A reforma religiosa foi um conjunto de transformações de origem religiosa que se verificaram no meio da Igreja Católica, na Europa, no século XVI.
A igreja encontrava-se mergulhada numa profunda crise e o seu prestígio foi seriamente abalado devido ao comportamento imoral de diversos elementos da hierarquia religiosa (padres, bispos).
As origens e características da crise
As causas começaram no interior da própria Igreja, cujo bispos e padres não respeitavam, no seu comportamento, as regras da sua condição nem mesmo os preceitos como cristãos.
Muitos padres e bispos apresentavam péssimos comportamentos: viviam em concubinagem, exploravam os pobres através da cobrança de dízimo; usavam os bens da igreja em proveito próprio, eram corruptos, levianos, falsos, faziam práticas de feitiçaria, crenças e artes mágicas.
Entre o séc. XIV e XV, a igreja católica começou a entrar em desentendimento com o poder político, como resultado da acumulação excessiva da riqueza pelo Papa, em ralação ao Rei.
Este desentendimento terminou em disputa pelo poder entre a Igreja e a Liderança política. O ponto mais alto deste conflito foi o Cisma do Ocidente.
O Cisma do Ocidente foi a divisão da Igreja em dois grupos religiosos e dois Papa: um manteve-se fiel ao Papa de Roma, Clemente VII e, o outro grupo foi fiel ao Papa de Avinhão, Gregório IX (grupo revoltoso). Desta forma o grande Cisma do Ocidente enfraqueceu o poder Papal e dividiu a cristandade em dois grandes pólos.