ao anticatolicismo, o que causou várias agitações no seio da oposição, originando duas divisões parlamentais: The Whings, liberais contra o “estaticismo” do rei e a favor das mudanças revolucionárias e do lado do rei The Torries, conservadores, defensores feudais e a favor, como já é claro, da antiga aristocracia.
 
Depois de diversos conflitos internos que ocorreram, para evitar outras prisões arbitrárias que poderiam ocorrer os The Torries cedem aos pedidos e exigências dos The Whings, impondo deste modo o respeito sobre os direitos individuais com a introdução do Habeas Corpus em 1679.
 
Jaime II (1685-1688)
Em 1685, Jaime II, com a morte de seu irmão ascende ao poder tomando medidas severas, numa tentativa de restaurar o absolutismo católico. Revogou o Habeas Corpus e punia de forma arbitrária todo aquele que não aceitava suas ideias (os revoltosos).
O parlamento, que tinha parcerias com a Holanda, não se viu novamente a tolerar esses e chamou Maria Stuart, filha do rei e esposa do chefe do holandês. Guilherme Orange para substituir o seu pai sendo rainha da Inglaterra. A intervenção de Guilherme Orange foi militar, ajudando a sua espessa a ser rainha e automaticamente ele rei, Jaime II refugiou-se na França e viveu por lá. Maria e seu esposo tornaram-se desta forma monarcas ingleses.
A nova rainha e rei assinaram a declaração dos Direitos, onde rei não podia revogar as leis parlamentares; o rei poderia ser entregue a quem o parlamento quisesse; após a sua morte os inspectores controlariam as contas reais e o rei não deveria manter um exército em época de paz, o parlamento recebia amplos poderes. A partir desse momento o Reino Unido tornava-se numa Monarquia Constitucional, onde o rei tomava poderes reinados e organizados pelo parlamento.

Revolução Americana (1774-1783)
Guerra da Independência dos Estados Unidos
A revolução americana diferente da inglesa, que se restringiu a uma lutas internas ela foi uma luta entre os Estados Unidos e a colónia, era para além dos outros aspectos que iremos levantar aqui a busca pela independência do país. O conflito revolucionário é resultado de aumentos compulsivos de impostos, 1764 a lei do Açúcar;1765 a lei do selo em 1767 são introduzidos outros impostos sobre o vidro, o chá, papel e chumbo. 
 
Os impostos de açúcar e de selo foram doravante sofreram reduções, devido à greves e conflitos constantes; a nível de circulação a partir de 1763 nenhum colono poderia partir para a região Ocidental da América do Norte sob o risco de se tornar escravo novamente.
Esta revolução, com a divisão dos poderes (John Locke) abriu espaço para o surgimento de democracias liberais e postumamente para as neoliberais (John Rawls). 
 
Início da Revolução
Após a guerra dos sete anos entre as colónias (1756 – 1763) que mais tarde culminou com a assinatura do Tratado de Paris a 10 de Janeiro de 1763 entre Grã-Bretanha (actual Inglaterra), França, Portugal e Espanha, os norte-americanos despertaram com a ideia de law, political freedom and refusal of raising taxes.
Este despertar levou alguns anos para que se efectivasse, até em 1773 foi organizada manifestação designada de Boston Tea Party que pretendia coloca um basta a situação vivida. Não raro os ingleses reagiram com repulsa, decidiram encerrar em 1774 o porto de Boston e, amedrontando os burgueses foram mortos três bostianos que tentavam impedir o encerramento, acontecimento que ficou marcado como Boston Massacre.
 No decorrer do ano os burgueses realizaram o I Continental Congress of the Colonies, na Filadélfia, declarando assim o boicote comercial contra a colónia (Inglaterra). Como resposta ao boicote, Londres impôs restrições, proibindo negociações directas entre os burgueses, americanos, com os outros países, em todas as negociações directas o colono é que era responsável depreciando, desse modo, os negócios dos burgueses. O não cumprimento dessa imposição pressupunham penas, como o de serem aprisionados os seus barcos. Os burgueses não conformados, revoltaram-se, já agora, em um confronto militar. O Primeiro Congresso contou com figuras importantes, o caso de Thomas Jefferson, Samuel Adams. Richard Lee e Benjamim Franklin, foi aqui onde foi elaborada a primeira declaração americana que recebeu influências do iluminismo.
 
Oficialmente, os conflitos tiveram início no dia 19 de Abril de 1775, aquando da tentativa confiscação das armas dos norte-americanos por parte dos militares britânicos em Lexington, porém a tentava de Londres culminou no seu, isto é, forma derrotados no primeiro conflito. Estes conflitos rapidamente passaram para as treze colónias inglesas, Massachusetts, Rhode, Virginia, Island, Connecticut, New York, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Carolina do Norte e do Sul e Georgia, que exigiam a sua emancipação. 
Diante de muita insatisfação dos estados-unideses da dominação inglesa, eles decidiram criar um movimento, que para eles, foi determinante para a proclamação da independência, que ocorrera a 4 de Julho de 1776. No dia 14 de Julho foi realizado o II Congresso na Filadélfia que tinha como objectivo a criação de um exército militar norte americano que pudesse confrontar-se com o exército inglês, George Washington tornado chefe do exército burguês (norte americano), apresentação da Declaração da Independência, incumbida a Thomas Jefferson -, a Inglaterra só veio a assiná-la muito mais tarde, no dia 3 de Setembro de 1783, ano em que os Estados Unidos passavam a tomar a designação do continente, isto é, United State of America..
 
Dentre os diversos factores que a revolução americana impulsionou, há que dar ênfase ao federalismo que esta incutiu na mente americana, isto é, a descentralização e criação de Estados auto-independetentes (individualismo) e, por fim, como a revolução anterior a separação de poderes.
 
Revolução francesa (1789-1799)
A revolução francesa sob ponto de vista histórico marca uma nova época, a Contemporânea porém, sob ponto de vista filosófico é problemática a ideia de que ela inaugura uma nova época, pelo que a mudança de pensamento não ocorre de um dia para o outro. A mudança de pensamento é todo um processo paulatino e leva tempo, neste sentido, o questionar filosófico torna-se relevante para o debate.
Antes de mais, é necessário ter uma ideia da situação político-económica e social da França do século XVIII. Como as outras revoluções aqui tratadas, não raro, na França do século XVIII vivia-se num Estado Monárquico absolutista, o Rei Luís XVI é quem possuía todos os poderes, colocando todos como simples fiés de seus ideias.
 
O Estado francês era composto por sub-Estados, onde no primeiro estava o Estado dos bispos do Alto clero, no segundo pela aristocracia (bela nobreza), que tinha funções militares (nobreza de espada) e funções jurídicas (nobreza toga) e, o terceiro e o último, aqui estava a burguesia, apresentando também uma subdivisão, tendo membros do baixo clero, camponeses, comericiantes, banqueiros, os Sans culotes, empresários e os travailleurs urbains.
 
 No decurso da segunda metade do século XVIII a França viveu entre conflitos com a Inglaterra, a Guerra dos Sete anos (1756 – 1763), para além disso cooperou com os estdo-unideses na luta pela independência dos Estados Unidos (1776).
Todavia, a corte estadual francesa recebia ajuda financeira do Estado que o esbanjava com a burguesia, o que condicionou a duas grandes crises território francês, a saber:
A crise do campo: a fraca colheita dos anos 1770 e 1780, ela deveu-se ao fraco aproveitamento e investimento por parte da corte do sector campo-agrícola e; a crise financeira: dívida pública que era acumulativa e tendia a aumentar doravante, por falta de uma economia modernizada (que buscasse não ter mais gastos do que inputs) e, o ponto crucial, por falta de investimentos micro e macro económicos.
 
Aquando do termino da década de 80 do século XVIII, os burgueses, trabalhadores urbanos e camponeses exigiam respostas satisfatórias do rei e da corte para a crise que se alastrava muito rapidamente, como é de comum nestas revoluções exigiam emancipação dos seus direitos e a ampliação dos mesmos.
Oito anos depois, em 1788, são convocados os Estados Gerais, com o objectivo de fazer um balanço e análise da situação política do país. Aqui o rei foi, pelos Estados da nobreza, do clero e pelo terceiro estado a auto-aconselhar-se. Foi por meio dessa autorização que o rei reestabelece a Assembleia dos Estados Gerais no dia 5 de Maio de 1789, para, por meio do voto, decidir o(s) caminho(s) que o país devia seguir.
 
O que se sucede é que, os votos sendo por representação de cada Estado, os resultados sempre gerariam polémica, pelo que haveria sempre dois votos contra um, isto é o primeiro e segundo estado sempre entraria em consenso e estariam contra o terceiro estado (dos burgueses, trabalhadores rurais e camponeses). 
No dia 10 de Junho do mesmo ano, o terceiro estado, representado pela burguesia, sugeriu que a Assembleia Nacional que se fizesse uma nova constituição para a França, porém não obteve resposta do rei e nem do primeiro e segundo estados.
 
Embora não teve resposta, o terceiro estado reúne-se no dia 17 de Junho do mesmo ano com vista a elaborar uma nova constituição, começando um levante popular e entre Camponeses em Paris, dando início a revolução francesa.
 
As manifestações, no dia 14 de Julho de 1789 chegaram à Bastilha, sendo presos vários franceses, mas isso não foi impedimento para a expansão da manifestação. A 4 de Agosto a Assembleia Nacional promulgou diversos decretos uns que cortavam privilégios ao terceiro estado e que dava mais a nobreza, o caso do não pagamento de impostos de aquisição de terras (monopólio sobre terras cultiváveis sem custos).
Só em 1791, devido a várias insistências que, a Assembleia Nacional promulga a Declaração dos Direitos do Homem e dos Cidadãos, a primeira declaração que dá direitos ao cidadão. Em Setembro, com a nova constituição que dava a todos a cidadania disseminada, o rei (~Luís XVI) pressionado é obrigado a cumpri-lá.
 
Para além de assegurar a cidadania de todos a constituição instituía igualdade de todos diante da lei, voto censitário, as terras eclesiásticas passam a ser confiscadas, o pagamento do dizimo passa a não ser obrigatório, a introdução de uma constituição civil, etc.
Tem-se, na França o primeiro esboço revolucionário do novo governo, a Monarquia Constitucional, que não levou muito tempo, ano seguinte já estava em crise.
 
O Governo Jacobino (1792-1795)
A primeira república  francesa
Por república pode-se entender algo pouco ou mais pacifista, mas na França essa percepção é descartada. A primièr republique francesa foi marcada pelo terror e pânico causado pela introdução d guillotine e a reformas que não beneficiavam aos desfavorecidos.
Na Assembleia constitucional os desfavorecidos (jacobin) estavam sentados à esquerda do plenário pondo-se radicalmente aos girondinos que se encontravam à direita, eles defendiam a ampliação das perspectivas revolucionárias, não concordado que a proposta tenha em primeira instância submeter-se à Alta burguesia, esta que cooperava com a nobreza e o monarca.
 
O ponto crucial é que a partir deste momento na França as discussões passa a ser em torno da esquerda (República) e da direita (Monarquia), os segundos rejeitando os ideias revolucionários da primeira, pois aceitando pressupunha o seu colapso. Porém as insistências e a expansão que a revolução abrangia, o rei Luís XVI é obrigado a levantar uma ofensiva contra revolucionária com o auxílio das monarquias austríaca e prussiana (alemã).
A Áustria vendo que a França está em um estado crítico decide invadí-la em 1792, a França como resposta declarou guerra à ela. A população após saber dos planos do rei, dos apois contra revolucionários tomou o palácio real de Tulleries, prendendo o rei e sua familha.
 
É aqui onde se marca pela primeira vez na França o uso da nova guillotine, o rei Luís XVI foi guilhotinado no dia 21 de Janeiro de 1793, seguido de sua espessa no dia 16 de Setembro, marcando fim da Monarquia na França, a dissolução da Assembleia Constitucional e a vitória dos jacobinos, significando desse modo a instauração da República Revolucionária e a convenção de um novo parlamento.
 
A República Revolucionária teve como lideres Robespierre, Saint-Just e Danton. Robespierre como forma de não deixar brecha para os girondinos e os monarquistas decretou em 1793 a  lei dos suspeitos que levavam todos os suspeitos à guilhotina, iniciando-se assim o período de terror.
Com medo da revolução transita-se do território francês para os seus territórios a Áustria e a Prússia entraram em conflito com a França.
No confronto surge no exército nacional francês, pela primeira vez, não mercenários e nem muito menos aristocratas, o povo que se via como nação.
 
Os jacobinos davam vários privilégios ao povo, porém a rigidez condicionou a desvalorização do sistema, o fracasso deve-se ainda porque as mortes aumentavam e pior ainda mais eram injustificáveis, tudo isso devido a chasse aux sorcières (caça às bruxas). Os apoiantes, na maioria, já viam a necessidade do uso da guilhotina, questionando-se sempre do porquê continuava a ser usada. Saturados, Robespierre e seus seguidores foram mortos pelo seu instrumento de terror, foram guilhotinados no dia 28 de Julho de 1794, marcando o fim do período jaconin.
 
Apesar de todas a medidas levadas a cabo pelos jacobinos que favoreciam ao povo, caíram no descrédito devido a rigidez das suas medidas, fracassaram ainda porque faziam mortes injustificadas “caça às bruxas” e muitos apoiantes já não via a necessidade da guilhotina e perguntavam-se os porquês da mesma continuar a ser usada. Robespierre e seus seguidores mais próximos são presos pelos girondinos e guilhotinados no dia 28 de Julho de 1794, terminando assim a época da convenção jacobina. 
 
 Directório: a Republica burguesa (1795-1799)
Depois de muito terror por parte da esquerda, a França a partir de 1795 passa a ser liderada pela burguesia, que introduziu uma nova constituição, instituindo um novo período designado Directório, que um órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados.
A França desse novo período vivenciou uma devastadora crise social, que construiu bases políticas consistentes, que abriam espaço para o retorno e a radicalização dos jacobinos.
Napoleão Bonaparte (1769 – 1821), general revolucionário que deu ordem ao ambiente francês, regressando do Egipto, observou um cenário propicio para o boicote do governo directório, deu golpe do estado francês (Directório) em 1799, à 18 do calendário Brumaire (calendário revolucionário francês), tornando-se imperador francês.
O período napoleónico estendeu-se até 1815, mudando o cenário político europeu, difundindo o ideial nacionalista aroud the wold. 
 
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