Dedutivo

O Método dedutivo, ao contrário do anterior, parte da generalização e quer confirmá-la na particularidade. Por exemplo: todo ser humano é mortal (generalização); Paulo é ser humano (particularidade), logo Paulo é mortal (conclusão particular). O alcance da conclusão dedutiva (Paulo é mortal) é mais limitado, porém seguramente verdadeiro.
 
Essa conclusão só confirma o que já se sabe. Outro exemplo: todas as maçãs deste quintal são do tipo Fuji; essas maçãs são deste quintal, logo essas maçãs são verdadeiramente e necessariamente Fuji. A dedução é um método proposto por autores clássicos como Descartes, Spinoza e Leibniz. Sua utilização é maior em campos como a Física e a Matemática.
 

Indutivo

O método indutivo parte das observações particulares para chegar a conclusões gerais. A constância e a regularidade dos fenômenos produzem uma generalização, querem levar a uma lei geral e universal. Induzir é chegar a uma conclusão a partir de dados particulares. Por exemplo: se você investiga os metais (ferro, cobre, zinco...), observa que cada um deles conduz eletricidade. A conclusão que se pode tirar de cada particularidade, de cada metal, é que os metais conduzem eletricidade (generalização).
 
Nota-se que a conclusão é maior do que a realidade particular (cada metal). Esse método depende da amostra pesquisada. Por isso, o cuidado estatístico, por exemplo, nas pesquisas de opinião eleitorais. Esse método foi e é muito questionado do ponto de vista de sua fundamentação lógica (cf. FREIRE-MAIA, 2007, p. 30-43). Porém, é muito utilizado nas ciências experimentais e há autores, como Hume, que fala de uma tendência psicológica do ser humano em fazer induções (FREIRE-MAIA, 2007, p. 39-40).
 
O método indutivo é o método proposto por autores empiristas como Hume, Locke, Bacon e Hobbes. Para eles o conhecimento está fundamentado apenas na experiência e não deve partir de princípios preestabelecidos (dedutivos). A conclusão indutiva é provável e não necessariamente verdadeira.
 
O esquema de uma variante desse método, chamado de “indutivo-confirmável” é o seguinte: observação do fenômeno e seus elementos - análise da “relação quantitativa entre os elementos” – “indução de hipóteses quantitativas” – teste experimental de verificação das hipóteses – generalização dos resultados (KÖCHE, 2009, p. 56).