Toda pesquisa historiográfica se articula com um lugar de produção socioeconómico, político e cultural.

Valor

Os valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente.

A palavra valor pode significar merecimento, talento, reputação, coragem e valentia. Assim, podemos afirmar que os valores humanos são valores morais que afetam a conduta das pessoas. Esses valores morais podem também ser considerados valores sociais e éticos, e constituem um conjunto de regras estabelecidas para uma convivência saudável dentro de uma sociedade.

Nos dias de hoje a maior crise que o ser humano pode enfrentar é uma crise de valores, pois essa crise vai afetar a humanidade, que passa a viver de forma mais egoísta, cruel e violenta. Assim, é necessário enfatizar a importância de bons exemplos na sociedade, pois a transmissão de importantes valores humanos consiste na base de um futuro mais pacífico e sustentável.

Valores em ensino de Historia

É assim que a história é experiência. Ao invés de ser fonte de uma sabedoria que calcula a vida e dá lógica à existência, ela é a fonte da experiência que dá valor à vida. Não resta dúvida de que a história tradicional, que recupera os dados do passado encontra utilidade no fato de permitir ao presente compreender as injunções históricas que o constituíram e, ao mesmo tempo, permitem estabelecer parâmetros para saber o que se torna história e o que se perde no esquecimento.

O passado nesse caso é herança, herança do que pode se constituir em útil à vida e do que não pode se constituir em utilidade e valor para a vida. Nesse sentido, Nietzsche citado por Azevedo (2008), considera que a história tradicional tem um papel relevante na construção do futuro. Ela abre um passado tornado visível em seus quadros e enunciável, em suas curvas, para que o presente considere o que deve dar valor e o que não deve dar valor.

Mas, é importante considerar que essa conservação do passado na forma da escrita da História tem o valor de orientar os homens no presente. Então, não se trata, para Nietzsche de um mero acúmulo de saber, mas de um uso do passado, um uso do passado como experiência para construir um futuro. Toda tradição é útil, se se apresenta como fonte de experiência para a criação no presente.

Por outro lado, a história crítica, que empreende uma batalha contra o passado preservado, se mostra útil, na medida em que essa crítica leva o homem à ação, é na ação que se pode desprender-se de um passado que paralisa e impede o crescimento. Assim, a história crítica tem um valor para a vida, na medida em que auxilia na destruição de tudo que impede de olhar para o futuro, para o por vir.

Além disso, a história agrada pelo facto de que ela nos mostra como no ciclo do tempo tivemos mudanças, modificações, transformações que criam um campo de possibilidades de futuro. Ou seja, o fato de o historiador mostrar o passado e as modificações que aconteceram, dá valor à criação e as transformações, abrindo uma fenda para o futuro.

A história tradicional, neste sentido, conserva a memória do passado e, dessa forma, fornece exemplos para a construção do futuro. Essa permanência do passado está no fato deque, sobretudo, ela permite ver as mudanças e projetar um campo de possibilidades. Por seu turno, a história crítica na sua ação destruidora, permite tirar do passado o que dele parece útil, enseja sempre a história como ação. Ação de intervir no passado e de reconstruir ou interpretar para fazê-lo submeter-se às necessidades do presente. Ora, num e noutro caso, é preciso extrair daí o tanto que permitem não uma mera conservação de um passado morto, seja para levá-lo ao céu, seja para mergulhá-lo no inferno.

Mais do que isso, o que se conserva é a potência de afirmar a vida: por um lado, demostrar a instabilidade e o movimento que caracteriza nossa leitura do passado, por outro lado, de tomar o passado como pura interpretação. Nesse caso, o passado deixa de ser morto, assim como a escrita da história deixa de ser um relato afastado e objetivo do que ocorreu. O que ocorreu se conserva na vida, na potência de vida, no sopro vital que nos leva ao crescimento e à expansão.

É para isso que a memória experiência serve. A conservação do passado quer dizer que ele não é distante ou exterior ao presente, mas que ele coexiste com o presente e que cada acontecimento abre um tanto de reserva e um tanto de projeção. Uma ponta para o passado e outra para o futuro.

Decerto que não se pode dizer que o passado passou, mas que ele se conserva. Não na forma de um conhecimento científico, mas na duração da memória. O presente não é sem o passado que deixou de ser.

O ensino de história, então, pode muito bem se servir dos modos de existência a histórica e supra-histórico, sobretudo, porque o professor de história se depara com formas ainda com contato restrito com o sentido histórico e com a história como ciência.

A Historia é útil porque possibilita homem o conhecimento do passado dos diferentes grupos sociais e o melhor entendimento da evolução do ser humano ao longo dos tempos e no presente. A História se relaciona com o passado da humanidade e ainda está presente no nosso cotidiano. A História nos concede a possibilidade de compreender algumas situações ou os problemas da atualidade. Pode-se afirmar que civilização é um processo pelo qual os elementos culturais de uma sociedade (conhecimentos, técnicas, bens e realizações materiais, valores, costumes, gostos) são coletivos ou individualmente elaborados, desenvolvidos e aprimorados.