A centralização do poder monárquico se concretizou na França após a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) com a expulsão dos ingleses do território francês e o estabelecimento da dinastia Valois, pois a autoridade real foi expandida para todo o reino, submetendo os nobres.
Todavia, o absolutismo francês, não foi totalmente implementado neste período, porque sua organização se deu de forma lenta através da transição entre o controle indirecto pelo rei até o poder total, principalmente em virtude das tumultuadas relações entre a Coroa e a burguesia pela propagação da fé protestante na França, no caso, o calvinismo.
Durante o período de 1453 e 1589, os reis da dinastia de Valois não só procuraram ampliar seu poder através da supremacia dos tribunais reais sobre a autoridade local, como também combateram as heresias e a expansão do protestantismo. No intuito de reduzir os choques com os protestantes, a rainha-mãe Catarina de Médici (regente durante a infância de Carlos IX) favoreceu os huguenotes com o Edito de Saint-Germain, a partir do qual concedia liberdade de culto nos subúrbios de Paris e dava-lhe o controle de duas cidades Montauban e La Rochelle.
O apaziguamento foi tentado também com a união de Margarida de Valois (princesa católica) e Henrique de Navarra (príncipe protestante). No entanto, a desconfiança de sectores católicos radicais, a forja de uma “conspiração huguenote” e a acção de Catarina de Médici para a repressão dos protestantes foram factores para que em 24 de Agosto de 1572 ocorresse o massacre da “Noite de São Bartolomeu”, quando mais de 5000 protestantes foram assassinados pelos partidários católicos do rei, agravando o clima de tensão entre católicos e protestantes, fazendo com que a morte de Carlos IX em 1574 e ascensão de Henrique III (1574-1589) mostrassem sinais do enfraquecimento da Coroa.
De modo geral, os objectivos estrangeiros de Luís eram expansão territorial e a propagação do catolicismo. Luís XIV foi muito bem sucedido em suas ambições domésticas, adquirindo poder absoluto através da burocracia centralizada. Ele controlou com sucesso as rebeliões dos nobres e fez de si mesmo o centro do poder e da cultura na França.
As pessoas dependiam dele para progredir e prosperavam com a sua boa vontade. Luís também construiu o Palácio de Versalhes, que levou quatorze anos para ficar pronto. Versalhes foi copiado em cada grande país europeu e isso manteve os nobres ocupados o suficiente para não se intrometer no governo. Em 1685, Luís revogou o Edito de Nantes tirando os direitos dos calvinistas na França.