Membrana Plasmática 
O transporte entre a célula e o meio é controlado pela membrana plasmática. Esta membrana determina o tipo de molécula a serem movidas para o interior ou para o meio externo, além da direcção e a velocidade de transporte (Faria, 2000). 
 
O controle exercido pelas membranas, conhecido como permeabilidade selectiva, resulta da natureza lipídica de sua estrutura básica, o que torna mais fácil a penetração de substâncias não polares e dificulta a passagem de compostos hidrossolúveis, a da presença de carregadores ou transportadores específicos de natureza protéica para determinadas substâncias polares. A permeabilidade selectiva das membranas depende também da presença de cálcio, pois este catião é essencial à integridade das mesmas, pois está envolvido nas pontes de ligação entre os lipídeos e as proteínas.
 
Proteínas da Membrana 
Enquanto a bicamada lipídica determina a estrutura básica das membranas biológicas, as proteínas são responsáveis pela maioria das funções da membrana, actuando como receptores específicos, enzimas, proteínas transportadoras, entre outra funções (Greghi 1999). Muitas proteínas da membrana estendem-se através da bicamada lipídica: em algumas dessas proteínas transmembranais a cadeia polipeptídica cruza a bicamada como uma alfa-hélice única (proteínas unipasso); em outras, inclusive naquelas responsáveis pelo transporte transmembrana de iões e pequenas moléculas hidrossolúveis, a camada polipeptídica cruza a bicamada múltiplas vezes, seja como uma série de alfa-hélices, seja como uma folha beta na forma de um barril fechado (proteína multipasso).
 
Tipos de transportes
As células são sistemas abertos, através dos quais se processam fluxos de matéria e de energia. A matéria, sob a forma de pequenas moléculas, de macromoléculas ou mesmo de partículas complexas, transitam do exterior para o interior, através de mecanismos de complexidade variada e com diversos encargos energéticos para a economia celular. Se há moléculas, como a água, o oxigénio, que transitam com extrema facilidade através da membrana plasmática, por simples difusão, há outras que, pela sua dimensão ou lipofobia, implicam a instalação, na membrana, de mecanismos específicos. No caso de partículas complexas ou mesmo de macromoléculas, a captação tira partido da plasticidade da membrana, que se deforma especialmente para abraçar os corpos a captar e os interiorizar, submetendo- 11 os de seguida a um processo interno de digestão, que faz apelo à intervenção dos lisossomas.
 
A maior ou menor facilidade com que as moléculas transitam através da membrana traduz-se pelo coeficiente de permeabilidade, determinado em relação a uma dupla camada fosfolipídica artificia. O coeficiente de permeabilidade é, compreensivamente, função essencialmente de três factores: a dimensão da molécula, o seu estado de ionização e a sua afinidade para com os lipídeos, por isso têm-se tipos de transporte diferentes para cada molécula. Por sua vez, a afinidade de uma substância para com os lípidos traduz-se pelo seu coeficiente de partição, o qual se calcula pela razão entre a solubilidade num óleo determinado e a solubilidade na água.
 
Irritabilidade
Quando falamos sobre irritabilidade em Biologia, referimo-nos à capacidade dos seres vivos de responderem a estímulos, internos ou externos, ou mudanças no meio. Essa resposta pode ocorrer de várias formas, como o afastamento ou o crescimento em direcção a esse estímulo.
 
 
O processo de irritabilidade não é exclusividade dos animais, não sendo, portanto, uma resposta exclusiva do sistema nervoso. Cada célula responde de maneira diferente a um estímulo. No caso das células do sistema nervoso, ocorre uma transmissão de impulso, processo conhecido como condutibilidade.
 
Exemplos:
  • Crescimento da planta em direcção à fonte de luz: As plantas possuem a capacidade de crescer em direcção à luz como uma forma de obter a energia luminosa fundamental para seus processos de fotossíntese. O crescimento em resposta a estímulos luminosos na planta é chamado de fototropismo.
  • Sensitiva: A planta sensitiva, ao ser tocada, fecha seus folíolos. Isso ocorre graças à perda de água que ocorre na base das pequenas folhinhas.
  • Dioneia (Planta carnívora): Essa planta fecha suas folhas após ser estimuladas pelo toque, por exemplo, de um insecto que pousa em suas armadilhas. Assim como a sensitiva, o fechamento das folhas está relacionado com a perda de água.
  • Dilatação da pupila: A pupila dos animais apresenta-se dilatada em ambientes escuros como uma forma de adaptação à pequena quantidade de luz disponível. Quando a luz é colocada em direcção aos nossos olhos, a pupila contrai-se para proteger-se da luz intensa.

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