Biografia de Adolf Hitler

Nascido em 20 de abril de 1889 na cidade de Braunau am Inn, Áustria, Adolf era o quarto filho do casal Alois Schickelgruber e Klara Hitler.

O pai era um funcionário de Alfândega conhecido pelo temperamento rigoroso com os filhos. A mãe era dona de casa. Eles tiveram seis filhos, mas apenas dois chegariam a idade adulta.

O casal Hitler mudou-se para a cidade de Passau, na Alemanha, quando Adolf tinha três anos. De lá, migraram para uma comunidade agrícola localizada em Hafeld.

Em 1900, já manifestava preferência pelo desenho e pela pintura, e Hitler era destacado pelo bom desempenho na escola. Suas notas o tornavam elegível para prestar o Realshule (equivalente ao vestibular), mas o resultado não foi satisfatório.

Já em Viena, em 1906, três anos após a morte do pai por um derrame pleural, Adolf Hitler tentou ingressar na Academia de Artes. Foi reprovado no exame de admissão e abandou a vida escolar em decorrência dos maus resultados.

No ano seguinte, a mãe faleceu, vítima de câncer de mama. O tratamento, realizado pelo médico judeu Edward Bloch, não teve êxito. Sozinho, permaneceu por seis anos em Viena, tendo como meio de sustento a pensão deixada pelo pai.

Ficou praticamente sem dinheiro em 1909 e dormiu em bares, abrigos para desabrigados e cortiços. Segundo historiadores, esse período foi fundamental para a formação do pensamento antissemita, o interesse para a política e o despertar das habilidades oratórias.

Viena era nessa época um importante centro de surgimento de novas ideias como a psicanálise, mas também do socialismo e o discurso antissemita que teriam fascinado Hitler.

Vida Pessoal

Pouco se sabe a respeito da vida familiar e sentimental daquele que seria o líder alemão. A única irmã que sobreviveu, Paula, manteve pouco contato com ele após a fundação do partido nazista e faleceu sem deixar descendência.

Hitler declarava que estava casado com a Alemanha e por isso, não podia contrair matrimônio. Manteve um relacionamento amoroso com Eva Braun desde a década de 30 até a sua morte em 1945.

Primeira Guerra Mundial

O futuro líder alemão tentou evitar o serviço militar austríaco mudando-se para Munique, em 1913. No entanto, terminou por ingressar voluntariamente no exército da Baviera quando começou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Tinha 25 anos.

O desfecho da Primeira Guerra Mundial causou desespero à Alemanha e não seria diferente para Hitler.

Os alemães saíram humilhados do conflito, a monarquia chegou ao fim e foi declarada a República. Na nova Constituição estava previsto um presidente com amplo poder militar e político sob uma democracia parlamentária.

No pleito, 423 deputados foram eleitos para a Assembleia Nacional naquela que ficou conhecida como a República de Weimar.

A Alemanha, então, ratificou o Tratado de Versalhes em 28 de julho de 1919 e, assim, o país teve que pagar por todos os danos civis causados na guerra.

Os alemães perderam parte do território e suas colônias. Também deveriam desmilitarizar uma faixa de 48 quilômetros à margem direita do Rio Reno.

Além disso, tiveram que aceitar a limitação de suas forças armadas. Todos os termos foram considerados humilhantes para a Alemanha.

Partido dos Trabalhadores Alemães

Ao fim da guerra, Adolf Hitler conhece o Deutsch Arbeiterpartei (Partido dos Trabalhadores Alemães). Os preceitos da legenda, de extrema direita, o seduziram e apontavam um meio de atingir seus objetivos políticos.

O partido, que antes contava com poucos membros, cresceu com os inflamados discursos nacionalista e antissemita de Hitler.

Orador imponente, apresentava ideias hipnóticas que arrastaram, primeiro centenas e, depois, milhares de participantes e doadores partidários.

Igualmente, atraiu parte da classe média e alta, que via nas suas ideias a oportunidade de recuperar seu antigo prestígio.

Aos militares, lhes interessava sua ânsia de expandir o território alemão e se vingar da derrota sofrida na Primeira Guerra.

Judeus

Em 24 de fevereiro de 1920, num encontro público que reuniu 2 mil participantes, Hitler apresentou suas 25 Teses. Entre elas estavam:

  • a exigência da revogação do Tratado de Versalhes pelo governo;
  • o confisco dos lucros da guerra;
  • a expropriação das terras dos judeus, a revogação de seus direitos políticos e a sua expulsão da Alemanha.

Hitler responsabilizava os judeus pela instabilidade política, o desemprego, inflação e a humilhação de guerra vividos pelos alemães.

Sob esse clima, o nome da legenda foi alterado em 1921 para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães - NSDAP). A contração do primeiro nome, forma a abreviatura "Nazi" e de onde derivam as palavras Nazismo e Nazista.

O discurso de Hitler não ficou mais restrito às reuniões do partido e ele compra um jornal para difundir suas ideias.

O partido nazista é favorecido pelo desespero dos alemães, da hiperinflação e do desemprego levando milhares de pessoas a se filiarem ao NSDAP.

Putsch de Munique

Em 1923, a República de Weimar é acusada pelos nacionais-socialistas de se inclinar às ideias de esquerda. Hitler realiza um comício em uma cervejaria de Munique, em novembro deste mesmo ano, onde pretendia tomar o governo da Baviera e dali, marchar sobre Berlim. Este episódio seria conhecido como o Putsch de Munique (Golpe de Munique).

No entanto, a polícia local invade a cervejaria e acaba com a tentativa de golpe. Hitler e vários correligionários são presos sob acusação de traição e condenados a cinco anos de prisão. Contudo, nove meses depois, ele é anistiado.

Mein Kampf - Minha Luta

No tempo em que esteve preso, Adolf Hitler escreve Mein Kampf (Minha Luta), obra em que detalha seus pontos de vista sobre o futuro do povo alemão.

No livro, Hitler ataca democratas, comunistas e, principalmente, os judeus, reforçando que eles eram os inimigos da nação alemã.

Segundo Hitler, os judeus seriam parasitas sem cultura própria e que não constituíam uma raça. Já o povo alemão, de mais alta pureza racial, seria uma raça superior e deveria evitar o casamento com raças subumanas, entre elas os judeus e os eslavos.

Cabia, assim, à Alemanha, eliminar os judeus de seu próprio território e, expandir-se para a Rússia. Desta forma seria constituído um império (Reich) que duraria mil anos sob o comando de um líder (Führer).

Também foram essas as ideias que nortearam a segunda edição de Mein Kampf, lançado em 1927. O livro trazia, ainda, a história do Partido Nazista e vendeu 5 milhões de cópias.

As ideias de Hitler levaram o Partido Nazista a conseguir 33% dos votos nas eleições constitucionais em 1930. Um acordo político o conduziu ao cargo de chanceler em 1933, sob a presidência de Paul von Hindenburg (1847-1934).

Segunda Guerra Mundial

Após a morte do presidente, em 1934, Hitler o sucedeu e acumularia os dois cargos sendo presidente e primeiro-ministro da Alemanha.

Em 1933 e 1934 começa a pôr em prática as ideias descritas em Mein Kampf promulgando as primeiras leis anti-semitas. Estas afastariam os judeus do serviço público e restringiriam o seu acesso à educação, dentre outras medidas.

Neste período, aproxima-se e ganha um parceiro em Benito Mussolini, primeiro-ministro italiano e criador do fascismo. Ambos serão aliados durante a guerra.

Em 1937, a Alemanha anexa a Áustria ao seu território. Em 1º de setembro de 1939, o exército alemão invade a Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial.

A União Soviética é invadida em junho de 1941, mesmo ano em que os Estados Unidos entram na guerra.

 

Holocausto

Hitler era conhecido por sua determinação e levou até o fim, com a cumplicidade de seus oficiais, sua terrível ideia de tentar exterminar todos aqueles que não pertencessem à raça ariana. Durante o confronto, 56 milhões de pessoas de 25 nacionalidades morreram.

Desses, 6 milhões eram especificamente judeus, o que representava um terço desse povo que vivia na Europa, evento conhecido como Holocausto.

Para os judeus foi planejada e executada a dita "Solução Final" que previa o extermínio dessas pessoas através de câmaras de gás.

Veja também: Holocausto

Outras Vítimas

Além do extermínio planejado de judeus, a ideologia nazista fez vítimas entre incapacitados mentais e físicos, católicos, protestantes, testemunhas de Jeová, homossexuais, comunistas, socialistas, ciganos, entre outros. Também morreram 27 milhões de soviéticos, entre soldados e civis.

Em suma, qualquer pessoa que não se enquadrasse naquilo que o nazismo considerasse "raça ariana" deveria ser eliminado.

Morte de Adolf Hitler

Acossados pelas tropas soviéticas que invadiram Berlim, Adolf Hitler e seu Estado-Maior se refugiaram num bunker localizado no centro da capital.

Percebendo que o fim estava próximo, Adolf Hitler cometeu suicídio no dia 30 de abril de 1945, aos 56 anos. Estava em companhia da mulher, Eva Braun (1912-1945), com quem ficou apenas um dia casado após longos anos de relacionamento.

Conforme seu desejo, o corpo foi incinerado e as cinzas espalhadas para que nada caísse nas mãos dos soviéticos.